Comissão Especial da Câmara aprova relatório pro-impeachment

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Por 38 votos a favor e 27 contra a Comissão Especial que analisou o pedido de impeachment contra Dilma Rousseff aprovou ontem (11) o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável à abertura do processo contra a presidente da República.

O resultado na comissão já era esperado, mas não induz, de imediato, a uma derrota do governo no Plenário da Câmara de Deputados, antes porque, o maior aliado do governo é o mandamento constitucional que estabelece quórum especial de dois terços (342 deputados) para dar prosseguimento ao feito.

Se tomarmos como parâmetro especulativo o percentual alcançado pela oposição na votação da comissão, é lícito supor que, eventualmente, mantido o quadro do escrutínio de ontem, o impeachment não passará no Plenário.

Demonstra-se isso ao se constatar que os 38 votos auferidos pela oposição na comissão, representaram 58,46% do total de 65 deputados que a compuseram. Em se considerando que, em tese, a Comissão Especial representou a correlação de forças partidárias dentro da Câmara Federal e rebatendo-se o percentual (58,46%) para o Plenário, obter-se-iam 299 votos, o que é aquém dos 342 necessários para mandar o pedido de impeachment ao Senado Federal.

Não sei se por mera coincidência ou se por acuidade estatística, o placar, atualizado em tempo real pelo Estadão, no exato momento da conclusão da votação na Comissão Especial, apresentava o mesmo percentual de votos a favor do impeachment (58,46%), o que vem a ser 299 votos.

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A coincidência, ou estatística, poderia sustentar o raciocínio de que, mantido o quadro atual, o impeachment não passaria no Plenário, mas o governo perde espaço a cada dia e a oposição galopa a acrescentar votos na sua tuia: de 05.04 a 10.04, segundo placar do Estadão, a oposição angariou 65 votos e o governo apenas 13.

Para piorar a situação, no final da votação na Comissão Especial, o líder da bancada do PR, deputado Maurício Quintella (PR-AL), cuja sigla contribuiu com os votos favoráveis ao governo, anunciou que deixará o cargo e irá votar contra Dilma no plenário, arrastando consigo “de 25 a 30 dos 40 deputados do partido”.

Aí a conta começa a ficar perigosamente perigosa para o governo.

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