Carta do delegado de policia Wilson Ronaldo Monteiro à governadora Ana Julia:
OBRIGADO GOVERNADORA
Ao ver meu contra cheque do mês de abril, fiquei maravilhado ao saber que o aumento anunciado pela Governadora iria modificar minha vida.
Como primeira mudança, procurei logo trocar de carro, ou seja, saí do veículo ano 2004 e retornei para um 2003, pois assim poderia pagar o imposto de IPVA, o qual nunca acompanha nossos reajustes.
Devido as mensalidades escolares sempre serem maiores do que o percentual dado ao meu salário, conversei com meus filhos e sugeri que os mesmos estudassem em escola pública, usando como argumento de que para eles seria melhor, pois teriam mais chance de ingressar na Universidade, haja vista que entrariam no sistema de quota destinada aos alunos daqueles Estabelecimentos de Ensino... e como meus filhos tem origem negra e indígena, aposto que entrarão na Universidade sem fazerem vestibular. Esse raciocínio só veio a tona após saber o “quantun” que foi dado de “aumento salarial'.
Continuarei usando meus velhos paletós, pois não temos o auxilio que Deputados e Juízes recebem para trocarem a indumentária, porém, como já faço compras no “brechó” da “Tieta”, esta não perderá seu cliente e nossa amizade perdurará por muito tempo, afinal, com um bom aumento em meu salário certamente a Tieta iria comentar que eu estava “metido” e que abandonara os amigos. Graças a Governadora eu e Tieta continuamos amigos.
Cada vez passo mais longe de um restaurante de luxo. A inflação ainda não chegou ao “espetinho de gato” do “Negão”, o qual costumo levar algumas pessoas para um jantar ao luar, aproveitando o fato da Vigilância Sanitária não expulsar, ainda, o “Negão” daquela área. Manterei o plano de saúde, porque com certeza o usarei muitas vezes.
Ainda bem que não acreditei no discurso de um ex-chefe da casa civil , o qual usou nossa festa de confraternização como palco eleitoral e com a cabeça cheia de Whisky prometeu um aumento para nós de 45%. Ora, esse político pode saber tudo que circunda um Estado, mas o que ele soube mesmo naquele momento foi nos persuadir, enganar, manipular. Ele sabia que precisávamos(e precisamos) de heróis; sabia que estávamos e (estamos) imensamente carentes, e claro, estenderíamos a mão ao primeiro que desejasse nos salvar. No outro dia após o primeiro gole de água gelada, percebemos que o político nos colocou uma capa e depois que nos arremessou do prédio com ele, descobrimos que não podíamos voar.
Obrigado Governadora por manter meu cotidiano de vida. Não tenho que me preocupar com carro moderno, roupas caras e comidas exóticas, pois com esse aumento salarial, fortalecerei ainda mais a amizade com o meu mecânico “marcha lenta” ; abrirei um crediário no Brechó da Tieta e degustarei o molho de pimenta do Negão.
Enfim, acreditando que V. Exa., gostaria de dar um aumento expressivo para a categoria de Delegado de Polícia Civil, porém as finanças do Estado não suportaria o impacto, apresento neste momento a solução: “nomear todos os Delegados como seus assessores especiais, afinal já estamos acostumados a carregar cobras e ver fantasmas.
Wilson Ronaldo Monteiro Delegado de Polícia Civil
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Parabéns, Wilson, pelo bom humor em um assunto tão grave.
Na oportunidade, sugiro ao Puty, para se limpar com os delegados, que faça a sua próxima distribuição de cheques moradia nas delegacias.
Intessante o cheque-moradia,porém, vou logo avisando, ninguém vai votar no PUTY.
ResponderExcluirTudo bem dep. As polícias (cível e militar) em geral ganhas pouco para os serviços que prestam as sociedades, mas o tom de ironia usado pelo delegado Wilson Ronaldo Monteiro, me chama a atenção; pois quantas pessoas, iriam dar graças a Deus de poder compra no “Brechó da Tieta e degustar o molho de pimenta do Negão” e não tem como. E o delegado quer pensar (ou só pensa) “carro moderno, roupas caras e comidas exóticas”. Não que ele não tenha o direito a isso, mas não deve desestimar os que não podem, isso eu não quero comenta a desvalorização da escola publica. Pois temos escolas públicas que são de qualidade, temos problemas em outras? Temos !, sempre tivemos e sempre teremos. Inclusive de segurança
ResponderExcluirDep. Parsifal,
ResponderExcluirO delegado Wilson Ronaldo apresenta ao final de seu artigo a "saída" para contentar a categoria de delegados, nomeá-los todos Assessores Especiais.
Seria a saída para driblar a legislação eleitoral que estabeleceu que reajuste encerrou no dia 06/04.
São pouco menos de 500 delegados que não recebem DAS que seriam aquinhoados com essa boquinha rs rs rs
E por falar em delegados, os delegados aposentados não foram aquinhoados com o "abono cala-boca" de 500 reais dado pela governadora ao pessoal da ativa.
