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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Desconstruindo o doutor Martin

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Sob o título da postagem acima, acabo de escrever um artigo sobre uma entrevista publicada hoje, em “O Liberal”, concedida ao repórter Thiago Vilarins, pelo doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP), André Roberto Martin.   A entrevista tem por objeto a demonstração de que a divisão do Pará é prejudicial ao Estado.   Dada a absoluta inconsistência dos argumentos oferecidos pelo entrevistado, não pude deixar de fazer as contra-razões dos mesmos.   Leia a entrevista e o meu artigo e tire as suas próprias conclusões.

Guayaberas em chamas

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Em sentido horário, Calderón, Lula e Raul Castro, em Cancun: só prosa   A política local me absorveu a semana. Por isto não acompanhei a Cúpula de Países da América Latina e do Caribe, CALC, que se encerrou na terça-feira em Cancun, no México.   Pelo que andei lendo, nada ocorreu para desviar meu juízo de valor sobre reuniões de cúpula: são desfiles de moda de primeiras damas e relações públicas de mandatários.   O desfile de moda não houve em Cancun: as primeiras damas não foram.   Relações públicas não ocorreu, pois os mandatários presentes estavam com a latinidade em alta: entenda-se por latinidade, excesso de testosterona no sangue.   O presidente Lula, em dado momento deu um murro na mesa em protesto contra a omissão da ONU na questão das Malvinas.   O venezuelano Hugo Chávez ameaçou retirar-se do recinto ao dizer que 300 paramilitares da Colômbia entraram em Caracas para assassiná-lo.   O colombiano Álvaro Uribe retrucou, furibundo: “Seja homem e fiqu

Um negócio surrealista

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O “Estadão” esquenta as turbinas para cima de José Dirceu, que, se não tivesse sido acometido do mesmo mal de FHC - vontade de aparecer – continuaria tendo lucro no seu escritório, sem a imprensa estar dando publicidade disto.   Hoje, o “Estadão”, publica no jornal impresso e em seu site, artigo editorial sobre o caso Telebrás.   Sob o título “ Um negócio surrealista ”, o artigo tenta decifrar o negócio no qual Nelson dos Santos, da Star Overseas, tentou, com a ajuda de Zé Dirceu, faturar R$ 200 milhões nas tetas do governo.   Por enquanto, o único que ganhou dinheiro na operação foi Zé Dirceu, que recebeu, pela consultoria, R$ 600 mil.

Preço de energia

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Depois de constatar que o Brasil paga a segunda maior tarifa de celular no mundo, perdendo apenas para a África do Sul, o jornal “O Estado de São Paulo”, reporta, este domingo, a escala da energia elétrica.   O “estadão” acessou um relatório da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace), apontando que o Brasil só perde para Alemanha, cuja tarifa de energia elétrica é maior.   Aponta o documento que a tarifa, tanto residencial quanto industrial, brasileira é mais alta do que a do Canadá, Estados Unidos, Noruega, França e México.   Questionada, a área energética do governo debita à carga tributária o alto preço das tarifas, e afirma que o custo de produção de energia elétrica nacional está entre os mais baixos do mundo.

O gênio

Ilusão surpreendente:  

Calabar

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Cartaz da peça  “Calabar – Elogio da Traição” de Ruy Guerra e Chico Buarque   Ao que parece a governadora Ana Júlia andou prometendo repartir o 366 por mais gente do que se pensava.   Pelo andar do andor, ela deve ter prometido retornar à vice-governadoria as mordomias que Odair Corrêa já teve, desde que ele fizesse coro no estribilho de aprovar o empréstimo.   Odair anda cometendo seus retorcidos discursos pelo Pará afora, afirmando que “os deputados têm a obrigação de aprovar o empréstimo”.   O desbotado vice foi escolhido ao cargo por obra do vereador Ademir Andrade. Logo depois de tomar posse o Calabar conspirou para defenestrar seu benfeitor da presidência do PSB.   Não tendo conseguido tirar a cabeça do seu mecenas de cima do respectivo pescoço, saiu do PSB, tentou filiar-se ao PMDB, onde não foi recepcionado, e acabou no PDT onde apronta as suas presepadas, que já fazem parte do anedotário político paraense.   Odair não foi o Calabar somente de Ademir A

Lenha

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O jornal “O Diário do Pará” deste domingo, na sua coluna “Repórter Diário”, faz uma séria denúncia de corrupção no Pará, na base do mata a cobra e mostra o pau, e a cobra morta.   Abaixo, o fac símile das duas notas:   É uma lasca daquela lenha da qual eu falei…

