Pular para o conteúdo principal

Não é bem assim

contra

Leio nos jornais, e no site da Agencia Pará, que o governo fez um acordo que muda o perfil do substitutivo que apresentei na ALEPA, também assinado pelos líderes do PSDB e do PPS, que somam 19 votos.

 

O acordo, rezado na imprensa, é que o novo formato ficaria em 43% para as prefeituras, 7% para novas emendas parlamentares e 50% para o governo negociar emendas parlamentares pendentes e aplicação direta.

 

Eu não sei com quem o governo fez este acordo. Conversei com os líderes do PSDB e do PPS e com o presidente da FAMEP, Helder Barbalho: os três me garantiram que não fizeram acordo algum e continuam firmes com o substitutivo.

 

Os lideres do PSDB e do PPS, e eu mesmo, não queremos emenda parlamentar alguma: eu já disse mais de uma vez que não quero nada deste governo.

 

O que desejamos é aprovar o substitutivo que dá determinação especifica a cada centavo do empréstimo: nem um tostão de cheque assinado em branco.

 

Se o governo quiser cheque assinado em branco, terá que arranca-lo da Assembleia Legislativa passando por cima do PMDB, PSDB e PPS.

 

Acredito, também, que os demais partidos e deputados jamais consentirão tamanha aleivosia contra a transparência da aplicação do dinheiro publico.

Comentários

  1. Quem vai pagar pelo 366?
    Miguel Oliveira
    Editor-chefe

    Até hoje, relutava em escrever sobre a polêmica autorização legislativa para o empréstimo pretendido pelo governo do estado, junto ao BNDES, batizado pela mídia de ‘366’.

    A imprensa da capital trava uma disputa maniqueísta sobre o assunto. O Liberal, fala uma coisa, o Diário, outra. O leitor fica sem poder tirar suas próprias conclusões.
    Mesmo considerando insuficientes os argumentos de ambos os lados da contenda – PMDB/PSDB, de um lado, e o PT, de outro, esperava que à verdade começasse a vir à tona, a qualquer tempo.

    Hoje, essa oportunidade surgiu. E me foi dada justamente por um dos porta-vozes da contenda, o nobre deputado estadual Parsifal Pontes, ao comentar em seu blog um assunto correlato ao empréstimo 366.

    Com justa razão, o líder do PMDB, alerta que as patrulhas mecanizadas, que o governo do Pará entrega hoje a prefeitos, foram compradas com empréstimo de R$ 150 milhões autorizado pela Assembléia Legislativa.

    E ressalta que “o pato quem vai pagar é o contribuinte. O deputado mostra-se preocupado com a enorme divida que já beira, neste governo, a R$ 2,5 bilhões.
    Pois bem, vamos analisar o raciocínio cartesiano de Parsifal.

    Quem paga empréstimo é o tesouro estadual do dinheiro arrecadado pelo fisco diretamente ou através de transferências a fundo perdido ou empréstimos bancários.
    Em todas essas situações, é o contribuinte quem paga a conta. Mas em todas essas mesmas situações, a exceção de verbas a fundo perdido, o contribuinte também é o único beneficiário. Ou deveria sê-lo.

    Mas a mesma lógica do líder do PMDB não está bem explicada quando se trata da obstrução ao 366, com o qual o governo vai fazer obras, ou promete fazê-las, nos municípios paraenses.

    Parsifal sustenta que o governo do estado quer autorização para gastar a seu modo próprio um dinheiro que deveria ser melhor ‘repartido’ entre as prefeituras, indistintamente.

    Sua emenda alternativa carimba o destino do bolo. O governo avança em admitir a repartição da massa financeira fermentada em ano eleitoral.

    A governadora aceita avançar o percentual de 30 para 43 por cento da fatia reservada a obras e serviços nos municípios, mas não se submete aos critérios da emenda Parsifal, que é o populacional, ao contrário do IDH, tese do governo.

    E aqui eu volto a questionar a coerência do líder do PMDB. Se quem vai pagar a conta é o tesouro estadual, em nome do contribuinte que recolhe seus impostos, como fazer essa repartição entre prefeituras?

    Esperei até agora que o parlamentar admitisse, pelo menos em tese, que os municípios já tiveram ressarcido, através de Medida Provisória, a queda de arrecadação por causa dos efeitos da crise financeira internacional.

    Mas, o líder do PMDB, mesmo sabendo que os municípios já tiveram direito ao seu quinhão, a fundo perdido, uma verdadeira compensação, propõe carimbar o mesmo destino à metade de uma compensação que será dada aos governos estaduais.

