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O Palacete Vítor Maria e a Capela Pombo

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Em Ação Civil Pública ajuizada pela Procuradoria Geral do Estado do Pará (PGE-PA), o juiz Marco Castelo Branco concedeu, na sexta-feira, 10, liminar determinando que o proprietário do Palacete Vítor Maria da Silva restaure o imóvel, assinando o prazo de um ano para que as obras estejam concluídas.

No mesmo despacho o juiz determinou que o proprietário tome as providências para a guarda do prédio, que está em processo de tombamento, cominando multa diária de R$ 5 mil caso sejam descumpridos as determinantes do despacho liminar.

Localizado na Praça Coaracy Nunes, popularmente conhecida como “Praça do Ferro de Engomar”, nas proximidades do Shopping Pátio Belém, um dos mais belos casarões de época de Belém está sendo vandalizado, tendo a maior parte dos seus painéis em Art Nouveau, já irremediavelmente perdida.

A Capela Pombo

Outro prédio histórico de Belém, em mãos privadas, que sofre a negligência do Poder Público é a “Capela do Senhor do Passos”, mais conhecida como Capela Pombo, na Travessa Campos Sales, construída no final do século XVIII, por Ambrósio Henriques, um rico senhor de engenho do Grão Pará, para os serviços religiosos de sua família.

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O prédio cresce em importância a partir do momento em que estudiosos da arquitetura paraense creditam os traços da capela ao arquiteto italiano, que se radicou no Pará, Antônio Landi, autor dos mais significativos monumentos de Belém, como a Catedral da Sé, a Igreja do Carmo, a Capela da Ordem Terceira, o Palácio do Governo dentre outros.

A Capela Pombo, em processo de deterioração, foi posta à venda pelos proprietários e o Fórum Landi coordena um crowdfunding (campanha de arrecadação popular) que pretende amealhar o valor pedido pelo proprietário (R$ 1 milhão). Não é possível que o Estado do Pará não atente para a necessidade da desapropriação do prédio e sua posterior restauração.

Protocolarei, nesta terça-feira, 14, requerimento à Mesa da Assembleia Legislativa do Estado, para que a Casa providencie as medidas legais que possibilitem o repasse, ao governo, do valor necessário para a desapropriação da Capela, recomendando ao governo a sua posterior restauração.

Foto 01: Laís Teixeira/O Liberal - Foto 02: Domingos Oliveira

Comentários

  1. Com todo o respeito ao sentimento histórico da cidade, mas já tá virando demais a quantidade de prédios tombados pelo poder público.
    Não que não mereça, mas precisa ser melhor selecionado e apenas determinados feitos, o resto tem que acabar mesmo.
    Em termos de quantidade, a minha opinião de leigo, é que já tem demais da cota, esse dinheiro que seria usado pra mais uma reforma construiria facil uma escola pública em boas condições e bem equipada em um de nossos interior.
    A história precisa ser preservada, mas precisa ser melhor selecionada, acredito que se metade dos atuais prédios tombados de Belém fossem "destombados" a economia seria muito boa.

    Entretanto, esta economia e esse "destombamento" não seria pra abrir espaço pra mais prédios, que aliás, contrariando os interesses de todas as empreiteiras, Belém precisa da revisão do plano Diretor, pra que volte a norma original de permissão de construção máxima de 20 andares, por questão de qualidade de vida e estrutura da cidade, embora a maioria de canalhas que usa o dinheiro delas pra se eleger seja contraria, e está doida pra que seja aprovado os 50 andares.
    Belém sofre demais com a especulação imobiliária e com o povo sem noção que elege qualquer porcaria pra lhe governar, em troca de qualquer vale-transporte.

    Apesar disto não os culpo, pois são pessoas ignorantes, sem instrução e sem visão de futuro, mas que um dia no futuro vai cair na realidade que todas essas mazelas fora provocadas não pelos políticos (como sempre culpam) mas pela sua inercia e irresponsabilidade quando escolheram e não participaram.

    Da mesma forma os prédios tombados, eles são uma forma do povo preservar sua história, mas quem disse que só existe essa maneira?

    Ter muitos prédios tombados pra dizer que lembra da história, chega a ser piada, tá mais pra manter uma lembrança que não volta mais, "Belle Epoque" já acabou, hoje precisamos de qualidade de vida, planejamento, organização e disciplina para fazer as coisas (no bom sentido da palavra).

    E o que estamos fazendo pra isso?

    Quem chora o passado, fecha os olhos pro futuro.
    Recordar é viver, mas querer voltar atrás é abrir mão do presente e não se preocupar com o futuro.

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    1. Temos dinheiro para manter muitos prédios tombados, não esqueça que o problema é a corrupção.

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  2. Grata pela informação; divulgarei a notícia. Há uma questão, entretanto, pairando na minha cabeça, caro blogueiro: e se o proprietário do Palacete Vítor Silva não tiver ecursos financeiros para zelar pelo patrimônio, tal como determinou a lei?


    Levarei a questão, lá para o meu blog; tomara que entendidos no assunto apareçam para ofeecer um SOS.

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    1. Olá Doralice,

      A empresa que comprou tinha conhecimento do processo de tombamento do prédio e não providenciou-lhe a guarda para tentar desfigurá-lo a fim facilitar o uso comercial, onde as paredes seriam "empecilho".
      Quem compra um prédio no estado em que este foi comprado pode recuperá-lo.

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  3. Maravilha Parsifal, repercuti no facebook.

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  4. Voltando aqui será poderemos saber quanto a empresa pagou por esse Prédio?

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    1. Não tenho ideia. Há uma certa proteção do nome da empresa que adquiriu o prédio. Deve ser gente "bem".

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  5. Respostas
    1. Disponha. Passe-me, por favor, o endereço do seu blog para que eu o coloque na minha lista de blogs à direita.

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  6. Parsifal, segundo consta, quem comprou o prédio foi a família que controla a Pontes Irmão & Cia, conhecida pelo nome de fantasia Lojas Esplanada.

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