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Mostrando postagens de maio, 2015

Solidariedade animal

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Viralizou na internet um vídeo tomado no Kruger Park, na África do Sul, onde uma manada de elefantes retorna para ajudar um jovem elefante, que, por algum motivo, deitou-se no asfalto. A manada só seguiu viagem depois que o jovem elefante levantou e juntou-se ao grupo. Estudos sobre os elefantes, um dos animais “irracionais” mais inteligentes, apontam que eles têm sentimentos semelhantes aos humanos: consolam-se, tomam decisões juntos e até se abraçam. Há humanos racionais que os matam para tirar as presas de marfim, ou só para se regozijar com o tombo que o chumbo dá nos gigantes.

Andrew Jennings e Dona Genoveva

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O jornalista escocês Andrew Jennings é autor de vários livros sobre corrupção em organizações esportivas, mas o seu moinho de vento sempre foi a FIFA, por ele taxada como a organização mais corrupta do mundo. Jennings colaborou com o FBI nas investigações que culminaram com a prisão de membros da FIFA na Suíca e no dia em que operação teve termo em Zurique, não colocou papas na língua e acusou o brasileiro João Havelange, 99 anos, o sétimo presidente da FIFA, de ter inaugurado a corrupção na entidade. Ele avalia que os nomes de Havelange e de Ricardo Teixeira aparecerão nas investigações. “ Vão pegar o Teixeira. Mas se não o pegarem, os brasileiros deveriam prendê-lo por todos os crimes que ele cometeu contra o futebol ", opinou. Sobre a Copa do Mundo de 2014, no Brasil (ainda estou esperando as maravilhas que essa Copa traria ao Brasil, para compensar os bilhões gastos). Jennings dá o seu veredito: “ A investigação deve ser feita no Brasil. Está tudo cercado de c

Toque de recolher

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A fala do governador Simão Jatene (PSDB), na colagem acima, vai na contramão do que o Estado deve prover ao cidadão no quesito segurança pública e sugere a falência do aparato estatal de segurança ao opinando que o contribuinte tem que se homiziar em casa: uma espécie de toque de recolher.  O correto, governador, é que o Estado garanta segurança às pessoas que desejam estar em lugares com grande aglomeração e tenham como hábito, ou cultura, frequentar festas até tarde da noite. A vida noturna, além de ser aspecto cultural em todo o mundo, é uma importante atividade comercial. 

O dinheiro digital

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Há 2,6 mil anos, a Ásia cunhava as primeiras moedas circulantes em grande escala, revolucionando o modo como era feito o comércio. Embora a moeda física cada vez mais caia em desuso, a espécie ainda tem fôlego para circular por um bom tempo: arrisco 100 anos.  Mas um dos países escandinavos pretende acabar com o dinheiro físico bem antes disso e o processo, usualmente, está a pleno vapor por lá. É a Dinamarca, onde as cédulas já são apenas 25% da circulação monetária de todo o país. E aproveitando o embalo, o governo dinamarquês anunciou, semana passada,  que a partir de 2016, as lojas de departamentos, postos de gasolina e restaurantes não mais aceitarão dinheiro físico. A medida foi apresentada em um pacote de cortes de gastos do governo dinamarquês – ou vocês pensam que é só a Dona Dilma que corta? – e um dos cortes foi exatamente no custo de fazer dinheiro, afinal, fazer dinheiro custa dinheiro (segundo a Bloomberg os EUA despenderam US$ 6 bilhões em 2013 na

Pede pra sair...

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Manchete de O Liberal de hoje, 28.05.2015: Manchete de O Liberal de ontem, 27.05.2015: Capa do "Diário do Pará" de hoje, 28.05.2015: Capa do "Diário do Pará" de ontem, 27.05.2015: Conversa do secretário de Segurança Pública do Estado do Pará com a secretária de Segurança do Ministério da Justiça: Eu arrisco um início de encaminhamento para o governador Jatene arrefecer esse problema de insegurança das elites e dos que não votaram nele: exonerar, a pedido, é claro, o general.

Saúde prostática

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Pronto! Está explicado porque a próstata do Dunga é tão sadia quanto a de um recém-nascido: a média dele é de 42 ejaculações por mês.

