A Polícia Civil de São Paulo prendeu, ontem, 2.191 pessoas, em vários municípios: foi a Operação Gênese, que usou 9.299 policiais.
Os dados oficiais: 509 flagrantes lavrados, 1.601 mandados cumpridos, 81 fugitivos capturados e 170 adolescentes detidos.
Em um só dia prenderam-se homicidas, desbarataram-se sequestros, apreenderam-se máquinas caça-níqueis, produtos piratas, maconha, cocaína, crack e armas.
Se a operação foi feita em um só dia, as informações já estavam sistematizadas há algum tempo, mas, como segurança pública ostensiva nunca foi prioridade no Brasil, preferindo, os políticos, o discurso sociológico que investir na área é fazer quadra de esporte e lazer, a bandidagem vai seguindo a vida.
Poder-se-ia continuar fazendo assim todos os meses, desde que o Estado resolvesse destinar recursos para tal, redirecionando prioridades orçamentárias, por exemplo, de propaganda oficial, que não passa de promoção pessoal e desperdício de erário.
Se todos os Estados do Brasil resolvessem fazer o que fez ontem São Paulo, de forma sistemática e frequente, os índices de criminalidade cairiam sensivelmente.
Não convence a desculpa de que custa caro manter tal ostensividade e por isto deve ser uma exceção.
Isto deve ser a regra: o bandido tem que ser pressionado a saber que a mão da polícia está somente a um palmo dele e que o Estado prioriza recursos para alcançá-lo.
É claro que ações sociais precisam ser implementas, mas usá-las como crédito de segurança pública é discurso de governante sem tento para pegar o touro pelo chifre.
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