Em 23.12.09, quando todos coziam os acepipes natalinos, as alcovas de dois pregões eletrônicos, realizados pelo governo do Pará, anunciavam o alvorecer de 2010.
Os pregões 003 e 004/09, licitaram 138 tratores, 150 caminhões, 118 pás carregadeiras e 117 motos niveladoras.
O total da compra: cento e trinta e nove milhões quinhentos e oitenta e cinco mil quatrocentos e cinco reais.
Trata-se do sonho de consumo de prefeitos, e da promessa feita aos ditos pela governadora Ana Júlia: patrulhas mecanizadas.
Condiciona, inobstante, Sua Excelência, que os prefeitos devem obter de seus respectivos deputados a aprovação da autorização do empréstimo de R$ 366 milhões que se encontra na Assembléia Legislativa.
Está esvaziado o discurso da necessidade: o governo não mais precisa do empréstimo, pois já comprou as máquinas.
A administração pública não pode praticar atos de repercussão financeira sem que o devido recurso esteja escutando a conversa: o governo não pode licitar apenas com a expectativa de ter a autorização de um empréstimo aprovado.
Se o fez é porque tem o dinheiro para pagar. Aí o rabo torce a porca e joga à terra a petição de miséria assinada: R$ 140 milhões de reais em final de ano, mesmo orçamentário, não é qualquer governo que tem.
Prefeitos! Façam-se ao Palácio dos Despachos para apressar a entrega do mimo, pois, independente da autorização do empréstimo, as máquinas já foram compradas.
Armem-se! Imprimam os pregões, com as respectivas especificações e referidos vencedores: aqui o 003 e aqui o 004.
Os editais, onde estão especificadas as respectivas dotações orçamentárias, e as regiões onde devem ser entregues os presentes, estão aqui para download.
A Secretaria de Estado de Projetos Estratégicos, promotora dos pregões, tem um link em seu portal que deveria dar publicidade aos processos licitatórios de sua responsabilidade.
Mas, lá não há referência alguma a licitação de tamanha monta: um lamentável procedimento cometido por um governo que prega a transparência.
Alguns membros desta corte pensam que só eles pensam.
Deveriam intuir que, nesta seara, o verbo é conjugando em todas as pessoas e tempos, principalmente quando se trata do subjuntivo presente.
Existe em Belem no Centur aos sábados a Sessão Maldita, onde são exibidos filmes que não passam em circuito comercial, por características especiais quanto aos temas e formato cinematográfico, provavelmente para alguns esta foi a Postagem Maldita.
ResponderExcluirSerá que este Governo de calote pagará estas máquinas? As empresas de segurança que prestam serviços ao GOverno não recebem a muito tempo, estas empresas estão a beira da falencia. Será que é para isto que querem a autorização do emprestimo do BNDES?
ResponderExcluirMas você sabe se as máquinas já foram pagas? Porque o governo só sabe fazer compras mas se esquece de pagar.
ResponderExcluirIsto deve ser para chantagear os prefeitos. Vão dizer que já está tudo licitado e não tem dinheiro para pagar. Só se vier o emprestimo. Como é ano de eleição os deputados vão aprovar para terem o apoio dos prefeitos.
ResponderExcluirParsifal a revista Época traz uma reportagem sobre a corrupção do PT no Pará no caso da constrição dos hospitais regionais e colocao PMDB no meio. O que tens a dizer sobre isto?
ResponderExcluirO PMDB jamais negou que recebeu recursos da Camargo Corrrêa: está devida e legalmente declarado na prestação de contas do partido, arquivada no TRE e o recibo já foi inclusive, no ano passado, entregue à imprensa.
ResponderExcluirPortanto, o que o PMDB recebeu da Camargo Corrêa foi plenamente dentro da lei, à título de doação eleitoral.
E as CPIs do Hangar e da SEMA, sai ou não sai?
ResponderExcluirOnde o Estado arranjou dinheiro para fazer tais compras? Se para pagar os funcionários é preciso empinar papagaio no Banpará!
ResponderExcluirÉ que tem gente que o governo cuida melhor que outras gentes.
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