A vez de Aécio?
Eu já escrevi aqui que achava que a revista Veja, um dos redutos tucanos mais acirrados da República, havia desistido do senador Aécio Neves (PSDB-MG) como o nome para disputar a presidência da República pelo PSDB em 2018.
A capa da mais recente edição da revista, que já está nas bancas, esgota as minhas dúvidas: eu tenho certeza que a Veja desistiu de Aécio Neves.
A matéria de capa da veja reporta que a delação do ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Junior (BJ), revela que Aécio foi um dos maiores recebedores de propina da empresa.
Delata BJ que Aécio recebeu da Odebrecht, cerca de R$ 78 milhões e que parte desse dinheiro foi depositado em uma conta bancária sediada em Nova York “operada por sua irmã e braço-direito, a jornalista Andrea Neves”.
Desta particularidade (depósitos em Nova York) é lícito inferir que Aécio Neves não mais se pode valer daquele cínico álibi cometido por FHC de que roubar para fazer campanha é uma coisa e roubar para enriquecimento pessoal é outra, pois Aécio, por suposto, teria cometido as duas espécies de ilícitos inventados pelo tucanato, a não ser que Aécio tenha concorrido alguma eleição em Nova York.
O porquê dessas especificas “contrapartidas” pagas a Aécio, segundo BJ, foram por facilidades na construção da Cidade Administrativa do governo mineiro, realizada quando Aécio era governador de Minas Gerais, e na construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio, no Estado de Rondônia.
Aécio é um dos políticos mais citados em todas as delações referentes à Lava Jato até hoje, mas era um dos mais poupados pela imprensa que agora, quiçá, começou a constatar que não há tapete suficiente para varrer o lixo tucano para baixo dele.
Eu sempre disse que a única diferença entre o PT e o PSDB está na forma, pois ambos cultivam o mesmo conteúdo para chegar e se manter no poder. E sempre opinei que já passava da hora de apear essa dualidade do poder.
Continuo com a mesma opinião.
Você só esqueceu de citar o PMDB.
ResponderExcluirQuem se tem revesado na presidência da República há 21 anos é o PSDB-PT. É esta dualidade que precisa ser rompida.
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