    Parsifal, tão brilhante em suas afirmações, quer dar marretada com o chapéu dos outros: dividir com as prefeituras um dinheiro que o governo vai pagar sozinho.

    Digo pagar sozinho porque poucas prefeituras do Pará têm capacidade de contrair empréstimo com o BNDES, como Belém e Santarém. As pequenas prefeituras não gozam de equilibro fiscal. O governo teria que garantir o pagamento do empréstimo. Dá no mesmo.

    Resumindo essa ópera-bufa, está o PMDB, pela voz de Parsifal, a querer impor um ponto de vista caolho no caso do '366, imaginando que por este lado do Equador, quem não tem colírio usa óculos escuros.

    Isonomicamente, espero que o deputado reflita e mesmo que vote contra o 336, use em suas análises a mesma argumentação do empréstimo de 150 milhões: o empréstimo precisará ser pago por um dos entes federados em nome do contribuinte.

    Se fizer isso, dará uma demonstração que, apesar das arengas políticas, a sinceridade faz bem à nossa rarefeita intelectualidade da qual Parsifal já obteve sua cadeira cativa.

    ResponderExcluir
  2. Nesse substitutivo pode condicionar a execução deste emprestimo para janeiro de 2011?
    O pessoal do Pt não liga pra lei nenhuma.

    ResponderExcluir
  3. O governo quer adoçar a boca dos deputados incluindo no empréstimo emendas parlamentares para manipular os recursos, na forma como estão plantando nos jornais. Mantenham-se firmes que isso é uma roubada.

    ResponderExcluir
  4. Nobre tribuno, peço-lhe atenção para não seduzir-se pela oposição irresponsável, como a do PT quando foi contra o Plano Real ou dos demos-tucanos que são contra o pré-sal. No entanto, é no mínimo razoável que se especifique a destinação do recurso público, como vossa excelência tem exigido com uma sapiência cirúrgica - mas fica a questão tratada em 1513 pelo florentino: dividir enfraquece, tanto de um lado quanto de outro, e será que a meta do veto é polidez pública ou simplesmente a mágoa e a vingança pela traição política, elemento constitutivo da história recente do Pará e do País? Façamos a política com a cabeça, não com o estômago. Abrcs fraternos

    ResponderExcluir
  5. Vossa Excelência já consultou o Presidente do Poder?

    ResponderExcluir
  6. Olá Miguel,

    O cidadão mora no município e é o cidadão que paga os impostos: o estado apenas arrecada.
    Portanto, quem vai pagar é o cidadão que mora de Belém a Jacareacanga: nada mais justo que ele seja beneficiado.
    Com isto, refutam-se os seus argumentos de que se é o estado que paga a ele deverá caber tudo.
    Quanto à compensação que os municipios receberam do governo federal, esta foi do FPM.
    O meu substitutivo, em você lendo a justificativa, procura destinar 50% do valor para o municipio por compensação dos tributos estaduais. Além do mais, este repasse compensa os municipios pelo diferimento que o estado fez para a VALE ano passado de mais de R$ 500 milhões, prejudicando a cota parte dos mesmos.
    Isto refuta a argumentação de que os municipios já estariam compensados.
    Todo este debate, todavia, se fez em função de o governo não trer querido dizer a destinação do emprestimo. Ele deseja o dinheiro para que?
    Quanto aos R$ 150 milhões, como os outros, há uma destinação declarada e faz parte de um programa federal.
    Obrigado pelo comentário e volte sempre.

    ResponderExcluir
  7. Olá Marcio,

    Nem um deputado na ALEPA jamais se posicionou contra o empréstimo: já aprovamos quase 2 bilhões, todos com destinação clara.
    Este caso do 366 se deu em virtude de o governo querer sem dizer para quê.
    A ALEPA sempre pediu uma emenda do governo ao projeto, apresentando a planilha e este sempre se negou a enviar.
    Por isto eu apresentei o substitutivo com a planilha.
    Não se trata, portanto, de oposição insesata, mas de uma posição sensata.
    Obrigado e volte sempre.

    ResponderExcluir
  8. Ao anonimo das 22:17:00

    Não pode.

    ResponderExcluir
  9. Ao anonimo das 23:53:00

    Sobre?

    ResponderExcluir
  10. "Eu não sei com quem o Governo fez este acordo. Conversei com os líderes do PSDB e do PPS e com o Presidente da FAMEP, Hélder Barbalho: os três me garantiram que não fizeram acordo algum e continuam firme com o substitutivo".