ResponderExcluirCoitadinho dos veinhos.
Velho sofre e a governadora parece que quer "matá os véio" rs rs rs
Caro:
ResponderExcluirSeu blog vai cada vez melhor. Hoje está impagável. A propósito, onde serve o delegado Wilson Macunaíma?
Um abraço
Das 9:53,
ResponderExcluirO Cheque moradia não é criação deste desgoverno.
Ele foi criado no Governo Jatene e não era distribuído aleatóriamente, havia critérios rígidos:
1. era destinado à melhorias de residências com base em vistorias efetuadas por equipes compostas de engenheiros e assistentes sociais, que verificavam as reias necessidades das moradias;
2. a prioridade eram os servidores efetivos do Estado, sendo os contemplados aqueles de menor faixa salarial;
3. Os beneficiados pelos cheques, tinham prazos para sua aplicação, sendo que após esse período, os técnicos deveria retornar para verificação "in loco" dos serviços listados para a liberação dos mesmos.
Bem diferente do que está ocorrendo agora.
Concordo, em um ponto, com o anônimo das 10:33:00.
ResponderExcluirHá valores maiores que carros, restaurantes e roupas de grife. Lamento, por exemplo, não ter poder aquisitivo para ir ao teatro com mais freqüência, comprar livros, CDs. e DVDs., matricular-me em uma escola de línguas para dominar um novo idioma, viajar com a família para Fernando de Noronha ou outro recanto paradisíaco em nosso Estado. São esses pobres valores provenientes de uma sociedade consumista, assimilados por um Delegado de polícia, que envergonham a categoria. Francamente!!!
E por falar em DELEGADOS APOSENTADOS, eles sofreram um duplo golpe!
ResponderExcluirForam enganados também pela presidente da Associação – PERPÉTUA PICANÇO de que seriam aquinhoados com a merreca de R$ 500,00 e hoje constataram a dura realidade: ERA MENTIRA! E o pior é que ela não deu qualquer satisfação, depois de afirmar, na semana passada, no site da ADEPOL-PA, (http://www.adepol.com.br/) de que valeria para eles também! Que classe desunida.
Alguém compreendeu o que quis dizer Macunaíma, que postou às 10:33:00? Tomara que não seja Professor da Rede Pública de Ensino! Se for, se faz urgente que sejam repensados os critérios de avaliação e seleção nos Concursos Públicos para esse fim.
ResponderExcluirQuaradouro,
ResponderExcluirObrigado pela visita. Volte sempre.
Jonathan Swift, escritor irlandês, autor de "As viagens de Gulliver", escreveu certa vez um panfleto que dizia mais ou menos assim: "Uma proposta para os pais irlandeses venderem seus filhos nos açougues e ainda ganharem um bom dinheiro".
ResponderExcluirEle recebeu ácidas críticas, inclusive de que estava incentivando o canibalismo.
Na realidade ele estava tentando mexer com o brio de seus patrícios que não reagiam diante do domínio inglês.
Era pura ironia.
Acredito, conhecendo o delegado Macunaíma, que trabalha na Sec. Mosqueiro, salvo engano, que ele quis usar da ironia.
Aliás Sócrates foi condenado a tomar óleo de sicuta por isso.
A Tieta e o Negão, evidentmente são personagens fictícios, tudo para mexer com o brio de seus colegas parcimoniosos, conformistas, esperançosos ao extremo, que acreditam em Saci Pererê.
Na realidade ele quis demonstrar o desprezo com que se houve a governadora Ana Julia, a rainha dos kits escolares, e tentar provocar seus colegas para reagirem a essa forma desrespeitosa de tratar as autoridades policiais, a começar pela presidente da sua associação.
Sr. Delegado, eu que trabalho 8h diárias suportando exaustivamente um chefe mau morado, e que não tenho direito a abonos, e a "beneficios" que o homem da lei como o sr. possui, e compro minhas roupas no Manolito la.... no Veropa, pego ônibus lotado e ao chegar da faculdade 23h sou assaltada, e claro como um boa cidadã fui prestar queixa, e O DELEGADO , gentilmente me responde sorrindo “NÃO PODEMOS FAZER NADA” . Ah! sim recebi R$ 54 de aumento salarial, e dou graças a Deus.
ResponderExcluirEu, Sr. Del. Wilson lamento sinceramente pelo seu abono de R$ 500
ei esquecendo se tiver vaga para assessor especial eu quero t@!!
ResponderExcluirPARA DORIA CHACHA:
ResponderExcluirO Problema “DORIA CHACHA” é que você não quer estudar. Está em uma faculdade e ainda não aprendeu a escrever “MAL HUMORADO” (de mal humor - temperamento, disposição de espírito) , diferente de um Delegado de Polícia que é um operador do Direito. Se você está satisfeita com o seu “aumento salarial”, com certeza ele foi compatível com suas atribuições e nível intelectual.