2017 continua sendo um ano de arrocho

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Segundo a IFI (Instituição Fiscal Independente), órgão criado pelo Senado Federal para monitorar a contas públicas e subsidiar o Congresso no acompanhamento da execução do Orçamento da União, o governo “precisa fazer um contingenciamento de gastos de R$ 38,9 bilhões para garantir o cumprimento da meta fiscal de 2017”.

Isso ratifica o que venho sugerindo por aqui, de que 2017 não será igual ao ano que passou, mas, do ponto de vista puramente fiscal, pior.

Antes porque a combinação do contingenciamento com a imposição efetiva da Lei do Teto, faz com que algumas rubricas, e determinadas ações nelas constantes, não saiam do chão.

O rebatimento disto em uma economia ainda em retração, ou em arremedo de expansão como ensaia a propaganda do governo, é um nó que a equipe econômica não conseguirá desatar.

O relatório da IFI traz uma projeção realista da alta do PIB em 2017, que o governo opina que ficará acima de 1% e eu teimo em discordar, já que o déficit primário continua acima de R$ 100 bilhões, para ser mais exato R$ 139 bilhões.

Nas circunstâncias acima descritas, e em sendo o governo responsável e não tentando fazer as mágicas que o lulopetismo se permitia e deu no que está, a IFI sugere um crescimento do PIB de 0,46% em 2017. Nisso eu acredito.

E isso não significa que a modelagem do ajuste fiscal e a equação da recuperação econômica sólida não esteja ocorrendo. 

Tanto está que saímos de um crescimento negativo e a ascensão, embora parca, é um índice de que a economia começa a sair do vermelho.

Comentários

  1. O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria da transformação paulista registrou queda de 0,7% em janeiro, na série com ajuste sazonal, na comparação com dezembro de 2016. Os dados foram divulgados hoje (6) pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp); no acumulado de 12 meses, o índice apresenta variação negativa de 8,3%; ou seja: a retomada anunciada por Michel Temer e Henrique Meirelles é simplesmente uma mentira.

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    1. No acumulado de 12 meses só há dados de janeiro de 2017, eventual, portanto, que a variação está carregada com 11 meses de 2016, que foram de franca retração. Só será possível projetar o movimento de 2017 com base em média ponderada de, no mínimo, três meses desse ano, ou seja, quando forem apresentados os índices acumulados do primeiro trimestre.
      A retomada sugerida por Meirelles não poderá ser sentida como aclive em 2017, e só poderá apontar esse movimento se o PIB não for negativo nesse ano.
      Índices econômicos projetados não são mentiras ou verdades: são projeções.

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