Os constantes ataques de piratas nos labirintos fluviais da Ilha de Marajó, no Pará, ganharam o noticiário nacional.
A “Folha de S. Paulo” do último domingo, 17, em reportagem do enviado especial Felipe Luchete, narra que “piratas têm aterrorizado pescadores, ribeirinhos e turistas que circulam pelos extensos rios do norte do Pará.”.
Luchete reporta que os piratas roubam, matam, estupram e desaparecem “nos labirintos formados pela mata fechada”, revelando que os barcos circulam no arquipélago com grandes “montantes de dinheiro, já que apenas 4 de seus 16 municípios contam com agências bancárias.”.
A reportagem narra que embora a Secretaria de Segurança Pública do Pará tenha registrado, no primeiro semestre de 2011, 19 ocorrências de pirataria, os moradores da região retificam que “ao menos 150 ações do gênero ocorreram só neste ano, incluindo assaltos a casas de ribeirinhos.”.
Foto: Janduari Simões, ilustrando a reportagem da Folha de S. Paulo.
Parsifal;
ResponderExcluirVárias coisas me chamam atenção neste tipo de crime. O caboclo pobre, humilde, esquecido, ignorante em muitos ofícios, diante de suas necessidades e das alternativas que os tempos vieram lhe ensinar, aprende a matar por qualquer em troca de qualquer pequena coisa, quando não torna-se mais interessado em objetos de maior valor comum, sem tantos recursos de crime organizado, como se contasse com a própria distância, a mesma que lhe relegou ao esquecimento, para lhe garantir também a impunidade.