Na Suíça é diferente

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No Brasil, as operações policiais são espetaculosas. A apoteose do processo não é a sentença e sim a prisão preventiva, temporária, ou o que o valha.   Nos EUA, bandido que se preza foge pelas estradas e os espectadores fazem apostas se ele chega ou não na fronteira. Grande parte torce pelo bandido! Depois do beisebol, perseguição policial é o esporte predileto do american way of life .   No Canadá, a polícia pede desculpas antes de dar a voz de prisão: “desculpe-me, cidadão, mas, por favor, queira acompanhar-me até a delegacia? Você está preso”. O cidadão replica: “pois não, senhor policial, mas posso terminar o meu cappuccino?”. O policial: “Imagina! Fique á vontade. Vou pedir um também”. É uma piada recorrente de um hipotético diálogo da polícia canadense cumprindo um mandando de prisão.   Os suíços disputam com os canadenses as gentilezas e demonstraram isso na prisão do ex-presidente da CBF José Maria Marin e outros seis dirigentes da FIFA, em Zurique, cumprindo carta rogat

Reforma política naufraga, de novo

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Ao que parece, a atitude de capitão do mato na condução dos trabalhos da Câmara Federal pelo seu atual presidente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teve o início de um basta ontem (26), durante a votação de mais uma tentativa de votar um arremedo de reforma política. Os deputados já vinham reclamando da postura truculenta de Cunha, que tenta impor a sua vontade goela abaixo, mas escolheram a pior forma de demonstrar isso, afogando uma mudança constitucional do sistema político nacional. Cunha, e por via de consequência o PMDB, que lhe dava suporte na empreitada, sofreu duas significativas derrotas nas votações de ontem (26): a rejeição do distritão e a rejeição da constitucionalização das doações de pessoas jurídicas aos candidatos. Esta última, na tentativa de barrar a decisão do STF, que já tem maioria firmada ao contrário, cujo acórdão só não foi ainda definido porque o ministro Gilmar Mendes pediu vista e sentou sobre o processo. O vitorioso na liça foi o PT

Quando cai a casa

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Pelo que se vê, a tentativa de afastar o prefeito de Parauapebas, Valmir da Integral (PSD), empreitada por alguns vereadores do município, não era desprovida de fundamento. Quem joga o cisco é o Ministério Público Estadual que, em operação realizada ontem, fez busca e apreensão no Câmara Municipal e na prefeitura de Parauapebas. E o qual o objetivo da “Operação Filisteu”? “Desmontar um esquema criminoso oriundo de fraudes em processos licitatórios e superfaturamento de terrenos desapropriados pela prefeitura; emissão de notas fiscais frias e desvio de recursos públicos entre membros da câmara e o comércio na região”.  E a desapropriação, por suposto superfaturada, pela prefeitura, de um loteamento, foi exatamente o núcleo do decreto de afastamento do prefeito, em março desse ano, quando o dito cujo transformou Parauapebas em Sucupira. Mas a cereja do bolo da Operação Filisteu foi a prisão do vereador Odilon de Sansão (SD), que ficou nacionalmente conhecido por ter

Secretário de Segurança Pública do Pará diz que quem reclama de insegurança é elite e oposição

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Belém comparece em todos os rankings nacionais e internacionais como uma das cidades mais violentas do mundo: no ranking de 2014, do Consejo Ciudadano para la Seguridad Pública y la Justicia Penal, a 18°. Executam-se jovens, assalta-se, sequestra-se, furta-se, rouba-se. O governo alega que o Brasil inteiro está assim e a oposição taxa-o de omisso e inapetente para dar tratamento ao problema: os dois têm razão. Ontem (26), ligou para o secretário de Segurança Pública do Pará, Jeannot Jansen Filho, a secretária nacional de Segurança Púbica do Ministério da Justiça, Regina Miki. Miki reportou a audiência de deputados federais do Pará, acompanhados do ministro da Pesca, Helder Barbalho, com o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, tratando da insegurança no Estado e colocou, em nome do ministro da Justiça, o ministério à disposição do governo, para ajudar no que fosse necessário. O secretário Jansen Filho respondeu que “ no Pará está tudo bem e que essa história de viol

Furto de energia elétrica na região metropolitana do Rio de Janeiro abasteceria o Espírito Santo

