Aliança franco-russa contra o EI tira o FS Charles de Gaulle do ninho

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A ofensiva da França contra as posições do Estado Islâmico na Síria, depois de dois bombardeios seguidos ao principal reduto dos jihadistas, a cidade de Raqqa, fez o EI, eventualmente, arrefecer.

Mas a França não se limitará a ataques aéreos a partir de bases terrestres e resolveu deslocar para o Mediterrâneo oriental a nau capitânia da sua frota, que é o mais invasivo porta-aviões da Europa Ocidental.

Trata-se do navio-almirante FS Charles de Gaulle, um colosso de 262 metros (mais de dois campos de futebol) movido a propulsão nuclear e equipado com a elite da aviação marcial francesa: os Super Étendard, os Dassault Rafale M, os E-2C Hawkeye, que totalizam 600 aeronaves de combate e uma bateria de 1,5 mil mísseis de lançamento vertical.

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É quase impossível ofender o Charles de Gaulle, pois ele é equipado com misseis Aster, que interceptam e destroem qualquer objeto, inclusive os que se movem em velocidade supersônica, que esteja dentro do seu raio de segurança. É impressionante como a tecnologia se faz a serviço da guerra, muito mais do que da paz.

Para tirar tal poder de fogo do ninho e apontá-lo para o Mediterrâneo oriental, o presidente francês François Hollande teve que, literalmente, combinar com os russos, pois o czar da Rússia, Wladimir Putin, não gostaria de ver um alfa da matilha francesa derramando ureia em mares de sua influência, sem que cada movimento estivesse previamente combinado.

Hollande e Putin combinaram que o Charles de Gaulle singrará amanhã (19) e os alvos a partir dele serão previamente estabelecidos, pois o ditador Sírio, al-Assad, que acabou lucrando com as mortes em Paris, teme que a França aproveite a investida para reforçar os rebeldes que lhe tentam usurpar o reino.

Essa coalizão franco-russa é histórica: os dois países jamais atuaram juntos desde a Segunda Guerra Mundial, e Putin, bem ao seu estilo, fez questão de despachar a ordem do Kremlin, de forma pública, à frota russa no Mediterrâneo Oriental:

"Um destacamento naval francês transportado por um porta-aviões chegará em breve ao seu setor. É preciso estabelecer um contato direto com os franceses e trabalhar com eles como aliados”.

O 13.11.2015 passou a ser para os franceses o que o 11.09.2001 foi para os norte-americanos. Infelizmente, quando esses eventos ocorrem, a primeira grandeza diminuída são as liberdades individuais, pois o totalitarismo do Estado é logo invocado em nome da segurança nacional.

A questão, em ambos os casos, é que o inimigo não tem um território delimitado e nem um rosto definido, mas tem uma resolução cujo único limite é o próprio fundamentalismo. Nesses casos, a força bruta é um tratamento de choque, que muitas vezes potencializa o que desejaria exterminar.

O mundo, definitivamente, está cada vez menos encantador.

Comentários

  1. Presidente desnecessário essas permutas veja: https://www.cdp.com.br/documents/10180/44875303/EFETIVOS+2015/d5650ae0-fb3e-4c90-800f-c1c81b226755 (concursando da cdp).

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  2. quem criou e treinou o estado islamico,foi os americanos com anuencia da uniao europeia,agora que eles viram que os homens sao doidos varidos sem apego a propria vida tao pedindo arrego a russia de putim,pra desmanchar a cagada que o merda do obama fez.

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  3. "O preço da paz é a eterna vigilância"

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    1. A Paz é o estado natural do homem..a guerra é o surto .

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  4. Presidente este ano de 2008 foi o ano da fanfarra na cia, veja Porque :http://portal.in.gov.br/ DOU3 é o nome da cia. 30/01 a 31/12 2008. (concursando da cdp)

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  5. atenção presidente: http://www.orm.com.br/plantao/imprimir.asp?id_noticia=380136 http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=3&pagina=15&data=30/12/2008 pq o nome dele não aparece nas planilhas de 2013 pra baixo é so nesta atual https://www.cdp.com.br/documents/10180/44875303/CEDIDOS+2015/beb406cb-1b1d-4a60-bdfd-04de4adaa7ce (concursando da cdp)

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  6. O programa da NASA pra colonizar Marte ainda está com as inscrições abertas? Quero ir pra lá, aqui já deu.

