Em sentido horário, Calderón, Lula e Raul Castro, em Cancun: só prosa
A política local me absorveu a semana. Por isto não acompanhei a Cúpula de Países da América Latina e do Caribe, CALC, que se encerrou na terça-feira em Cancun, no México.
Pelo que andei lendo, nada ocorreu para desviar meu juízo de valor sobre reuniões de cúpula: são desfiles de moda de primeiras damas e relações públicas de mandatários.
O desfile de moda não houve em Cancun: as primeiras damas não foram.
Relações públicas não ocorreu, pois os mandatários presentes estavam com a latinidade em alta: entenda-se por latinidade, excesso de testosterona no sangue.
O presidente Lula, em dado momento deu um murro na mesa em protesto contra a omissão da ONU na questão das Malvinas.
O venezuelano Hugo Chávez ameaçou retirar-se do recinto ao dizer que 300 paramilitares da Colômbia entraram em Caracas para assassiná-lo.
O colombiano Álvaro Uribe retrucou, furibundo: “Seja homem e fique aqui para falar na minha cara!”
Felipe Calderón, o presidente do México, anfitrião do botequim, para não perder a fleuma e nem amarrotar a guayabera, não deu um pio: ou acabaria sobrando para ele.
Acho que tenho saudades dos meus tempos de guayaberas. Não a saudade recidiva de querer tudo outra vez, mas a saudade ingênua de recordar que eu gostava tanto…
Bons tempos aqueles em que eramos comunistas, hein...
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