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A declaração é da própria Light, que tem a concessão para a distribuição de energia elétrica na região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro: se as ligações clandestinas da área de sua concessão fossem suprimidas seria possível reduzir a tarifa em 17%. A Light publicou as suas perdas comerciais por conta dos gatos: R$ 2 bilhões em 2014. E declarou que esse valor é o que se arrecada, com pagamento de tarifa de energia elétrica, em todo o estado do Estado do Espírito Santo. Já tratei de furto de energia, em uma postagem sobre os dados de 2010, quando, segundo a ANEEL, 13% da energia gerada no Brasil foi furtada, causando um prejuízo de R$ 7 bilhões ao sistema, e isso, é claro, é pulverizado na conta de quem não mia. Em 2013, o prejuízo causado pelos felinos subiu para R$ 12 bilhões, e a conta de perdas e danos, causados por furtos, roubos e desperdícios na área referente foi de R$ 18 bilhões. Todo esse pessoal que cria os bichanos deve estar indignado com o escândalo da Lava J

Essa é boa

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Mas será que não vai nenhum pacote de fraldas descartáveis junto com a chave?

Herdeiras de B.B King afirmam à polícia que ele foi envenenado por sua empresária

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A morte do “rei do blues”, B.B King , ainda insepulto 12 dias após o falecimento, ganha ares de folhetim policial. As herdeiras do músico, Karen Williams e Patty King, acusaram formalmente a empresária de King, LaVerne Toney, e o secretario particular dele, Myron Johnson, de o terem assassinado por envenenamento. Segundo a Associated Press, a polícia de Las Vegas, onde o bluesman faleceu, já investiga o caso. Patty e Karen afirmaram que LaVerne, que trabalhou com King por 39 anos, e Johnson, mantiveram o corpo do pai sem acesso ao legista por cinco dias e que só foi dado acesso a elas, ao corpo, na ultima quinta-feira, 21. O cerne do folhetim seria a fortuna deixada por King, da qual LaVerne foi nomeada por ele como inventariante. A autopsia do corpo só foi feita no domingo, 24, nove dias após a morte. Os resultados, segundo os legistas, deverão estar prontos apenas em oito semanas. O enterro de B.B. King está marcado para o próximo sábado, 30, na cidade de Indianola, no Missi

Brasileiros ajudam a aquecer o mercado de imóveis da Flórida

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Alguns brasileiros ignoram a crise e continuam aquecendo o comércio imobiliário: da Flórida. Miami e Orlando são as cidades onde os brasileiros adubam os sorrisos largos das imobiliárias, a maioria delas também gerenciadas por brasileiros, para os compradores se sentirem em casa. No ano passado, de papel passado, apenas uma imobiliária, a Elite, vendeu 496 imóveis para brasileiros, e até abril de 2015, mesmo com o dólar nos R$ 3, a Elite já tinha vendido 210 imóveis para os brazucas , como somos chamados na Flórida. Enquanto isso, na pátria amada , as construtoras e imobiliárias continuam tentando vender, no Brasil, imóveis a preço de metro quadrado na 5ª Avenida, em Nova York. Dizem que é o custo Brasil, mas a preço de custo Brasil, então, é melhor comprar imóveis em Hong Kong. Em Miami compra-se um apartamento de 90 m², nas bordas do centro financeiro da chic Brickell Avenue, por US$ 300 mil, o equivalente a R$ 900 mil, enquanto que algo semelhante, em Moema, São Paulo, não sai por

SESPA faz bafo com o arroto alheio

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Será tão difícil para o governo do Pará fazer continência aos fatos e sempre tem que inventar uma versão para enganar a percepção do contribuinte?

“Mad Max: A Estrada da Fúria”. O road movie definitivamente definitivo

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O primeiro Mad Max, distopia dirigida por George Miller em 1979, alçou Mel Gibson ao estrelato na pele de Max Rockatansky. O sucesso do primeiro trouxe duas sequências, ambas com Mel Gibson no papel: “ Mad Max 2: The Road Warrior ” (1981) e “ Mad Max Beyond Thunderdome ” (1985), que contou com Tina Turner como a anti-heroína da distopia. Muitos, a maioria, definem Aunty Entity, a personagem vivida por Turner, como a vilã do filme, do que eu discordo, pois o vilão é um ser sem caráter e Aunty Entity tinha um. Todos os três Mad Max foram aclamadas pela crítica, que, aliás, é avessa à filmes do gênero, mas o talento do diretor australiano, submeteu-a. Desde 1985 esperava-se mais uma aventura do guerreiro da estrada, mas George Miller relutava em reincidir. Além dos percalços circunstanciais, achava que nada tinha a acrescentar à saga e o quarto Mad Max foi ficando assim como uma hipotética continuação de “E o vento levou…”, no limbo. Mas eis que 30 anos depois George Miller apres

Como ele fazia aquilo

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Michael Jackson encantou, e intrigou o mundo com um passo no qual ele se inclinava para a frente em quase 45 graus. Eis o segredo: Mas era preciso muito controle muscular para ir e voltar da forma com ele fazia.

