O golpista Zelaya e o contra-golpista Micheletti chegaram a um acordo: aceitam que o Congresso de Honduras decida sobre a volta daquele ao poder, depois de ouvida a Suprema Corte.
O acordo, intermediado pela Chancelaria estadunidense, não tem data para ser cumprido e as eleições presidenciais estão mantidas para 29 deste novembro.
Nem Micheletti, tão pouco Zelaya serão candidatos à presidência.
Resumindo a ópera hondurenha: Micheletti fica no poder, Zelaya espera, hospedado na Embaixada do Brasil, a Suprema Corte dar um parecer ao Congresso para este decidir-lhe o destino.
Quando Zelaya queria dar o golpe chavista, fazendo plebiscito para virar rei, tanto o Congresso quanto a Suprema Corte resistiram-lhe à tentativa de majestade.
É provável que agora, que ele desistiu de dar uma de Napoleão, pondo a coroa sobre a própria cabeça, para se reconciliar com o mundo, Honduras permita que ele volte, para imediatamente passar a faixa presidencial ao eleito em 29 de novembro.
Como disse o bardo no título de uma das suas obras: muito barulho por nada.
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