Pesquisa Datafolha

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Clássica posição de empate em xadrez   A “Folha de São Paulo” publica neste domingo a mais nova pesquisa eleitoral para presidência da República.   O instituto Datafolha entrevistou 2.623 pessoas entre os dias 24 e 25 de fevereiro e o resultado aponta quase um empate técnico entre Serra e Dilma.   Cenário com Ciro Gomes Serra: 32% Dilma: 28% Ciro Gomes: 12% Marina Silva: 8%   Cenário sem Ciro Gomes Serra: 38% Dilma: 31% Marina Silva: 10%   Segundo turno Serra: 45% Dilma: 41%   A margem de erro da pesquisa é de 2%, e o Montenegro, presidente do IBOPE, que saiu por aí afirmando que Dilma não ganha de jeito nenhum, ainda não está a ponto de se suicidar, mas, deve estar começando a sentir aquela incomoda e fina dor de estômago.

Buracos e capim

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O jornal “Diário do Pará”, em sua coluna “Repórter Diário”, traz um torpedo do vereador de Belém, Ademir Andrade:   “Nossas estradas são piores que as do Piauí. Não têm sinalização, não possuem nem 10 cm de acostamento e o capim toma conta da pista com buracos surpresa.”   Ademir Andrade é do PSB, que faz parte da movediça base aliada do governo.   É isto que eu quero dizer quando escrevo que o este governo é “uma prosopopéia das divergências internas, no acostamento da falta de comando externo”.   Mas, meu caro Ademir, se tu fores demandar à governadora melhoria nas estradas, ela vai responder que tapará os buracos assim que a Assembléia Legislativa aprovar o empréstimo de R$ 366 milhões.

A Colômbia que diz não

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Alvará Uribe   A Colômbia dá um exemplo à América Latina com a decisão da Suprema Corte do país de julgar inconstitucional a convocação de um referendo para abrir a possibilidade de um terceiro mandato ao atual presidente Alvará Uribe.   O Supremo Tribunal da Colômbia decidiu que a mudança só seria possível através de uma Assembléia Nacional Constituinte, pois que a possibilidade de somente uma reeleição é cláusula pétrea que só pode ser mudada pelo poder constituinte originário.   Caso o referendo fosse feito, as pesquisas indicavam que o “sim” venceria, e, caso vencesse o “sim”, Álvaro Uribe seria imbatível nas eleições e seria eleito presidente da Colômbia pela terceira vez.   Felizmente, o país resolveu que seria melhor consolidar o Estado de Direito, onde todos se devem submeter às regras legais, sem submeter as interpretações destas às conveniências dos homens que desejam ser reis.   O que alimenta a democracia e oxigena a República é a rotatividade dos manda

Samba de uma nota só

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É de espantar qualquer cientista político o grau de alienação conjuntural em que se encontra o estado maior do Palácio dos Despachos.   Repito a dita, emprestando mais drama ao apelo: pelo amor de Deus, alguém precisa ajudar o PT a salvar-se de si mesmo.   O governo não consegue destravar o debate em torno do empréstimo de R$ 366 milhões e, como se nada estivesse ocorrendo, confecciona um pedido de mais R$ 190 milhões e o tenta pousar no meio da tempestade que já faz o que lá está.   Calma. Tenham termo. Assentem o juízo que nunca tiveram. Por partes, por favor.   Não tentem, no final de um mandato, iniciar um governo que logo cedo perdeu o fio da meada, ou melhor: que  nunca o achou.

A gramática do PT

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O PT publicou uma nota hoje sobrevoando a margem do dia de ontem.   A nota de tão cuidadosa tornou-se mofina. Em busca de ser eufêmica acabou se transformado em um anacoluto, mas, pode ser lida como uma metáfora.   Reflete o estado de espírito que acomete o partido: uma prosopopéia das divergências internas, no acostamento da falta de comando externo.   Inobstante, a leitura cristalina da mais mediana análise morfológica do ethos petista paraense é que a governadora Ana Júlia continua trancada na masmorra do Palácio dos Despachos.   Mudou apenas o carcereiro: antes, os imaturos próceres de sua corrente, a DS, que a jogou neste abismo cavado com os próprios pés. Agora, a holding das demais tendências que se formaram para mantê-la na cela.   Todo e qualquer ato da governadora, doravante, deverá ser tomado a partir da proximidade da espada de Dâmocles que lhe paira sobre a cabeça: prévias no PT.   É de uma conjuntura medieval esta bizarra eventualidade.