Corte orçamentário: a montanha pariu um mucuim

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O governo anunciou ontem (22) o tamanho da tesoura no orçamento de 2015: R$ 69,9 bilhões. Eu sou um péssimo aliado (eu sou aliado do governo) ou um cético irrecuperável: para mim, a montanha pariu um mucuim. O “corte” não é sequer a décima parte do orçamento e não beira o que a execução orçamentária estoca em dívidas todos os anos. Não se cortará coisíssima alguma e a caldeira governamental continuará do mesmo tamanho, queimando a mesma quantidade de lenha, para produzir menos o que já produz mal. Tome-se como exemplo o que a imprensa pinçou para desancar o governo: 1. O “corte” de R$ 25,7 bilhões no PAC. E tem alguém, que conheça a execução orçamentária e o cronograma de pagamentos de governos, que acredite que as ações do PAC seriam liquidadas em 100% do executado em 2015? 2. Outro exemplo, que pode estar deixando os parlamentares novos alvoroçados negativamente: o corte de R$ 21,4 bilhões nas emendas. Perguntem a qualquer parlamentar com mais de um mandato se alguma emenda já fo

Governo atende PMDB e alivia o ajuste fiscal ao aumentar a tributação sobre o lucro dos bancos

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Para compensar o afrouxamento que o Congresso imprime ao ajuste fiscal, cujas pressões o governo cede a contragosto nas partes para salvar o todo, a presidente Dilma resolveu beliscar os bancos: através de medida provisória publicada hoje (22), elevou de 15% para 20% a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos. A CSLL é um tributo devido pelo incidido, a uma alíquota geral de 9%. No caso de instituições financeiras de seguro privado e capitalização, onde se enquadram os bancos, a alíquota era de 15%, alterada hoje para 20%. No afogadilho, a imprensa informa que a expectativa de arrecadação do governo com o aumento da alíquota será em torno de R$ 4 bilhões a mais em 2015. Não é. Essa previsão é para um ano cheio, o que ocorrerá apenas em 2016. Em 2015, mormente porque a medida provisória só entrará em vigor três meses após a publicação, o que ocorrerá em setembro, o acréscimo da arrecadação com o aumento da alíquota da CSLL dos bancos deverá ficar abaixo de R$ 1 bilhã

Só eles?!

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Se esse auditores, ou quem os valha, resolvessem virar os olhos para algo maior que municípios, quem sabe doses maiores de tranquilizantes seriam necessárias e a rede sairia do mar bem mais abarrotada.

Collor de Mello, o histrião

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É certo que a conduta do procurador-geral da República, nesse episódio da Lava Jato, tem sido passível de reparos pela seletividade de algumas providências, mas a família Collor de Mello é conhecida pela falta de papas nas atitudes.  Em 1963, o senador Arnon de Mello (PDC-AL), pai do senador Collor de Mello (PTB-AL), disparou contra o senador Silvestre Péricles (PTB-AL), mas acabou sobrando para o senador José Kairala (PSD-AC): o segundo disparo de Arnon de Mello atingiu-o no abdômen e ele faleceu horas depois. O quiproquó se fez em consequência de uma rixa entre Arnon de Mello e Silvestre Péricles, que alardeava nas Alagoas que mataria Arnon em função de um discurso que esse proferiu, rasgando-lhe a honra. Ao saber do prometido, Arnon de Mello enfiou o seu Smith Wesson 38 na cintura e anunciou que assumiria a tribuna do Senado para desancar Péricles cara-a-cara. Péricles conversava com o senador Arthur Virgílio Filho (PTB-AM), pai do ex-senador Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM) e atua

