Resenha pós eleitoral

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O grande vencedor das eleições majoritárias do domingo (02) foi o governador de S. Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que repetiu a proeza do ex-presidente Lula em 2012: elegeu um poste para administrar a maior cidade do Brasil.

A eleição de João Doria (PSDB), contra a vontade dos principais caciques do PSDB, inclusive do ex-presidente FHC, cacifa Alckmin para a disputa interna da vaga do partido para concorrer à presidência da República em 2018.

O grande perdedor das eleições foi o PT: amargou o efeito imediato da Lava Jato, que alcançou os seus principais líderes e bufa nos calcanhares do seu fundador, o ex-presidente Lula.

As urnas reduziram o PT a um terço do tamanho atual e, a partir de 2017, da terceira posição entre os partidos que controlam mais prefeituras, cairá para a décima. Dentre as capitais, a sigla se reduziu a uma vitória em Rio Branco e vai disputar um renhido segundo turno em Recife.

Outro resultado pífio nas urnas teve Marina Silva, que não conseguiu atar a Rede em nenhuma capital, mas ainda tem a esperança de manter Macapá, onde o prefeito da sigla disputará o segundo turno.

Para piorar a situação, lideranças intelectuais atadas por Marina resolveram desatar atirando: alegam, em uma carta aberta, que a Rede “tem se construído como uma legião de pessoas de boa vontade e nenhum rumo”.

O PMDB continua invicto como o maior partido do Brasil: conquistou o maior número de prefeituras, 1.027, uma delas a capital de Roraima, e está no segundo turno em outras seis capitais. O PMDB também elegeu o maior número de vereadores.

Inobstante o seu tamanho, o PMDB continua com a mesma dificuldade nacional que é a sua marca registrada: uma enorme confederação partidária, com fortíssimas lideranças regionais, sem uma pauta e um líder nacional que os una. O PMDB ainda está à espera do seu Rei Arthur, que faça todos os cavaleiros sentarem em uma távola redonda, após jurarem sob uma só espada. O dia em que aparecer quem dome a fera o partido poderá ter uma candidatura competitiva à presidência da República, enquanto isso não acontecer, continuará sendo o aliado mais incômodo, porque o maior, de qualquer majestade.

O domingo também fez uma revelação regional pouco notada, mas que bem manejada poderá ter, em breve, consequências nacionais: na Bahia, o herdeiro do carlismo, ACM Neto, 37 anos, reelegeu-se com glória, ao alcançar 73,99% dos votos. E no discurso da vitória anunciou o próximo degrau, que é disputar o governo do Estado. E em logrando sucesso na empreitada, ganha 1 real aquele que adivinhar a etapa seguinte.

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