Deu na ISTOÉ

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Depois da “Folha de São Paulo”, em reportagem sobre lobby de José Dirceu , é a vez de a revista ISTOÉ retirar esqueletos do armário.   A reportagem desta semana traz detalhes do processo que tramita no STF, sobre suposto esquema de corrupção que ficou conhecido como “mensalão”.   Folheando o processo, que já tem 69 mil páginas, a ISTOÉ, recapitula o esquema e traz fatos que até então eram desconhecidos do público.   Sobra para Dilma Rousseff: o coordenador da sua campanha, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, aparece como operador de remessas ilegais de dinheiro para o exterior.   Causou-se espécie, neste início de déjà vu, a nota do Ministério Público Federal de Minas Gerais , afirmando que os fatos narrados pela revista "estão fora de contexto".   Afirma a nota que o coordenador da campanha de Dilma Rousseff e ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, não foi denunciado no caso do mensalão.   Li a matéria e, em momento algum

O dito por não dito

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A governadora Ana Júlia, diante do rebuliço causado pela retirada de mais um pilar da Casa Civil, vendo que a residência ia cair, resolveu dar o dito por não dito e apagar o que houvera escrito: foi melhor para eles e ela.   Como diria a minha avó Ciló, uma mameluca das margens do Rio Putiri, divisa de Cametá com Mocajuba, a turma do PT já pegou o fraco da governadora Ana Júlia: é só ameaçá-la de prévias.

Escola estadual interditada

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O portal do jornal “O Liberal”, postou ontem que a Escola Estadual Presidente Castelo Branco, em Paragominas, foi interditada por péssimas condições de conservação.   “O chão dos corredores está todo esburacado, as paredes estão cheias de rachaduras, o forro do teto está quase desabando e as cadeiras não estão adequadas para uso.”   Diz ainda a reportagem que na escola faltam funcionários para serviços gerais e segurança.   Um professor decreta: “Não é seguro trabalhar na escola e isso traz prejuízos para a educação dos alunos.”   Não é verdade que a governadora Ana Júlia foi lá e prometeu resolver tudo quando a Assembléia Legislativa aprovar o empréstimo de R$ 366 milhões.

Boatos

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Aliás, corre em Paragominas o boato de que o deputado Zé Geraldo teria ido até a governadora Ana Júlia, dizer que faria um pronunciamento na Câmara Federal sobre as péssimas condições da escola.   Aí, segundo o boato, a governadora teria respondido que o Zé poderia fazer o pronunciamento porque ninguém dava ouvidos mesmo.   Mas isto não é verdade. É que, como dizia o Lupicínio, “a maldade desta gente é uma arte”.

Quem tem medo de Virginia Woolf?

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O deputado federal Zé Geraldo teceu hoje, na Câmara Federal, críticas ao PMDB do Pará.   Cobrou dos deputados estaduais “mais agilidade e responsabilidade para a aprovação do empréstimo de R$ 366 milhões”.   Lamenta ele que o PMDB “não esteja contribuindo no processo de aprovação do empréstimo”.   Zé Geraldo notou que o PMDB é um partido importante no Pará, com uma significativa bancada, a presidência da Assembléia e da Comissão de Finanças.   O governo do Pará já deve ter satisfeito os interesses do deputado Zé Geraldo, pois, há duas semanas, a governadora Ana Júlia foi ameaçada, por ele, de prévias dentro do PT, pelo fato de lhe querer tirar as tetas do INCRA dos lábios.   Mas, se o deputado pensa que este tipo de chantagem funciona com o PMDB está redondamente enganado: do lado de cá ele dá com a cara na parede.   Talvez, ainda falte atender algo ao deputado e seu grupo, e o governo precise do empréstimo de R$ 366 milhões para fazê-lo, por isto os arroubos

Libelo nº 01

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Depois da movimentação de aeronaves e do manejo do ProJovem, a Casa Civil do governo acaba de perder a prerrogativa de nomear e exonerar os ocupantes de cargos em comissão e DAS.   Esta subtração foi perpetrada hoje através de decreto lavrado pela governadora Ana Júlia, que transplantou a competência para a SEGOV.   O PT ameniza a gravidade do esvaziamento da Casa Civil, cujo titular será, a partir de 1º de março, Everaldo Martins, afirmando que é para deixar o chefe de gabinete livre para praticar a articulação política.   Puro miolo de pote: o chefe de gabinete precisa ter poder para bem articular.   Ter poder é ter prerrogativas e competências acima de quaisquer outras na administração, abaixo apenas do poder maior, que é a própria governadora, como era o caso de Claudio Puty.   Se o chefe de gabinete não tem prerrogativas de poder ele não poderá exercer a contento a articulação política, pois se reza de alma salvasse defunto não haveria cemitério prenhe de cov

