O IBGE publicou ontem, 21, o caderno “Aglomerados Subnormais - Primeiros resultados”. Os dados foram compilados do Censo de 2010.
“Aglomerados Subnormais” (AS) são “favelas, invasões, baixadas e palafitas”. O caderno revela que o número de pessoas vivendo nestas áreas praticamente dobrou nos últimos 20 anos.
Hoje há 6% dos brasileiros, 11,4 milhões de pessoas, morando em “AS”, contra 3,1%, 4,4 milhões morando nas mesmas condições em 1991.
O caderno aponta que 323 municípios abrigam os 6% apontados. As áreas metropolitanas (AM) de São Paulo, Rio de Janeiro e Belém, juntas, abrigam 43,7% da população que vive em “AS”. Os outros 56,3% espalham-se por 320 municípios de vários estados.
A “AM” com maior proporção de pessoas vivendo em “AS” é Belém do Pará: 53,9% dos habitantes da cidade.
Abaixo um quadro que elaborei a partir dos dados do IBGE, das 10 regiões metropolitanas. A coluna “População” refere-se ao total de habitantes de toda a região metropolitana; a coluna “HAS” refere-se ao número absoluto de pessoas vivendo em “aglomerados subnormais”; a última coluna tem a classificação da região metropolitana por número absoluto de pessoas vivendo em “AS”:
Os dados revelam a total negligência do poder público, na organização e distribuição do espaço urbano, e nas políticas de saneamento básico.
Resta saber, e o IBGE deveria pesquisar isto, o que foi despendido do erário a título de mitigação da situação nos últimos 20 anos: o valor deve demonstrar que o Estado brasileiro tem sido pródigo nas despesas afins e parco nos resultados pretendidos.
Foto: Sergio Marques
E o governo federal fica comemorando o crescimento da economia.
ResponderExcluirA população miserável está querendo usufruir os prazeres deste crescimento econômico
Esse 1.130.437 habitantes que vivem em condições sub humanas em Belém, em sua grande maioria votou NÃO no plebiscito.
ResponderExcluirEles estão felizes com essa situação.
Ao, anônimo das 19:53, concordo com vc, em numero gênero e grau, esse 1.130.437 de habitantes da aérea metropolitana de Belem, tiveram a maior oportunidade na vida de mudar esse quadro, porem, se deixaram ser manietados como fantoches nas mãos dos Deputados, Zenaldo e Celso Sabinos, que moram em condomínios de luxo, mais vale apenas ressaltar, que eles ainda terão mais uma oportunidade, quando em Janeiro de 2012, o Deputado Federal, Joaquim de Lira Maia, estará impetrando uma ação no Supremo Tribunal Federal, para que a aquela corte decida pela promulgação do Estado de Tapajós e Carajás.
ResponderExcluirOs Deputados, Zenaldo e Celso Sabino ,sabiam disso, porem omitiram-se, em informar ao povo de belem que com certeza estão felizes vivendo desta forma sub humana, a resposta disso tudo eles deram, quando disseram NÃO E NÃO a divisão territorial do Pará, agora ás mazelas estão vindo atona, foral informados pelo Lira Maia e João Salame, não deram credito, agora digo como o prefeito de Manaus, Amazônino Mendes, Morram, e olha que o Amazônino, e filho de Paraense.
ResponderExcluirAo anônimo das 18:06,sabe quando a população do Pará, vai usufruir das riquezas do Estado?, nunca, se não mudaram essa realidade em vinte anos, não é agora no governo do PT, que irão reverter esse quadro.
ResponderExcluirAos adeptos da divisão, inclusive o autor do Blog, q sempre pinça informações para, de forma sutil,demonstrar o 'caos' e evidenciar – sempre com cores berrantes - o lado negativo de Belém, e do Pará.
ResponderExcluirAliás, caro Parsifal, você como deputado deveria, além de mostrar os dados, nos informar o q tens feito, como (supostamente) representante do povo, sobre a questão q ora publicas, para analisarmos a relação do assunto em pauta com o q vossa excelência tem feio para efetivamente mitigá-lo.
Não faça q nem os hipócritas do Giovanni Queiroz, Lira Maia e João Salame, que durante os debates q antecederam o plebiscito, encheram a boca para vomitar os problemas do Pará (sem, claro, falar de suas qualidades) sem dizer o q eles, políticos experientes e com numerosos mandatos, fizeram para ajudar na mitigação ou a própria erradicação de tais problemas.
Eu não quero me juntar aos mesmos, na hipocrisia, e dizer que o Pará não tem problemas e desafios, tem sim, mas não é só falando dos seus males q se resolverão.Claro q é um assunto q exige-se um pacto entre todos: sociedade civil, políticos, empresários, com vistas a saber onde cada um pode dar seu contributo, e a partir daí fazer um debate profícuo sobre este e outros temas candentes, com vistas a achar as respectivas soluções.
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Enquanto nao houver uma politica real de manter o Homem no campo vamos continuar a ter esta migraçao desenfreada para a periferia das grandes cidades.Deixam de ser pobres no interios para se tornarem miseraveis nas grandes cidades.Quem deve estar comemorando e o SARNEI que manda todos os miseraveis do Maranhao para o Para.
ResponderExcluir00:45:00,
ResponderExcluirNão leia tudo que é publicado aqui sobre pesquisas e boletins oficiais, como algo a fomentar, ou rebuscar, divisão do Pará ou algo parecido. Não é esta a intenção e as cores não fui quem pintou e sim o IBGE, declarando uma realidade que não é somente nossa e sim uma chaga em todo o Brasil. A campanha plebiscitária já passou.
Dê uma olhada na Constituição da República no que tange às atribuições do Poder Legislativo, depois remeta-se à Constituição Estadual sobre o mesmo tema: você saberá, então, o que devem fazer os membros dos Parlamentos federais, estaduais e municipais e descobrirá o endereço certo da cobrança que, aliás, vem sendo feita pelo parlamento todos os anos, seja através de emendas ao Orçamento, seja votando leis que instituem políticas públicas voltadas às questões que aqui estão colocadas.
No caso específico do Pará, a questão é o cobertor curto (e não enxergue aí, de novo, algo com divisão). Ou o Estado consegue mudar a base produtiva e internalizar recursos que somem ao orçamento anual, ou continuaremos assim cronicamente.