Pular para o conteúdo principal

Nada de novo no IV Congresso Nacional do PT

shot008

O IV Congresso Nacional do PT, havido ontem, 02, não trouxe novidades. Até que ensaiou um episódio adventista, quando tentou pautar a posição do partido pela extinção do Senado, mas, depois dos apelos da presidente Dilma, apagou-se o que estava escrito sobre o assunto.

José Dirceu, depois que uma câmera no Naoum flagrou-lhe a romaria dos áulicos, labutou pela stalinista verve de Franklin Martins de censurar a imprensa e venceu: o PT quer a imprensa censurada, mas é claro, chama isto de "regulamentação da mídia". Todavia, isto também não é novidade.

Preliminarmente, continuo, sobre o assunto, com a mesma posição: que a imprensa seja absolutamente livre para falar mal de mim e que eu seja absolutamente livre para reclamar dela.

O ex-presidente Lula, comme il faut, com umas das suas brancas guayaberas, para afastar os rumores de que sucederá Dilma, vaticinou oito anos para ela e acabou fazendo ser verdade o que ele mesmo dissera, no início do discurso, que era mentira da imprensa: "eu li num jornal que ia ter uma nota de apoio ao José Dirceu com o meu aval. É mentira, porque não disse isso. Mas já que estou aqui, vou dar o meu aval".

Pronto, a imprensa que Lula chamara de mentirosa, não mentiu: ele deu aval à nota de desagravo a José Dirceu, como fora noticiado que ele faria.

A Veja adora isto: aumenta as vendas.

Comentários

  1. Deputado, e o PIG? Não há negar o engajamento da Veja, Globo, Estadão, Folha de São Paulo e asseclas em desconstruir o governo do Lula. Não dá esconder isso. A própria presidenta da Associação Nacional de Jornais (ANJ), que representa os veículos mencionados, declarou que à apatia dos partidos da oposição deveria ser compensada pela militância midiática contra o governo. Palavras dela. O que essa imprensa golpista quer é liberdade para assassinar reputações sem ter que dar direito de resposta. Outra: vc acha que políitico deve ser proprietário de rádio, televisão e jornal? Deputado, isso é uma imoralidade que precisa acabar para o bem da demovracia no Brasil.

    ResponderExcluir
  2. Parabéns, deputado, pelo comentário.

    E devo reconhecer que, de fato, as críticas eventuais que fazemos a Vossa Excelência - aliás, algumas bem contundentes - são sempre publicadas no seu blog e comentadas por Vossa Excelência.

    A imprensa tem que ser livre e ponto final.
    Vale, aqui, a lição de Tocqueville no livro "A Democracia na América", ou seja, os males da democracia se resolvem (sempre) com mais democracia.

    Mais uma vez, parabéns!!!

    ResponderExcluir
  3. quer dizer então que tu acha justo a imprensa te julgar sem antes mesmo de ser julgado pelas instâncias jurídicas ??

    ResponderExcluir
  4. Parsifal,
    com com todo o respeito, e entendo o seu posicionamento de não concordar com o posicionamento deste e do atual governo, mas mentiu sim.
    Se ele ainda não havida dado o a aval e dps ele deu, pra mim isso é menitira, pq se alguém afirma q tu já fizestes algo que ainda nao o fez, é falta da verdade, se tu fores fazer depois, isso não valida a falta de verdae da afirmação daquele momento.
    Com todo respeito mas essa revista por inumeras e inumeras vezes além de faltar com a verdade, maqueia as reportagens pra agradar o leitor consumidor dela, mesmo q com mentiras.
    Por este motivo sou mais do que afavor das Leis de Midias, se pudesse aplicar o CDC pra veículos de comunicação, já tinhamos levados muitos a falencia por tantas indenizações pela péssima prestação de serviço, afinal qnd compramos um produdo desse estamos adquirindo informações, e no minimo esperamos que sejam verdadeiras ou tenham fundo de verdade, qnts e qnts vezes, nós consumidores fomos enganados por esses maus fornecedores?
    Aqui em Bel tem um certo jornal q o besta do consumidor compra mais propaganda q noticia e a noticia q tem ainda é velha e requentada ou só vem com uma pincelada de verdade pq o resto todo é enchimento e não corresponde a realidade.
    CDC neles...

    ResponderExcluir
  5. Olá Che,

    O "PIG", tem todo o direito de exisitir e se comportar da forma que quiser. Eu, ou você, acreditarmos nele, é outra história. O importante é termos visão crítica. O PIG, se existisse da forma como você acredita que ele exista, é absolutamente inofensivo, pois, aí está o Lula, com todo seu cabedal político absolutamente intocado.

    ResponderExcluir
  6. 22:20:00,

    Não acho justo, mas, liberdade de imprensa não é um questão de achar justo ou injusto e, a partir daí, permitir que ela exista ou não. Há elementos jurídicos que me permitem reparação. O problema, não está com a imprensa, que injuria, difama e calunia e sim com o Poder Judiciário que não acelera as reparações pedidas, ou engaveta os processos contra os barões da imprensa.

    ResponderExcluir
  7. 10:55:00,

    Há meios de reparação jurídica sim. Se não são eficazes, o problema não está com a imprensa, mas, com a justiça.

    ResponderExcluir
  8. Martin Wolf, em comentário no Financial Times:

    "A mídia é um negócio. Mas não é um negócio qualquer. Ela não apenas reflete, mas também modela a opinião pública e assim controla uma imensa influência política. É por isso que ditadores buscam controlar a mídia e políticos democratas buscam usá-la. Uma pessoa que controle uma porção substancial da imprensa e da televisão exerce grande influência sobre a vida pública, sem prestar contas a ninguém." Deve ser assim?

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder

O HIV em ação

A equipe do cientista russo Ivan Konstantinov arrebatou o primeiro lugar no “International Science and Engineering Visualization Challenge”, um concurso que premia imagens científicas da forma mais verossímeis e didáticas possíveis. Abaixo, a imagem em 3D do mortal vírus da Aids (HIV), em laranja, atacando uma célula do sistema imunológico, em cinza. A tática do HIV é se estabelecer dentro da célula, sem destruí-la. Na imagem abaixo foi feito um corte para mostrar o HIV já estabelecido no núcleo da célula imunológica, usando-a para se reproduzir, expelindo mais vírus que atacarão mais células imunológicas para torna-las hospedeiras, por isto o sistema imunológico do portador do HIV fica reduzido. As imagens foram retiradas do portal russo Visual Science .

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.