    Daí a pergunta: Vossa Excelência já consultou o Presidente do Poder?

    ResponderExcluir
  11. Este não é um acordo administrativo com a ALEPA, e sim uma correlação política entre partidos. O PMDB, o PSDB e o PPS, e agora o PTB já fecharam uma posição. Eu, e todos os outros deputados dos respectivos partidos somos obrigado, por lei, a nos submeter às decisões partidárias.

    ResponderExcluir
  12. ME DAR UM DINHEIRO AÍ!!!
    A disputa entre governo e oposição em torno do empréstimo 366 serviu para abrir a CAIXA PRETA. O Governo ficou nu. Hoje os leigos sobre o assunto já sabem mais ou menos como as coisas funcionam. O debate precisar continuar avançando. Afinal vivemos uma democracia em que qualquer um tem o direito de dizer o que bem entende. Mas até a mula sem cabeça, sabe que esse dinheiro será usado para fins eleitoreiro. A Governadora e o seu partido precisam entender que a festa acabou. Tiveram tempo pra fazer e não fizeram. Cometeram o maior estelionato eleitoral dos últimos tempos. Precisam aceitar que foram incompetentes (digo esse governo), são quase quatro anos perdidos. A governadora sempre se mostrou fraca, não teve pulso, se deixou dominar por uma "tendência". Tomou decisões mambembes e teve que voltar atrás várias vezes, fazendo com que pagássemos o maior MICO a nível nacional. Nem aos aliados conseguiu agradar. Na minha modesta opinião a culpa do fracasso dessa administração estadual não é só do Partido dos Trabalhadores, e sim dessa "thurma" de intelectuais que está governo. Ainda não procurei saber como foi a atuação da atual governadora à época em que ocupou outros cargos na esfera pública, mas com certeza e sem medo de errar, sua atuação frente ao comando executivo do Estado do Pará ficará para a história como um marco negativo em sua trajetória política. Portanto Deputado não arrefeça, seu posicionamento é o meu e da maioria dos paraenses.
    VIVA O PARÁ!
    João Paxiúba

    ResponderExcluir
  13. ME DÁ UM DINHEIRO AÍ !

    A disputa entre governo e oposição em torno do empréstimo 366 serviu para abrir a CAIXA PRETA. O Governo ficou nu. Hoje os leigos sobre o assunto já sabem mais ou menos como as coisas funcionam. O debate precisar continuar avançando. Afinal vivemos uma democracia em que qualquer um tem o direito de dizer o que bem entende. Mas até a mula sem cabeça, sabe que esse dinheiro será usado para fins eleitoreiro. A Governadora e o seu partido precisam entender que a festa acabou. Tiveram tempo pra fazer e não fizeram. Cometeram o maior estelionato eleitoral dos últimos tempos. Precisam aceitar que foram incompetentes (digo esse governo), são quase quatro anos perdidos. A governadora sempre se mostrou fraca, não teve pulso, se deixou dominar por uma "tendência". Tomou decisões mambembes e teve que voltar atrás várias vezes, fazendo com que pagássemos o maior MICO a nível nacional. Na minha modesta opinião a culpa do fracasso dessa administração estadual não é só do Partido dos Trabalhadores, e sim dessa thurma de intelectuais que está governo. Ainda não procurei saber como foi a atuação da atual governadora à época em que ocupou outros cargos na esfera pública, mas com certeza e sem medo de afirmar, sua atuação frente ao comando executivo do Estado do Pará ficará para a história como um marco negativo em sua trajetória política. Portanto Deputado não arrefeça, seu posicionamento é o meu e da maioria dos paraenses.
    VIVA O PARÁ!
    João Paxiúba

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder

O HIV em ação

A equipe do cientista russo Ivan Konstantinov arrebatou o primeiro lugar no “International Science and Engineering Visualization Challenge”, um concurso que premia imagens científicas da forma mais verossímeis e didáticas possíveis. Abaixo, a imagem em 3D do mortal vírus da Aids (HIV), em laranja, atacando uma célula do sistema imunológico, em cinza. A tática do HIV é se estabelecer dentro da célula, sem destruí-la. Na imagem abaixo foi feito um corte para mostrar o HIV já estabelecido no núcleo da célula imunológica, usando-a para se reproduzir, expelindo mais vírus que atacarão mais células imunológicas para torna-las hospedeiras, por isto o sistema imunológico do portador do HIV fica reduzido. As imagens foram retiradas do portal russo Visual Science .

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.