Porta fechada

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O jornal “O Liberal”, em sua coluna “Repórter 70”, publicou hoje que “ o acordo entre o PMDB-PT para as próximas eleições foi fechado no jantar de terça-feira em Brasília .”   Quem deu a informação à coluna mentiu e fez o jornal publicar o que não é verdade.   A única coisa que o deputado Jader Barbalho fechou, foi a porta de casa, depois que os convidados saíram.   O jornal, portanto, para repor a verdade, deveria publicar, no mesmo espaço, o seguinte: “Jader Barbalho não fechou, em Brasília, acordo entre o PMDB e o PT.”   Ainda, a mudança na Casa Civil é absolutamente irrelevante para viabilizar qualquer acordo e, putys, maurilios, marcilios e andrés, não são considerados pelo PMDB, protagonistas de qualquer interlocução séria com o partido.   O deputado Jader Barbalho, aliás, tem enorme dificuldade de fechar algum acordo sem que ele mesmo seja o candidato a governador, porque, em pesquisa saída do forno, ele continua com quase o dobro do segundo colocado.

Falsa impressão

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A líder do PT na Assembléia Legislativa do Estado afirma que “tecnicamente o governo está desobrigado de antecipar o destino dos R$ 366 milhões” e, como o dinheiro é emprestado a título de compensação pela crise, “o governo pode aplicar livremente onde foi obrigado a cortar”.   A líder do PT está absolutamente equivocada.   A responsabilidade fiscal e orçamentária do Estado, às quais a administração pública é subordinada, determina que, técnica, política e objetivamente, o governo indique como, quando, onde e porque deverá aplicar qualquer recurso, seja ele oriundo de receita própria, transferida ou de empréstimo.   Pelas mesmas razões acima, o governo não pode aplicar livremente entradas financeiras oriundas de empréstimos, pois todo e qualquer empréstimo, seja a que título for tomado, precisa imperiosamente indicar a sua aplicação, e onde ele será recepcionado no orçamento vigente.   Lembre-se a líder do PT na Assembléia Legislativa, que é exatamente por não ter pre

O por do sol

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Fidel Castro e Lula, ontem, em La Havana   O último dos moicanos, o velho caudilho marxista-leninista, El Comandante Fidel, com o peso dos anos em um ombro, e o da revolução que não conseguiu terminar, no outro, ontem em encontro com Lula, em La Havana.   Fidel sabe que se tornou um anacronismo e tem consciência de que perdeu a revolução, mas mantém a fleuma.   Não perdeu o respeito, por não se ter transformado nesta coisa bizarra que tomou conta da alma venezuelana, o tresloucado Hugo Chávez.   O povo cubano espera, com certa ansiedade paciente, a partida de El Comandante, para reescrever a sua própria revolução.

O Ciro que quase diz sim

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O deputado Ciro Gomes, que estava com a ceroula do avesso na quarta-feira à noite, afirmando à imprensa que diria um sonoro não ao grupo partidário que o instaria a ser candidato ao governo de São Paulo, amanheceu ontem com a ceroula do lado direito.   Um impaludismo acometeu Ciro: disse ao grupo que, embora se mantenha firme no desejo de ser candidato à presidente da República, ele pode considerar a hipótese de vir a aceitar a candidatura ao governo de São Paulo, desde que o presidente Lula venha a "precisar".   Bem, pelo que se apura, Ciro Gomes deverá vir a ser candidato a governador de São Paulo, pois o presidente Lula tem dito a Deus e ao mundo que “precisa” disto.   Mas, de repente, ele muda de idéia nesta madrugada.

A reunião

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Uma jornalista perguntou-me ontem, à boca da noite, se eu achava que a reunião, em Brasília, do deputado Jader Barbalho com o PT ia resultar em alguma coisa.   Eu respondi que tinha absoluta certeza de que não iria dar em nada.   Isto porque, como eu antecipara aqui, e comentara com o deputado, a única coisa que o PT, neste instante, quer arrancar do PMDB é a autorização do famigerado empréstimo que já ficou substantivado como 366.   Tendo como acessórios terapia de grupo e depósitos de possibilidades, o encontro teve como prato principal a autorização do empréstimo.

Missa repetida

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Rezou-se ao PMDB a mesma profissão de fé que o PT adora fazer mas que graça não surte: chá de promessa feita com cumprimento do PT do Pará não passa de uma xícara cheia de vento.   Prometeu-se ao PMDB uma vaga ao Senado: isto já está prometido desde que o PMDB saiu a Sol quente, as suas próprias expensas, para pedir votos à eleição de Ana Júlia para o governo.   O PT continua feito o cão que corre atrás do rabo, achando que o PMDB vai ficar como o rabo que corre atrás do cão.   O PT também “não vê problemas em dar o vice ao PMDB”, mas que precisa “afunilar” esta questão.   Entenda-se por “afunilar” esta questão que o PMDB deveria considerar em se contentar apenas com uma vaga ao Senado e entregar, de novo, o lombo, para o PT cavalgar de volta ao Palácio dos Despachos e, de contrapeso, dar a garupa ao deputado Paulo Rocha chegar junto no salão senatorial.