Sem respaldo legal e político, oposição desiste de impeachment

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À Miguel Reale Junior, um dos mais respeitados juristas do Brasil, o PSDB encomendou um parecer sobre a viabilidade jurídica de um pedido de impeachment da presidente da República. Não precisava tanto, já que qualquer estudante aplicado de direito constitucional concluiria o que Reale Junior lavrou no seu parecer, entregue ontem (20) ao PSDB: “não há indícios suficientes para se entrar com a ação”. Sem encontrar jurista de algibeira que elaborasse um parecer apontando respaldo legal para a sandice e sem o apoio político dos líderes do seu partido - que não consomem o dietilamida do ácido lisérgico -, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) resolveu abortar a viagem. Mas para não ficar sem muleta que lhe apoie o único discurso, Neves anunciou hoje (21) que pedirá a abertura de uma ação penal contra a presidente, por conta da pedalada fiscal. É mais uma bravata, pois idem, não estão consubstanciados os elementos fáticos e jurídicos para que a Procuradoria-Geral da República proponha uma ação p

O voo do dragão que jamais deita em berço esplêndido

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O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, chegou ao Brasil com a carteira recheada de dólares, bilhões de dólares. Embora a presidente Dilma aproveite a visita politicamente, Li Keqiang atravessou o mundo para fazer negócios: é a macroeconomia chinesa lançando os dados na América Latina, onde tem significativos interesses estratégicos. Confiante na recuperação econômica do Brasil e sabendo que uma alavancagem do PIB nacional nos próximos cinco anos significará pesados investimentos em infraestrutura, a China quer se instalar no camarote antes do show começar. Quer ainda a China, com a decisão de transferir entre US$ 80 e US$ 100 bilhões para o Brasil, criar condições para preencher o fosso empresarial na construção pesada, causado pela derrocada das principais empreiteiras nacionais no furacão da Lava Jato. O Governo Federal faz bafo insinuando que o aporte chinês é uma compensação ao corte orçamentário de cerca de R$ 80 bilhões, em 2015: a presidência tirou com uma mão, mas cuidou pa

Barbas no vinha d’alho para as voltas do anzol

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Embora o ministro da Justiça se vista de humildade ao prolatar que a aprovação do nome de Luiz Fachin para o STF, ocorrida ontem (19), não foi uma vitória do governo, para não subtender que foi uma derrota do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), é fato que o grande derrotado no episódio foi o dito cujo. Calheiros errou a mão ao tentar impor uma derrota ao governo em uma votação que não envolvia apenas um interesse de governo, mas uma questão de Estado, e foi o peso específico maior desse ponto que fez com que a maioria da oposição, e o próprio PMDB, abandonassem Calheiros no chapadão da sua presbiopia eventual. Mas o pior para o presidente do Senado não é a derrota imposta pela sua própria Casa, mas o que lhe poderá ser servido frio, pelo ministro que ele tentou barrar: Luiz Fachin receberá do atual presidente do STF, Ricardo Lewandowski, o processo no qual Renan Calheiros é acusado por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. O juízo emitido pelo STF é plural e não

Surge um rosto

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As fotografias abaixo registram as etapas de formação da face de um feto humano, desde o segundo, onde já há um esboço do novo ser, até o nono mês, quando está pronto para o parto. E abaixo uma animação com as 8 fotografias, todas feitas em ultrassonografia de alta resolução.

A Viagem à Argélia, o filme

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A propaganda oficial do governo alardeia que a viagem do governador Jatene à Argélia traz investimentos de R$ 5 bilhões ao Pará, que serão internalizados pelo grupo Cevital, o maior conglomerado empresarial privado daquela país. Não é verdade. O Cevital Groupe, independentemente dos salamaleques governamentais, já lavrou em seu portfolio, há mais de dois anos, os investimentos que agora se alardeiam para justificar a viagem do governador e comitiva. Desde 2012, o Cevital Groupe decidiu fincar o brasão na estrutura de logística portuária e agroindustrial no Brasil. Com projeto básico em execução para início em 2020, o grupo adquire terrenos em Santarém e Miritituba, no Pará, Vera, no Mato Grosso e em Pecém, no Ceará. Os investimentos no Brasil, segundo declarações de Paulo Hegg, representante do Cevital no Brasil, devem alcançar US$ 1,5 bilhão e no Pará, cerca de US$ 1 bilhão, o equivalente a R$ 3 bilhões, e não os cinco alardeados que “foram conseguidos” pela viagem de Jatene à A

