Próximo ao fim da picada
O cronista Sérgio Porto, que ficou conhecido pela pseudônimo Stanislaw Ponte Preta, foi o proprietário das mais picantes e satíricas referências da vida nacional do final.
Disse ele certa feita, ao se referir à corrupção, que “se for para colocar todos os corruptos do Brasil na cadeia, tem que fazer um muro em volta do país e os pedreiros têm que trabalhar pelo lado de dentro”.
É certo que o exagero lavrado por Ponte Preta foi uma figura de linguagem para declamar que o mal estava espargido por toda a República. Isso era por volta de 1940.
Mas Ponte Preta continua atual, pois embora não se possa tomar como verdade absoluta o narrado pelo Procurador-Geral da República, estribado nas delações premiadas acolhidas pelo STF, é razoável afirmar que a picada se aproxima do fim.
Os pedidos de prisão, esta manhã publicado, do presidente do Senado, Renan Calheiros, do senador Romero Jucá, do ex-presidente da República, José Sarney e do presidente afastado da Câmara Federal, Eduardo Cunha, todos do PMDB, se deferidos pelo ministro Teori Zavascki, será o ponto de inflexão que poderá ser tido, na linha de tempo da República, como o decreto de falência do presidencialismo de coalizão, sustentado em um sistema que há muito dava sinais de corrosão, reforçando a tese daqueles que apontam como saída para a crise, as eleições gerais no Brasil.
Embora não seja prudente duvidar de coisa alguma, no Brasil, o fato do Procurador-Geral ter optado pela via aberta para pedir a prisão dos três políticos referidos, é índice de que ele almeje menos um mandado e mais um severo aviso, pois medidas desse tipo, sempre foram tomadas de surpresa.
Mas pela asserção primeira do parágrafo acima, o remédio é esperar para ver.
Só está faltando a família **** Barbalho nesssa foto!
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