Formigueiro

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O PT continua firme na sua índole cartesiana de achar que só ele pensa e que, por isto, só ele existe. Por conseguinte, em sendo ele a única estrela luminosa do firmamento, quem quiser luz que orbite em seu entorno e quem quiser programa que assine embaixo do seu.   O deputado Paulo Rocha, um dos que comanda boa parte das tendências petistas, deseja o deputado Jader Barbalho na chapa majoritária, menos pela eleição de Ana Júlia e mais pela sua própria ao Senado.   Igualmente, sua defesa da aliança e o assentimento aos reclamos do PMDB na relação com o PT são puramente assépticos e inconsequentes: sempre que teve oportunidade avançou no governo, arrebatando a SEDUC, pedaços da SESPA, espaços federais, e agora, com a derrubada da ponte do Palácio dos Despachos, tomou assento na Casa Civil.   Em nenhuma destas oportunidades procurou o PMDB para oferecer parte do butim: claro, embora ele não seja da DS, ele é do PT e o PT, como se sabe, é aquele que lhe convida à casa dele ma

Desconfiança

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Como toda relação se baseia em confiança, o PMDB, pelo número de covas no seu cemitério de ressentimentos, que o PT ousa resolver oferecendo o que poderemos ter sem eles, é de difícil equacionamento a solução desta aliança na qual o PMDB foi absolutamente desconsiderado.   Até mesmo aquilo que o PT oferece, eu particularmente não acredito que entregue: o deputado Jader Barbalho corre sério risco de enviar o seu segundo voto de Senador rumo ao PT e de lá não receber o segundo voto de Paulo Rocha.

O Ciro que diz não

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Hoje pela manhã haverá uma reunião, em São Paulo, com uma constelação de 11 partidos que giram em torno do PT, com o deputado Ciro Gomes.   O assunto é instar Ciro a desistir da candidatura à presidente da República e aceitar concorrer ao governo de São Paulo.   Ciro dirá um enorme e sonoro não e aproveitará a deixa para pedir o apoio dos 10, menos o PT, para a sua candidatura à presidência da República.

Os milionários que não foram

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A Polícia Federal trabalha com a hipótese de que houve fraude da casa lotérica de Novo Hamburgo, RS, no episódio em que 36 apostadores fizeram um bolão que acertou os números da Mega Sena deste sábado, mas, cuja aposta não apareceu nos registros da CEF.   A fraude consistiria em a loteria receber o dinheiro do bolão, mas não realizar o respectivo jogo, apostando que este não seria premiado e, por conseguinte, não seria demandado pelos pagantes.   Se a loteria de Novo Hamburgo fazia isto, é índice que outras lotéricas podem também ter pensando na prática, portanto, peça o registro do jogo e não somente a cópia dos números, como fizeram os que não ficaram milionários em Novo Hamburgo.

Deu na “Folha de São Paulo”

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Lula estava certo quando determinou que alguém afastasse José Dirceu dos holofotes. José Dirceu está errado ao tentar retornar às luzes da ribalta. Todo grande jornal tem um esquife com traços de esqueletos ilustres: a estrutura óssea de José Dirceu volta a interessar e um pedaço da falangeta do dito cujo foi estampado hoje na “Folha de São Paulo”. Reportagem assinada por Marcio Aith e Julio Wiziack, insinua o porquê de Lula defender com ardor cívico a volta da Telebrás: o ex-ministro José Dirceu “recebeu pelo menos R$ 620 mil do principal grupo empresarial privado que será beneficiado caso a Telebrás seja reativada, como promete o governo.”. Garante a reportagem que o valor foi “pago entre 2007 e 2009 por Nelson dos Santos, dono da Star Overseas Ventures, companhia sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal no Caribe.”. E ainda tem petista que se zanga comigo quando eu comento que o escritório de advocacia do José Dirceu é muito lucrativo . Já que o Zé não quer ouvir o

Pedaço de prosa

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Diálogo ocorrido ontem, em função do encontro, hoje, em Brasília, do deputado Jader Barbalho, com o Presidente Nacional do PT e o Ministro da Articulação Política do Governo, Alexandre Padilha, para tratar da questão paraense.   Parsifal Pontes – Deputado, este pessoal quer casar conosco e ainda quer que levemos o dote para o altar: o dote é entregar R$ 366 milhões ao governo.   Jader Barbalho – (olhar pensativo, com a tez indicando concordância)   Parsifal Pontes – Eles vão prometer tudo, como sempre, e depois que pegarem o dinheiro não vão, como sempre, cumprir nada.   Jader Barbalho - (olhar pensativo, com um imperceptível movimento intelectual de “e eu não sei…”)   Parsifal Pontes – Eles estão fissurados com isto. Não pensam em outra coisa. A única proposta que eles têm é esta: aprovem os R$ 366 milhões.   Jader Barbalho - (idem)   Parsifal Pontes – Façamos o seguinte. Façamos uma proposta a eles. Diga que vamos pensar na proposta deles, mas que

