Os brados do tambor
“Projeto ameaça a Lava Jato”; “Medidas ferem a democracia”; “Câmara ameaça o Judiciário por causa da Lava-Jato”; “Força-tarefa ameaça abandonar Lava-Jato se Congresso aprovar punição a juízes e MP”; e a frase de efeito mais clichê de todas “Se pode calar o juiz, mas não se conseguirá calar a Justiça".
Essas são algumas manchetes impressas Brasil afora depois que a Câmara Federal, de forma inoportuna, é fato, aprovou um substitutivo às tais dez medidas contra a corrupção.
A grita dos magistrados e procuradores não é porque o projeto sofreu modificações naquilo que eles propuseram e queriam que o Parlamento chancelasse, mas porque os deputados incluíram no projeto artigos que os fazem responder por abuso de autoridade, como todas as demais autoridades respondem.
O debate virou um chafurdeiro, sendo difícil crer que é travado pelos condestáveis da República, pois tais entidades deveriam, ao invés de deitar madeira à fornalha, jogar areia na lenha para abrandar o forno.
Eis o destempo da correia dentada: procuradores e magistrados resolveram fazer política e jogar para a galera. Aí a República sofre, pois já bastam os políticos para fazer banzeiro.
Assim com o a anistia ao caixa dois - que alguns deputados queriam incluir no projeto, mas que foi rejeitado – as emendas aprovadas ao texto base das medidas contra a corrupção, ao contrário do que gritam os procuradores da força tarefa e juízes, não afetam em coisa alguma os processos da Lava Jato.
Abaixo ainda sem redação final, o que foi aprovado e o que foi rejeitado do pacote:
Resta óbvio que as medidas em nada modificam os crimes pelos quais os réus da Lava Jato estão denunciados. Em que se estribam, então, aqueles que sobem à sela para berrar que acabou a Lava Jato se a lei entrar em vigência?
Mais uma vez, a opinião pública é manipulada com um argumento desonesto, com o intuito único de alguns intocáveis da República continuarem com autoridade sem limites.
Não queremos passar o Brasil a limpo? Apesar de eu já ter visto esse filme de assepsia várias vezes queimar a fita, quando feito de forma açodada, então vamos passar o Brasil a limpo, inclusive incluindo aí os que pegam no escovão.
a coisa ta saindo do controle. mais perigoso quando judiciário joga pra torcida. podem quebrar a cara. as atitudes deles lembra o falecido Jânio quadros. jogou e tomou no reto. do jeito que o groso da população ta mais interessada em sobreviver dentro dessa crise. o apoio esperado pode não vir.
ResponderExcluirV.Exa sabe, o Brasil é feito de castas, têm as castas políticas, judiciárias, executivas, militares, entre outras. O que a casta do judiciário está fazendo, já ciente de que essa seja, talvez, a única forma de êxito, é tentando corrigir os erros cometidos na operação Mãos Limpas - na Itália - e, com a apoio da sociedade, não permitir o legislativo amoldar a Operação Lava Jato ao seu figurino.
ResponderExcluirPor óbvio, a casta judiciária aproveita e tenta brindar a si mesma, ameaçando uma renúncia ( não sei nem se isso não traria consequências para os mesmos ), sempre buscando apoio da sociedade, neste caso, - como diz o Dr. Moro em audiência- inapropriado.
Olá estou querendo falar contigo estás em Belém? Já te operastes? Quando devo te ligar? Abraços
ResponderExcluirCheguei hoje e já estou a caminho de Barcarena. Se eu conseguir ficar incomunicável amanhã, tomamos um café.
ExcluirFaçamos justiça: Moro mostrou ontem no Senado que é bem pior que tudo o que a gente imaginava.
ResponderExcluirEngraçado eu entendi diferente... Parece que a câmara dos deputados é que despetalou a margarida, digo abandonou os verdadeiros abusos de autoridade do poder judiciário (que realmente clamam por uma punição), optando por deixar no texto apenas os segmentos 'mal-me-quer', ou seja, aqueles que queimam o filme dos políticos corruptos. E é claro que isto foi intencional e dirigido contra a 'lava-jato'. Juízes e desembargadores não alardeiam prisão de pobre, só de político e de gente rica ligada aos esquemas de bandidagem da política.
ResponderExcluirexpor as mordomias e os altos salários ninguém quer, engraçado falarem em 2 milhões de brasileiros que assinaram a tal das dez medidas , como se isso valesse alguma coisa .. bolas tiraram com conivência dos caras uma presidente eleita com 54 milhões. lei tem de ser igual pra todos.
ResponderExcluirtemos que passar a republica a limpo, mas temos que ir por partes, e nesse momento estamos matando os politicos. depois podemos passar para o judiciario...entao, como vc mesmo disse, o momento é inoportuno
ResponderExcluirCara, o maior complicador é que: com essa luta entre os poderes, some o Estado e aparece a força negra do poder, que já controla dezenas de advogados, cadeias públicas, armamento pesado, um exercito de desempregados e pasmem: até cooperativas de táxis e de atendimentos na área de saúde. Se o Estado não se organizar, nossos filhos terão um futuro sombrio. Voltaremos à idade da bárbarie. Triste!Muito triste!
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