Lula declara guerra a Joaquim Levy e conclama aliados para substitui-lo

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O ex-presidente Lula resolveu declarar sua aversão ao ministro da Fazenda Joaquim Levy e abriu ontem (12) uma cruzada pela substituição do ministro pelo ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Em uma reunião, Lula desatou críticas a Levy, alegando que o “modelo econômico” defendido pelo ministro está "exaurido".

Levy não defende um “modelo econômico”. Aliás, o Brasil deveria, mesmo, procurar um modelo econômico para substituir esse Frankenstein que é a gestão da economia nacional. O que Levy tenta fazer, e nunca consegue, por ser sempre sabotado, é um ajuste fiscal, que é absolutamente necessário seja qual for o modelo econômico adotado.

Lula declarou, em todas as reuniões que cometeu em Brasília, que o seu candidato para o ministério da Fazenda é Meirelles e conclamou a todos que trabalhem pela substituição imediata de Levy, “para que se salve o ano de 2016”.

A questão é que nem que se juntem todos os prêmios Nobel de economia, desde Samuelson, passando por Friedman, Nash, Krugman e terminando em Shiller e colocando John Kenneth Galbraith para coordenar a equipe, não é possível salvar 2016, pois o dever de casa não foi feito em 2015. E tudo o que Meirelles, ou qualquer outro, precisa para salvar 2017 é fazer em 2016 o que não deixaram Levy fazer em 2015: o ajuste fiscal.

Para jogar baralho com o erário que ainda não foi arrecadado e apostar as fichas em déficits pedalados, não precisa chamar o Meireles: quem se especializou nisso foi o Guido Mantega. O problema é que isso só funciona enquanto a economia está mantida bêbada, pois quando ela tem um momento de lucidez, ou exige ajuste fiscal ou transplante de fígado.

Comentários

  1. Brilhante suas colocações

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  2. Francisco Márcio13/11/2015, 10:52

    A reforma tem de ser feita, não há dúvida. A questão é que com cortes no financiamento subsidiado para os empresários pelo BNDES, volta da CPMF, oneração da folha de pagto, a FIESP empresta apoio ao LULA, e aì... adeus Levy...

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  3. Como vai fazer política econômica com trezentos picaretas? Estás brincando de envolver nomes que têm histórico de seriedade com os ratos d'água do congresso nacional. Faça-me o favor...

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  4. a meu ver, a palavra reforma é uma palavra perigosa. Leva algumas pessoas a apoiar o que não sabem o que é.
    quem quer recriar a cpmf, não deveria ter cargo publico.
    para melhorar as finanças do setor publico, deveriam transformar as penitenciarias em fonte de receitas em grande escala.
    Tudo deveria ser cobrado dos presidiarios, inclusive com preços discricionarios. Ex: um pedreiro condenado por lesões leves poderia ter que pagar mil reais por mes para ter direito a chuveiro, já de um traficante poderiam cobrar 100 mil reais por mes pelo mesmo beneficio. Deveriam tirar bilhões das cadeias. Se tirassem deles mais do que pretendem com a cpmf, também a criminalidade baixaria.
    Visitas deveriam ser pagas antes com guia de recolhimento, com preços altissimos.

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