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  7. Cada vez sei menos sobre os árabes. A princípio pensava que o ódio deles era apenas contra os judeus; mas depois fui aprendendo sobre a religião deles e como esta também serviu para colocar uns na mira dos outros. Acompanhei estarerrecido a queda do Xá e a volta do aiatolá Khomeini, legítimo representante de uma religião que colocou em transe um povo inteiro e anunciou ao mundo a era do ódio contra a civilização ocidental. O filme Lawrence das Arábias me deu outra dimensão sobre as questões tribais, também impregnadas de ódio mútuo. Acompanhei a queda do Sadan, tirano de um lugar horrível que continua tão horrível quanto antes. O mundo conheceu a ousadia do Bin Laden, nova releitura da violência e do terror; os Talebãs espalharam esse fanatismo religioso temperado com massacres e opressão. Vi a 'Primavera Árabe' chegar como uma coisa que traria os benefícios da democracia, mas logo os desentendimentos mútuos voltaram ao conflito. Por último surgiu essa 'ostentação de ódio' chamada Estado Islâmico, que botou o mundo em pânico. Esses árabes são difíceis.

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    1. Nós também somos difíceis: queremos que os árabes ajam, pensem, falem, sintam, preguem, orem, andem, trajam, igual a nós. Há mais de 2 mil anos tentamos impor a nossa cultura e os nossos modos a eles. Queremos até dizer para ele quais as guerras que eles devem travar e como. São esses antagonismos culturais de dificuldades que nos colocam nessa querela eterna.
      O Ocidente quer ser o mentor moral do mundo.

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    2. A princípio Parsifal, você parece querer usar nossos erros para explicar os erros dos terroristas. Concordo que nos passado tivemos imposição da religião cristã mediante a guerra, mas atualmente, não se vê ninguém apontando uma arma pra nenhum outro povo obrigando a aceitar o Cristianismo. Essa é uma diferença fundamental. O problema não é a religião ou a cultura árabe. O problema é tentar impor isso de forma violenta como os radicais vem fazendo. Eu querer que o árabe aja, pense, fale, sinta, pregue, ore, ande, traje, igual a mim é uma coisa, agora eu explodir a capital deles porque eles não quiseram é muito diferente.

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    3. Nem a princípio e nem ao fim: atos de terrorismo devem ser duramente evitados e punidos, se não se conseguiu evita-los, pois eles são a guerra desprovida de quaisquer regras e, principalmente, porque atingem, dolosamente, a população civil.
      A contradição islâmica-cristã é apenas a origem do que se vê hoje, e essa essência há muito não mais é o maior peso específico da contenda pelo viés ocidental e nem pelo oriental. O maior peso específico é o geopolítico, e isso se rebate, absolutamente, na imposição cultural do sistema dominante, no caso o “nosso”, pois a dominação cultural, uma vez feita, consolida a dominação geopolítica.
      O islamismo, por sua vez, por ser um sistema religioso intrinsicamente ligado à questão cultural e geopolítica localizada, usa os dogmas puros para manter a influência e a dominação territorial e impedir o avanço da cultura ocidental, para não perder hegemonia política.
      A “nossa” abordagem, portanto, é equivocada. Ou mudamos o nosso relacionamento com o Oriente Médio, aceitando o sistema “deles” como consolidado e paramos de querer “consertá-lo”, ou todas as nossas atitudes continuarão gerando terrorismo, pois enquanto nós temos meios de chegar até eles, para matá-los e dominá-los, através da guerra tradicional, o único meio que eles tem para chegar até nós é através do terror e isso vira o que é hoje: uma ciranda de sangue.

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    4. Erram os estados unidos, israel e outros poderosos ao tentar impor a democracia aos arabes e muçulmanos. foi um erro derrubar sadam, kadafi e está sendo um erro tentr derrubar assad, mas também devemos mencionar os erros dos arabes e muçulmanos, se é que podemos usr essa palavra.
      Quando Maomé fundou a religião, pessoas proximas, inclusive parentes cometeram atrocidades para impor a religião. Contiuou assim por seculos e seculos e não parou. Em paises onde são maioria, quando não acabam com os de outra religião, impoe cobranças em dinheiro muito altas, na lingua inglesa até há um nome para isso, mas me esqueci tem toda semelhança com a taxa de proteção que as milicias braileiras cobram. Onde eles são minoria, dizem que o deus é o mesmo e que alá é simplesmente a tradução do nome de deus em arabe. Onde sao maioria, é morte e taxas em cima dos "infieis".
      O Irã era i,a nação onde a religião era o zoroastrismo, os iranianos não sao arabes, a religião foi imposta a força.
      Um dia vi na internet um video com a historia de chacinas cometidas por muçulmanos, não cheguei até a metade, é uma monotona sucessão de massacres.

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