Recebi um e-mail, que teria sido assinado por uma psicóloga chamada Karla Christine. O texto emite um juízo sobre Cazuza, a partir do filme sobre a vida dele, “Cazuza – O Tempo não Para”, que eu assisti em 2004.
As músicas do Cazuza estão entre as minhas preferidas. Não é possível negar o ângulo abordado pela Karla, mas, todos nós temos defeitos. Os artistas, a meu ver, devem ser lembrados pela arte que nos legaram e não pelos defeitos que tiveram.
Eis o texto.
“Fui ver o filme Cazuza e me deparei com uma coisa estarrecedora. As pessoas estão cultivando ídolos errados. Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza?
Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é inadmissível.
Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir com conceitos de certo e errado.
No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta.
São esses pais que devemos ter como exemplo? Cazuza só começou a gravar porque o pai era diretor de uma grande gravadora. Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade.
Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não.
Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas, fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou.
Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria?
Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor.
Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi consequência da educação errônea a que foi submetido. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissessem NÃO quando necessário? Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor.
Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar. Não se preocupem em ser ‘amigo’ de seus filhos.
Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi a pessoa que mais os amou e foi, é, e sempre será, o seu melhor amigo, pois amigo não diz SIM sempre.”
Você acha que a Karla tem razão?
Foto: montagem a partir de fotos colhidas na internet.
Infelismente a nossa humanidade e a maioria dos meios de comunicações estão vangloriando os bandidos e conceitos nada certos para os nossos filhos. Veja os exemplos das novelas para ilustra rapidamente, são ovacionados os saradões cheios de tatuagens, pincins, bombados e garotas cheias também de tatoo e pincins. Além disso hoje tanto faz ser hetero como homo que são endeuzados. Há o legal hoje em dia para a midia é ser bandido levar vantagem em tudo, moças virgens nem pensar nao pode aparecer na midia nao vende. Tudo que seria exemplo para a nossa juventude nao é valorizado, Cazuza e outros produzidos pela mídia são filhos de barões de gravadoras, donos de emissoras e outros da classe A. Bem tenho fé em Deus que as minhas quatro filhas nao sigam esse padrão pobre e deprimivel que a midia indeusa, sou jornalista mas sinto que a nossa midia maior estã apodrecida principlamente as telenovelas que são exibidas em nosso pais. O conceito do CERTO e CORRETO está longe das nossas emissoras de TV e dos Cinemas. Que pena, só DEUS PARA PROTEGER E ORIENTAR AS NOSSAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES.
ResponderExcluirEsse e-mail circula há anos. Já recebi várias vezes e acho que essa pisicótica fumou uma cachaça daquelas que nem o Caju teve coragem de experimentar. Cazuza foi um ícone da música brasileira. Conheço a grande parte de sua produção que é incrivel e pouco me importo com o que ele fez na vida pessoal. Concordo com você deputado.
ResponderExcluirConcordo totalmente com a autora do artigo. A história de vida deste rapaz é uma verdadeira lástima e o filme mostra que Cazuza era uma pessoa egoísta, sem princípios e nem limites, que o pai era omisso e a mãe era conivente com os abusos do filho. Bem, ao menos ele deixou um legado, porque suas músicas são mesmo lindas. Ao contrário de uma certa prostituta "bem sucedida", cuja vida, torta na maior parte do tempo, virou filme e até rendeu prêmios para quem a representou no cinema. Melhor mesmo é não assistir aos filmes para não se decepcionar.
ResponderExcluirSou Cristão e entendo que nós trazemos uma cota equânime de bem e mal em nossas constituições, enquanto pessoas. Tenho 50 anos e vejo Cazuza como um ícone da música e um questionador, que usou a música para expressar seus fantasmas e muitos dos nossos também. Nesse campo não conheço nenhum Psicólogo que tenha contribuído para levantar questão, sobre muitos dos problemas que afligem os brasileiros, como a corrupção endêmica, por exemplo. Como ser humano, Cazuza foi santo e pecador, como todos nós. Julgá-lo não é para nós e nem para os psicólogos. Não deixar que ele se expressa-se seria cencurá-lo, como seria censurar que os autores de novela abordassem certos temas com os quais não concordamos. Independente da visão e colocação da Dra., que em tese e em parte concordo, precisamos de "Loucos Santos" como foi Cazaza, para temperar nossas alienações.
