Significa sim

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A Standard & Poor’s pesou na mão com o Brasil, pois embora não estejamos em um momento propício para recepcionar investimentos estrangeiros, não há ameaça à segurança deles se aqui aportarem.

A decisão de retirar o grau de investimento do país, portanto, foi muito mais política e preventiva do que lastreada na iminência de um default de probabilidade zero.

Mas a análise de mérito para por aí e dizer que “diminuírem o investment grade não significa nada” é uma falácia maior que o equívoco de mérito cometido pela S&P.

O rebaixamento significa muito, pois 9 entre 10 investidores irão congelar os planos de colocar dinheiro aqui até que consigam enxergar que os motivos enumerados pela S&P estejam mitigados.

Isso é péssimo, no momento em que o Brasil, embora tarde, prepara-se para lançar licitações, oferecendo à iniciativa privada a exploração onerosa de importantes áreas de infraestrutura.

O governo tanto sabe disso, que diante do rebaixamento correu para tentar juntar o leite derramado: a presidente convocou os ministros da área econômica e determinou que até a próxima semana anunciem cortes e fusões de ministérios que sinalizem às outras agências de avaliação de riscos que o ajuste das contas é pra valer.

Se isso for efetivado e 2015 terminar sem déficit, a S&P, achando que nos chutaria as canelas, nos teria prestado um favor com o susto.

Já passou da hora dos governantes tratarem o cidadão como adultos, comentando fatos graves com a gravidade que eles embarcam e já está na hora do cidadão compreender que isso é uma diálogo necessário.

Em 2008, quando a S&P elevou o Brasil à categoria de investment grade, o então presidente Lula fez festa, declarando que “a gente foi declarado um país sério, que tem políticas sérias, que cuida das suas finanças com seriedade e, que por isso, passamos a ser merecedores de uma confiança internacional que há muito tempo o Brasil necessitava”.

Agora, que mesma S&P retira o grau de investimento, isso não significa nada?

Comentários

  1. A frase que cabe neste momento... por favor deixem de nos tratar como burros desmemoriados..somos povo mas não somos burros e temos memória...

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  2. no minimo o ex presidende estava esquentado com a famosa 51 da qual ele nao abre mao.e estando ebrio o pensamento e este mesmo tanto faz como tanto fez.

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  3. O Lula deixou a entender que o que os economistas brasileiros queriam era a entrada de capitais produtivos e não o especulativo. Na verdade ele tirou um sarro da agência( a mesma que classificou de AAA os tÍtulos podres em 2008 no EUA).

    Tudo é política.

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    1. Independentemente de o capital a entrar ser produtivo ou especulativo, ou se a agência errou ou acertou ao classificar como bons títulos podres, ou de tudo ser política, classificações de agências de risco significam muito, e dizer que não significam nada é um sarro tirado de si mesmo e não da agência.

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    2. é até engraçado e um tanto ridículo que um punhado de operadores de mercado, com um histórico de erros e fraudes que já deviam lhes ter conduzido, há tempos, para as barras dos tribunais, continuem distribuindo notas aos países, e prejudicando suas economias e populações.

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  4. Acho que estava bêbado. A marvada faz isso.

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  5. A situação é crítica sim! Quem já teve o nome "sujo" sabe o quanto custa precisar tomar crédito ou fazer a compra de um bem e não poder... Minimizar a situação é burrice de quem não entende nada de nada e teve a sorte de, por 8 anos, governar esse País, gestando isso que estamos vendo e vivendo nos dias atuais

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  6. eu penso que significa alguma coisa sim, concordo que muitos investidores levam essas arap isto é essas agencias a sério e deixam de investir por causa das notas que elas dao, mas penso que Lula pode estar reagindo de uma maneira conveniente. Se ele conseguir convencer muitos agentes economicos de que isso não significa nada, o efeito de suas palavras na economia será benefico.

    as receitas recomendadas por essas agencias são de uma tragica estupidez.
    Quando um crise atingiu as economias ditas centrais (eua e europa) ninguém adotou as medidas que essas "agencias" costumam recomendar para os paises periféricos como o nosso.

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  7. Não raro, políticos brasileiros convenientemente esquecem as bobagens que falam. É a tal da amnésia seletiva. Lembram do que o Lula falava do Sarney, Collor, Renan, ACM e Jucá, entre tantos outros? Quando sentou seu ilustre traseiro na cadeira de comando, chamou toda essa corja para compartilhar, lotear seu governo. Já vi candidato a prefeito em Tucuruí descer a borduna no Jader -tem vídeos espalhados pela rede - e hoje é fiel escudeiro do dito-cujo.

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    1. Não é só com políticos que isso ocorre: com o eleitor também. Já vi eleitor descendo a borduna em candidato e depois vota nele, ou quando ele se elege vai pedir emprego para ele.
      Isso também ocorre com países. Os EUA jogaram uma bomba atômica no Japão e depois ajudaram a reconstruir o país.
      Com marido e mulher isso também acontece muito: brigam e juram nunca mais se falar e à noite fazem amor.
      Será que isso não é uma característica do ser humano?

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  8. As bombas no Japão foram num cenário de guerra, onde o Tio Sam e os aliados precisavam de algo persuasivo no pior sentido do termo - isso não os enobrece - mas era uma Guerra Mundial, algo que após setenta anos do seu final, ainda há muitas feridas a serem curadas. No caso do despudor que grassa a política brasileira, a sociedade confere as Suas Excelências uma aprovação de titica e isso é tristemente um fato. Os homens públicos não estão vacinados a mudarem de opinião e isso é bom, se as decisões levarem ao aprimoramento das instituições, à melhor governabilidade e a consequente melhora da vida da população. No nosso caso, lamentavelmente, as mudanças são como degraus para vantagens pecuniárias e de poder. Em muitos casos, é isso novamente é um fato, triste fato, é desvio de caráter mesmo.

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    1. Política, sempre foi e sempre será guerra. O eleitor que não manda bons soldados para o front não é previdente.
      O desvio de caráter do político é diretamente proporcional à falta de caráter do eleitor, pois um país é governado por pessoas que nasceram, cresceram e foram educados nele e não por cidadãos de outros países ou alienígenas de outros planetas.
      Enquanto o eleitor não for para a frente do espelho e ver nele o político que elegeu, assumindo o erro e promovendo a mudança, primeiramente do seu próprio caráter, a ladainha de um de outro continuará a mesma, pois em casa de político não tem espelho e o Brasil somos nós.
      Se o eleitor não mudar, os representantes sempre serão avaliados como titica, mas continuamente eleitos por quem deveria tirar a titica da cabeça e da política.
      E isso é desvio de caráter, mesmo.

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