O adeus de Abilio Diniz

Ontem (22) foi um dia travoso para Abilio Diniz a quem o destino escolheu para passar ao Grupo Casino o comando do Pão de Açúcar, fundado há 64 (1948) anos por seu pai, o português Valentim Diniz.

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Em uma complicada operação acionária iniciada em 1999, Abilio Diniz passou ontem a presidência da Wilkes, que controla o Pão de Açúcar, ao francês Jean-Charles Naouri, presidente do Grupo Casino.

> Trocando de mal

O relacionamento de Diniz e Naouri é formal desde a desinteligência entre ambos por conta da tentativa de Abilio de fundir o Pão de Açúcar com o Carrefour, há um ano.

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O negócio era bom, mas Naouri, de mente empertigada e cartesiana, enxergou ali um movimento hostil que poderia proporcionar a Abilio a sua permanência na presidência da Wilkes e abortou a operação unilateralmente.

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Abilio Diniz continua a ser o segundo maior acionista da Wilkes, o que lhe garante a fortuna, mas lhe retira o poder, o que, nas circunstâncias, vale bem mais que o dinheiro.

> Discurso emocionado

A despedida de Diniz foi uma fala emocionada. Com a voz embargada contaminou o board quando fez digressão sobre a origem do grupo e o momento da virada, em 2005, quando ele assinou o contrato com o Casino, que previa a crucial data de ontem (22).

É mais um empreendimento nacional que passa ao portfólio de além mar.

Comentários

  1. Mais uma!
    Quando começamos a ter consumidores não tinhamos produtos, quando passamos a ter produtos e empresas, uns e outros chegam ou as compram de forma que parecem grandes negócios, ou tomam-lha.

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