ResponderExcluirAcho profundamente equivocada essa comparação entre o artista e a pessoa, apesar de ser baseada na obra do artista o filme é uam obra de ficção, e vamos para aquela estória das influências, que particularmente acho que voce não é o resultado total das influências sejam elas negativas ou positivas, e arrematando não concordo em nada com o texto.
ResponderExcluirE seus "Heróis" morreram todos de overdoses. Grandes "Heróis".
ResponderExcluirDevemos dar exemplos, e não conselhos.
É difícil dizer à verdade hoje em dia.
ResponderExcluirQuem é Cazuza ?
ResponderExcluirHoje sei que vendo meu bacalhau, mas meu lance mesmo é a poesia, que eu mastigo e vomito no público.
ResponderExcluirFrase de Cazuza
Já foi Tarde.
Tem também quem goste do Saddam, do Kaddafi, vamos respeitar, cada doido com sua loucura.
ResponderExcluirCazuza foi um ícone da música brasileira se sua história fosse diferente, talvez não tivéssemos o privilegio de ouvir a sua poesia ecoar nos ouvidos de diversas gerações.
ResponderExcluirEsse prof° Augusto é meio doidão, acho que entende do bagulho.Rsrs
ResponderExcluiracho a psicologa correta vou fazer uma pergunta o roberto carlos e bandido? ele faz so musicas boas então não precisa fuma maconha para fazer musicas
ResponderExcluirGosto de sua letra e música, não o conheci para julgar a pessoa.
ResponderExcluirEsse e-mail é muito velho e na época a discussão rendeu muito. Mas repito minha opinião que se a vida do Cazuza não fosse um livro aberto esse julgamento não aconteceria e ficaria somente o legado de seu belíssimo trabalho como cantor e compositor. Quantos artistas, de todas as vertentes, têm ou tiveram um modo de vida tão desregrado ou até pior. E a política brasileira então, quantos políticos poderiam substituir o Cazuza nesse e-mail ? Bom mesmo é saber que o poeta está vivo com seus moinhos de vento.
ResponderExcluirela cursou psicologia via correios. tenho é pena dos seus pacientes.
ResponderExcluirEu concordo que Cazuza pode ter sido um excelente cantor e compositor, mas concordo também com o email, pois a vida dele particular poderia continuar particular, mas resolveram cultuá-lo com esse filme. Poderiam ter deixado como tava né?? Mas tinham que tentar engrandecê-lo.
ResponderExcluirEra um gênio e ninguém jamais irá tirar isso dele.
ResponderExcluirXeirou, deu, traficou, ofendeu... Mas amou como nunca.
ResponderExcluirUm drogado, como tal, uma droga!
ResponderExcluirA mídia, muitas vezes, alimenta a ilusão do irracional.
As letras de CAZUZA ou de qualquer outro compositor são lidas com a concepção do leitor, que, quase sempre, recebe a influência dos formadores de opinião.
Um alienado, como foi CAZUZA, sem qualquer noção de movimentos políticos-sociais transformadores e sem nenhuma formação ideológica, além dos neurônios completamente abatidos pelo descomedido consumo de drogas, em momento algum escreveu, se é que foi ele que escreveu, percepções politizadas.
Um sujeito que vivia constantemente drogado, com os neurônios destruídos, não mais possuia a racionalidade, a capacidade de construir um pensamento, uma idéia, uma concepção filosófica.
A mídia transformou o delinquente num "fenômeno" das drogas.
"FAÇA O QUE EU DIGO, MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO": VIVA CAZUZA... "VIVA ÀS DROGAS"!
CAZUZA deveria ter sido preso e condenado pelos crimes que praticou!
Um pobre diabo vencido pelas drogas!