Brasil tem melhora no IDH, mas é ultrapassado pelo Sri Lanka

Ontem (14) a ONU publicou a edição 2015 do IDH, do qual participam 188 países. Os dados são baseados em 2014.


Como a maioria não tem paciência para ler o relatório, que é uma brochura de quase 300 páginas, a imprensa passa  explora a classificação de cada país na listagem, de acordo à conveniência das manchetes.

No Brasil, as manchetes foram capciosas afirmando que caímos uma posição: éramos o 74º em 2014 e caímos para a 75ª colocação em 2015.

A afirmação não é inverídica, mas o leitor que só lê as manchetes acreditará que o IDH do Brasil caiu, o que não é verdade: o IDH do Brasil subiu.

Como o ranking tem escala de 0 a 1, um centésimo de variação é significativo. O Brasil, de 2014 para 2015, experimentou uma subida de 0,752 para 0,755.

A ONU considera, para estabelecer o índice, a expectativa de vida ao nascer, a expectativa de anos de estudo, a média de anos de estudo e a renda nacional bruta per capita. 

O que fez o incremento ser pequeno (0,003) foi uma queda na última variável da medida, que acabou comprometendo o sensível aumento das três outras.  

E por que o Brasil caiu uma posição? A resposta é constrangedora: o Sri Lanka, um pequeno país insular ao sul da Índia, que teve, nas quatro variáveis, desempenho melhor que o Brasil e o México, foi para a 73ª colocação, empurrando o México para a 74ª e o Brasil para a 75ª.

O Sri Lanka, aliás, é o país que, na Idade Média, os navegadores portugueses chamavam de Taprobana, cantado, Luís de Camões, na sua espetacular epopeia poética, Os Lusíadas. 


No topo da edição de 2015 do IDH está novamente a Noruega, com o invejável índice de 0,944 (o maior é 1). O derradeiro é o Níger, na África Ocidental, com 0,348.

Abaixo os 10 maiores IDHs dos 188 países medidos pela ONU, em 2015:


Na América Latina, apesar de ter a hegemonia geopolítica e econômica da região, o Brasil não se sai bem, pois dentre os 15 melhores IDHs do continente, estamos perto da lanterna: somos o antepenúltimo. 

A Argentina, apesar de maltratada pelos 13 anos de Kirchnerismo, que se encerrou na quinta-feira passada (10.12), com a posse do presidente Mauricio Macri, mantém a liderança do IDH da América Latina, como se mostra abaixo: 

Comentários

  1. Nº 239, terça-feira, 15 de dezembro de 2015 COMPANHIA DOCAS DO PARÁ
    EXTRATO DE INSTRUMENTO CONTRATUAL
    ESPÉCIE: Contrato nº 44/2015; CONTRATANTE: Companhia Docas
    do Pará - CDP; CONTRATADA: E.B. CARDOSO EIRELI; OBJETO:
    Prestação de serviços de limpeza, conservação e operação de
    máquinas leves, nas dependências do edifício sede da CDP; nos
    portos de Belém, Vila do Conde, Santarém, Itaituba, Altamira e Óbidos;
    no Terminal Petroquímico de Miramar e no Terminal de Outeiro,
    bem como nas repartições aduaneiras dos portos de Belém e Vila do
    Conde e Terminal de Outeiro; PRAZO: 180 (cento e oitenta) dias;
    FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Lei nº 8.666/93; VALOR GLOBAL:
    R$-1.403.465,46; DATA DA ASSINATURA: 30.11.2015; SIGNATÁRIOS:
    Marcos Rodrigues de Matos e Raimundo Rodrigues do
    Espírito Santo Júnior, respectivamente Diretor Presidente em exercício
    e Diretor Administrativo-Financeiro da CDP e Fernando Cavalcante
    Gonçalves, Administrador - Procurador da Contratada.

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  2. Volta e meia vem alguém, uma publicação para nos abrir os olhos. Há no Brasil uma certa resignação com nosso destino, alguma coisa melancólica, bem latina mesmo. A questão nem é se melhoramos em algumas políticas públicas, melhoramos nisso ou aquilo, pioramos noutros cenários, e por fim, como mostra a ONU, caímos posições no cenário mundial. Os governos de plantão sempre alardeiam que somos uma das dez maiores economias do mundo, essas ilusões. . . Outros críticos mordazes, dizem que não poderia ser diferente a nossa posição, um país colonizado com condenados portugueses, putas no seu milenar ofício, e mais tarde negros. Acho essa observação de uma idiotice fenomenal. Fossem esses componentes indicativos de nossas mazelas, o que se dizer então da Austrália, igualmente colonizada pelos mesmos atores, isso quase 300 anos depois de nós, mas hoje na segunda posição no estudo da ONU? A mim não interessa ser morador num país que está entre as dez maiores economias do mundo, se na cidade onde moro não há saneamento básico, a educação é uma lástima e a saúde, uma tragédia. Sem contar a segurança, claro! Vejam que Cuba, com todo odiento embargo do Tio Sam, está melhor posicionado que nós. A Venezuela, caindo pelas tabelas com um governo opressor e ineficiente, está acima de nós. Países como Bahamas, Trinidad e Tobago, Antígua e Barbados, Uruguai e Costa Rica, que não têm essa megalomania tupiniquim, estão melhor posicionados. Se mirarmos Corea do Sul, Cingapura, Nova Zelândia, Hong Kong, entre outros, que não estão na classificação das DEZ MAIS - parece programa antigo de rádio - mas são países que oferecem ao contribuintes melhores condições de vida. Se Deus, na sua infinita misericórdia nos deu um país belo, recursos naturais diversos e abundantes, deve ter sido obra do Tinhoso nos ter dado os economistas e os políticos que temos.

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