A cassação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do DEM, mesmo com efeito suspensivo já concedido, foi a deixa que o partido queria para sair da pasmaceira.
Os democratas se vestiram de guerra e prometem, em aliança com o PSDB, obstruir as votações de interesse do governo.
As obstruções irão do 8 ao 800: entenda-se por 800 o projeto do pré-sal, que o governo quer aprovar a qualquer custo e de qualquer jeito.
O brado primeiro do tarol veio do líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen: "Não se vota mais nada por acordo, porque não dá para negociar com quem nos jurou de morte".
O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia, acode o líder Bornhausen na percussão: "A Câmara pode ser usada como instrumento eleitoral contra o nosso partido, e isto nós não vamos permitir".
Bornhausen, para não perder a deixa, reveza Maia, em tom maior: "Nos tiraram da categoria de adversários, para inimigos. Isto é prática stalinista de quem não quer adversário na eleição".
Embora eu não veja musculatura no DEM para chegar com este trote acelerado no outro lado do Rubicão, fico intuído a achar que, ainda que no adiantado da hora, a oposição possa estar se convencendo que, no mundo inteiro, oposição é oposição e situação é situação: simples assim.
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