Elefantíase farmacêutica

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A resolução da ANVISA, proibindo a venda, do lado de fora dos balcões das farmácias, de medicamentos que não exigem receita médica, revela uma instituição montada no paquiderme da burocracia nacional.   A resolução contém injuridicidades: teve seus efeitos suspensos pela justiça.   É inócua: não impede que o cidadão compre Anador mesmo sem ter dor de cabeça: basta se dirigir ao balcão e demandar o comprimido.   É arbitrária: quer tutelar o indivíduo na compra de um Estomazil, naquela velha mania do estado totalitário de querer ser o mentor moral da nação.   É retrógrada: quer voltar a definição das farmácias ao conceito do século passado.   Não é finalidade do órgão regular mercado e nem a forma como o consumidor se relaciona com este.   Quem tem que dizer se eu posso ou não pegar um Mertiolate na prateleira é a lei e não uma resolução do sistema.   A ANVISA que deixe de querer proibir farmácia de vender trigo e supermercado de vender remédio, e cuide do q

DEM jacta est?

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A cassação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do DEM, mesmo com efeito suspensivo já concedido, foi a deixa que o partido queria para sair da pasmaceira. Os democratas se vestiram de guerra e prometem, em aliança com o PSDB, obstruir as votações de interesse do governo. As obstruções irão do 8 ao 800: entenda-se por 800 o projeto do pré-sal, que o governo quer aprovar a qualquer custo e de qualquer jeito. O brado primeiro do tarol veio do líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen: "Não se vota mais nada por acordo, porque não dá para negociar com quem nos jurou de morte". O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia, acode o líder Bornhausen na percussão: "A Câmara pode ser usada como instrumento eleitoral contra o nosso partido, e isto nós não vamos permitir". Bornhausen, para não perder a deixa, reveza Maia, em tom maior: "Nos tiraram da categoria de adversários, para inimigos. Isto é prática stalinista de quem não quer adversário

Proposta indecente

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A galinha aprochegou-se ao porco: o rei visitaria a fazenda e ambos deveriam contribuir com algo para fazer um sanduíche a Sua Majestade.   - Qual a sua sugestão? Perguntou o porco, à galinha.   A galinha, toda dissimulada, retrucou, ciscando o chão:   - Eu entro com os ovos e você com o bacon.

Viagem à Cametá I

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A governadora Ana Júlia foi a Cametá. O pessoal da boléia, que não é de ferro, usou dois helicópteros para o deslocamento. A hora de um helicóptero custa em torno de R$ 4.000,00. O pessoal da carroceria, que de ferro é, deslocou-se de aviões. E o pessoal que morcega caminhão, que é de aço, foi de carro.   Deslocamentos de governadores são caros mesmo, portanto deveriam ser consequentes: a embaixada do governo à terra dos romualdos não deve ter custados menos que R$ 50 mil.

Viagem à Cametá II

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O governo do Pará fez um acerto com a Eletronorte nos mesmos moldes daquele narrado na postagem “ Proposta indecente ”.   O acordo foi que a Eletronorte doaria à Prefeitura de Cametá, 200 mil litros de óleo combustível e a governadora iria entregar a prenda: para levar o sanduíche à Cametá foi que se fez a viagem da postagem I.

Viagem à Cametá III

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Mas à Cametá, da maçã, só chegou o caroço: dos 200 mil litros iniciais, a governadora só entregou 10 mil litros.   A Eletronorte é assim mesmo: promete muito e pouco cumpre. Mas, neste particular, ambos, a estatal e o governo do Pará, são gêmeos univitelinos.

Resumo do auto

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Um litro de óleo combustível, no atacado, deve custar R$ 2,00. Dez mil litros R$ 20 mil.   Se a viagem custou R$ 50 mil, seria mais consequente chamar o prefeito da cidade em Palácio e entregar-lhe R$ 70 mil.   Até porque, da viagem nada se aproveitou: no Sol quente da praça onde se fez o palanque para a patacoada, não havia mais que 300 gatos escaldados de promessas.

Eu prometo!