A aranha joga a tarrafa

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Reclamando da gravata (Hermès) apertada

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O meritíssimo choro rolou ontem (18), após a cerimônia de abertura da 2ª Jornada de Direito da Saúde no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Na ocasião, idem, Sua Excelência deitou elogios ao plano de cargos e salários dos servidores do Poder Judiciário: " É um plano orgânico, sistêmico, que permite não apenas a recuperação das perdas salariais dos servidores, mas permite também uma melhor gestão desse imenso número de servidores em prol de uma prestação jurisdicional mais ágil, mais pronta ". O ministro Lewandowski chora do alto da sua cumeeira, que é de R$ 33,7 mil em 2015. Como eu sempre digo, salário sempre é pouco para quem recebe e muito para quem paga. Já os professores, que também precisam pagar o supermercado, sem eira e nem beira, choram pelo piso, que está quase de chão batido. E enquanto o ministro é notícia referente com manchetes limpas e convenientemente imparciais, os professores são tábua de tiro ao alvo nas suas manifestações. Como canta o Caet

Por isso não provoque, é cor de rosa choque

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Canta a Rita Lee que “ mulher é bicho esquisito, todo mês sangra ”. E os relatos de humores - maus humores - desde a menarca até a menopausa, nos ciclos menstruais, rendem farta literatura referente. Mas pelo menos (é o que prometem os inventores) o desconforto do absorvente conta as horas às mulheres que se adaptarem ao “inCiclo”, um coletor menstrual feito de silicone medicinal que, inserido no canal vaginal, retém o sangue sem deixar passar um pingo sequer, permitindo a mulher dispensar o absorvente externo. O “inCiclo”, que pode ser reutilizado por anos, é fabricado no Brasil pela Central Solutio, que aponta, além do conforto pessoal no uso - é totalmente flexível, adaptando-se à fisiologia do canal vaginal –, a pegada ambiental do produto, pois os “ absorventes comuns levam até 450 anos para se decompor no meio ambiente ”. Há ainda a pegada financeira: segundo a Central Solutio, ao longo da vida reprodutiva, as mulheres gastam em média R$ 9 mil em absorventes descartáveis

Como se fecham os zíperes

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O fator previdenciário, o PSDB e a Scarlett O’Hara

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A alternativa legal ao fator previdenciário, aprovada pela Câmara Federal na semana passada, poderá criar um rombo de meio trilhão de reais nas contas públicas nos próximos 20 anos. O fator previdenciário foi criado pelo então presidente FHC como um remédio amargo aos que se aposentam, mas necessário e eficaz para a saúde do erário, e nisso lhe reside o mérito enquanto instrumento de gestão atuarial. Todos querem deixar de trabalhar o mais cedo possível, ganhando o máximo possível. Todavia, quanto mais essa equação se efetiva mais a previdência se escorcha. Para equilibrar as pontas, FHC aprovou uma regra que leva em conta o tempo de contribuição, a idade, a expectativa de anos que o aposentado ainda terá de vida, para então definir a alíquota: o fator previdenciário. Mas como o brasileiro pouco caso faz do futuro , preferindo queimar seus navios onde vive - no presente –, a Câmara Federal, em um arroubo de populismo peculiar, aproveitando a fragilidade do Poder Executivo, reso

A Lucille calou para sempre

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Na década de 20, os campos de algodão do Mississippi e as minas de carvão do Kentucky eram um dos pastos onde os negros ganhavam o pão de cada dia, nos EUA. A canção “ Sixteen Tons ”, de autoria controvertida, narra a dura vida de um mineiro para prover alimento a si e à família. O refrão de Sixteen Tons , infelizmente, ainda ocorre no Brasil, pasto eventual para trabalho similar à escravidão em alguns “empreendimentos”: Nesse quadro, no Mississipi, em 1925, nasceu Riley Ben King, em uma fazenda de algodão, onde, aos 9 anos, já colhia o produto para se sustentar. Os cantos religiosos de origem negra , que nos EUA se chamam “ spirituals ”, foram trazidos para a América junto com o comércio de escravos. Os spirituals se acabaram chamando “ worksongs ”, porque os negros trabalhavam nas plantações cantando-os como forma de lamentar saudades e apelar por liberdade. Contam os cronistas da época que as “ worksongs ” eram um peculiar sonido dos vales do Mississipi. A palavra “ blue ”, em i