Mais um relatório parcial sobre o fatídico voo 447 da Air France foi publicado pelo BEA
Desde a primeira postagem sobre a queda do 447, em 2009, posicionei-me em um ponto nuclear: os fabricantes das aeronaves embarcaram tecnologia nas máquinas e as empresas aéreas vêm negligenciando dotar os pilotos de perícia suficiente para toma-las nas mãos em caso de emergência.
A queda do 447 foi a mais perfeita tradução de completo desentendimento “neurolinguistico” entre o homem e a tecnologia embarcada nas máquinas.
O BEA, baseado nas análise da tragédia, não traz uma importante recomendação: o profissional precisa ser reconstruído para conviver com a, cada vez mais, sofisticada tecnologia embarcada nas aeronaves.
Segundo o mais recente relatório, os softwares que comandavam o A330 tentaram, em todos os segundos que antecederam o mergulho da aeronave no Atlântico, indicar aos pilotos quais as manobras que poderiam estabiliza-la, mas, os pilotos, pressionados pelas graves circunstâncias, acabaram por proceder a equívocos.
Seria praticamente impossível ao comandante, no meio de seu próprio apocalipse, segurar o enorme e nervoso A330 na mão: no primeiro segundo das singularidades que se seguiram, selou-se o destino da aeronave e das vidas que ela guardava no ventre.
Clique aqui para ler o mais recente relatório do BEA.
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