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As únicas reuniões de cúpula consequentes foram aquelas ocorridas entre Churchill, Roosevelt e Stalin, durante a Segunda Guerra: eles bombardeavam imediatamente todos os locais que haviam se comprometido.   Fora isto, reuniões de chefes de governos e de Estados não passam de convescotes para fazer relações públicas.   Prova disto foi a declaração feita, quinta-feira, em Roma, pelo diretor-geral da ONU para a Agricultura e Alimentação, FAO, Jacques Diouf: “Não vimos nem um centavo dos US$ 20 bilhões que os líderes mundiais prometeram durante a cúpula do G-8 em L’Aquila, na Itália.”   Ele se referia à promessa feita pelos oito potentados mundiais de doar a dita quantia para equacionar a questão da fome no mundo.   E o preço das commodities agrícolas continua subindo, enquanto os países pobres não conseguem produzir por conta dos enormes subsídios dos países ricos - os ditos que prometeram os bilhões - aos seus produtores.

Já hoje

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Li, ontem, um relatório da PEW Internet & American Life Project , que compila as previsões de como estará a internet em 2020, no que concerne às redes sociais.   Segundo o estudo, em 2020 “a rede será habitada por terroristas tecnológicos, oferecerá drogas virtuais, graças à proliferação de mundos similares ao Second Life, e os internautas terão cada vez menos privacidade.”   O idioma predominante será o inglês, seguido do mandarim.   O estudo me pareceu de um anacronismo barroco: tenho certeza de que isto tudo não é em 2020, mas agora.

Ainda que só agora

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O IBAMA, com a Operação Caça-Fantasma, identificou mais de 150 empresas fantasmas de compra e venda de madeira no Pará.   As empresas forneciam informações falsas sobre planos de manejo e guias florestais e assim conseguiam “esquentar” a madeira extraída ilegalmente como se fosse produto de manejo.   Calcula o IBAMA que tal ilegalidade tenha conseguido comercializar cerca de 170 mil metros cúbicos de madeira.   Para se ter uma idéia desta grandeza, esta metragem seria suficiente para encher mais de 7,5 mil caminhões.   Ainda que só agora tenha descoberto o IBAMA a prática, ela já usada no Pará há bastante tempo, e não poderia existir sem a conivência de alguns funcionários do próprio órgão e de órgãos estaduais delegados.   O produto da fraude, igualmente, foi calculado a menor pelo IBAMA: o órgão está subestimando a audácia e eficácia da turma que carrega uma motosserra.

O “estadão” tira sarro

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Charge de capa interna de “O Estado de São Paulo” deste domingo.   Tudo bem que é o “estadão”, mas, o PT poderia ter evitado esta manobra desnecessária: nem a Dilma, e nem ninguém é mais de esquerda em todos os lados da linha do Equador.

Deu no Corriere della Será

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O Corriere della Será , um dos maiores jornais italianos, publicou hoje um texto afirmando que a tendência atual é que a economia brasileira ultrapasse a italiana daqui a cinco anos, tornando-se a sétima maior do planeta.   A bola de cristal econômica do Corriere della Será prevê ainda que, este ano, a economia chinesa ultrapassará a do Japão, tornando-se a segunda maior do mundo.   O jornal constata que, em termos de paridade de poder de compra, PPC, índice usado pela economia para auferir poder de compra internacional de uma moeda, o Brasil já ultrapassou a Itália.   Lamenta o jornal que, ao se manter o pífio desempenho da economia italiana, cujo PIB caiu 4,9% em 2009, o país deixará de estar entre as oito maiores economias do mundo em cinco anos.

Morre Neuton Miranda

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Neuton Miranda Neuton Miranda, um dos fundadores do Partido Comunista do Brasil no Pará, teve forte participação regional na resistência à ditadura militar que escureceu o Brasil de 1964 a 1985.   Atualmente era presidente estadual do PC do B e membro do comitê central do partido.   Exercendo a Superintendência Regional do Patrimônio da União, SPU, Neuton estava ontem em Belterra, no Oeste do Pará.   Depois de um dia de trabalho, preparando-se para dormir, sentiu fortes dores no peito: acometeu-o um infarto, que fulminante, ceifou-lhe a vida.   Meu falecido pai era amigo da família Miranda: ele nutria o hábito, de sempre visitar o patriarca da família, Sebastião Miranda, o pai de Neuton, sempre que ia, de Tucuruí, à Marabá.   Neuton era um homem simples, agradável, calmo, de compleição física franzina: um tipo que jamais se poderia imaginar ser potencial vítima de um infarto fulminante.   A morte, todavia, é sempre uma perfídia, e Caronte precisa todos os

A sabina

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  A Juniperus Phoenicea , ou Sabina, é um arvore típica da Ilha de Formentera, na Espanha.   Esta espécie de árvore, que chega a crescer até 8 metros, habita a Terra há 270 milhões de anos.   Clique na imagem para ampliar.

