Corrupção científica
O dinheiro da Petrobras não é malversado apenas por políticos, como estamos vendo na interminável Lava Jato, mas também, por suposto, por professores universitários.
É o que afirma o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro ao denunciar criminalmente a ex-reitora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Malvina Tania Tuttman, e outros 11 professores, pesquisadores e servidores da instituição.
A Petrobras repassou à Unirio R$ 25,7 milhões para um projeto de “capacitação e desenvolvimento de metodologias e técnicas de modelagem de processos de negócio e de administração de dados” e a universidade fez com o dinheiro o que é praxe em todo o Brasil nesse tipo de convênio e eu sempre tenho dito que é uma gritante irregularidade: subcontratou a execução do objeto através de dispensa de licitação.
Algumas universidades fazem isso através de fundações compostas por docentes que se valem dos títulos ostentados e supostas exclusividades de estoque científico, para encapar credibilidade em projetos que são executados por alunos ou repassam a execução a empresas, sem processos licitatórios, sob a estúpida alegação de que estão dispensadas disso.
Foi exatamente o que ocorreu na Unirio, que transferiu a execução do objeto para a Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (Funrio) e esta, por sua vez, repassou a execução a terceiras empresas “cujos proprietários eram professores, pesquisadores bolsistas ou parentes dos professores”.
Eu sempre matutei do porquê de a Polícia Federal nunca ter virado os olhos para essa fundações que se criam dentro das universidades, com a finalidade de se valerem de tais artifícios, para onde são canalizados dezenas de milhões do erário, no mais explícito conluio do público com o privado.
Como eu tenho observado aqui, o animus corruptio não está na política, mas na pessoa e é a mais pura tradução da verdade a máxima de que “a política não dá e nem tira caráter, apenas o revela”.
Corrupção enquanto formos homens do jeito que somos seremos corruptos sem distinção de classe, cor e genero.
ResponderExcluirEstá certíssimo. Ainda tem os casos em que contratos são mascarados como projetos de pesquisa para isenção de imposto de renda dos executores.
ResponderExcluirvamos nos matar todos e começar do zero, brasileiro é fod@
ResponderExcluiro ultimo paragrafo do artigo me lembra o que disse certa vez um amigo que tem um irmão delegado: "todo mundo é criminoso, inclusive eu, inclusve voce, tire a policia e tire a justiça que vc vera que todo mundo é criminoso."
ResponderExcluirO fato de a politica revelar o carater das pessoas não é uma grande desculpa, necessario é que o sistema tenha mecanismos para impedir que as pessoas "revelem" seu carater.