Ilhas Malvinas

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Port Stanley, a pacata capital das Malvinas   Há 177 anos em poder de Sua Majestade, as Ilhas Malvinas são novamente palco de desinteligências entre a Inglaterra e a Argentina.   Em 1982, o General Leopoldo Galtieri, então presidente da Argentina, declarou guerra à Inglaterra e atacou as Malvinas alegando o direito sob o território.   A Inglaterra, em 70 dias, encostou uma força tarefa na borda da armada portenha, colocando-lhe a pique.   O saldo foi a derrocada da ditadura militar argentina e a reeleição de Margaret Thatcher ao cargo de Primeira ministra britânica.   Agora, a presidente Cristina Kirchner, quer impedir os ingleses de explorar petróleo nas Malvinas, e assinou atos que restringem embarcações britânicas a alcançarem a região por mar territorial argentino.   O Reino Unido faz ouvido de mercador, mas, o Almirante Nelson deve ter tremido de medo em seu túmulo, com o mais recente apoio obtido pela Argentina na contenda.   É que o bufão venezuelano

Ato falho

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Michel Temer Embora elogiada pela própria, a presença do Deputado Michel Temer no lançamento da pré-candidatura de Ministra Dilma Rousseff à Presidência da República não agradou a parcela do PMDB que dá suporte ao presidente da Câmara Federal.   Avalia-se que, como é ainda clara a resistência de algumas parcelas do PT à indicação de seu nome como vice na chapa de Dilma, Michel Temer dever-se-ia resguardar de constrangimentos desnecessários.   Diante da insistência de Dilma Rousseff, Michel decidiu comparecer.

Morre Alexander Haig

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Alexander Haig   Faleceu ontem, aos 85 anos, em Baltimore, uma das mais fortes eminências dos EUA.   Ele foi chefe de gabinete de Richard Nixon durante o fatídico caso Watergate, secretário de Estado de Ronald Reagan, em seu primeiro mandato e chegou a ser o segundo homem na linha de comando das forças armadas estadunidenses.   Trata-se do ex-general do Exército norte-americano Alexander Haig, que em 1988 tentou a indicação do Partido Republicano para concorrer à presidência, mas foi derrotado nas prévias por George Bush, que venceu as eleições.   "O general Haig exemplificou nossa mais bela tradição guerreiro-diplomata dos que dedicam suas vidas ao serviço público. Nossos pensamentos e orações estão com sua família", declarou o presidente dos EUA, Barak Obama.   Foi Haig quem convenceu Nixon a renunciar, passando para a história como o primeiro, e até agora único, presidente dos EUA a tal cometimento.

Energia automotiva

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Uma rodovia urbana, na Alemanha, cuja iluminação é toda feita por turbinas de vento acopladas ao postes.   A idéia foi aproveitar o turbilhonamento que os veículos fazem ao passarem ao lado das turbinas, que as fazem girar e gerar energia, com zero de emissão de carbono.   É que falta para o setor energético brasileiro: ciência, tecnologia e imaginação

Teatro da Paz

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Teatro da Paz – Belém-PA   O Teatro da Paz, patrimônio arquitetônico e cultural do Pará, chegou aos seus 132 anos com a mesma necessidade do atual governo do Pará: deve suspender imediatamente os concertos e iniciar urgentemente os consertos.

É verdade…

O discurso oficial é que a segurança pública no Pará melhorou, mas não é isto que se vê, ou se sente: a tal sensação de insegurança continua.   O que se vê abaixo, também não é somente uma sensação de insegurança: é um fato.  

Vade retro!

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Os deputados e prefeitos, até pouco tempo, precisavam rezar o responso de Santo Antônio, ou fazer promessa de ir à corda, para tentar o ar da graça da governadora Ana Júlia em uma audiência: o responso nunca funcionava e a corda era cortada antes de se colocar as mãos nela.   Presença dos áulicos na Assembléia Legislativa, também era procedida de bandas, fanfarras, plumas e paetês. Falar ao fone com alguns deles? Nem que a vaca tossisse por três vezes em noite de plenilúnio.   Agora, em o Palácio dos Despachos desejando ardentemente que os deputados assinem um cheque ao portador, de R$ 366 milhões, e o entreguem para o governo distribuir porcelanas e faianças a quem lhe aprouver convidar para o jantar, o comportamento mudou.   Deputado não mais bate na porta: pode entrar sem continência. Prefeitos recebem convênios como couvert, e são açoitados ao encalço dos deputados, para que estes lhes liberem o prato principal.   Na mais perfeita tradução do estilo insidioso da R