Bradesco compra HSBC e aumenta seu portfolio e lucros

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O Bradesco, que reportou lucro de R$ 8,7 bilhões no primeiro semestre de 2015, mostrou ontem (3) que está com tudo e não está prosa e pagou R$ 17,6 bilhões pelas operações brasileiras do HSBC, valor acima das expectativas do mercado.

O Bradesco resolveu bancar o ágio porque se não o fizesse o Itaú Unibanco, seu principal concorrente, faria a compra e o deixaria no chinelo.

Com a operação, o Bradesco soma ao seu portfolio mais 853 agências espalhadas em 531 municípios, o que o faz aumentar o número para 23.125, ficando atrás, nesse item, apenas do Banco do Brasil.

A aquisição também aumenta a carteira de alta renda do Bradesco, superando o Itaú nesta categoria. Encosta nele em volume de ativos e o ultrapassa em número de correntistas.

Esses valores agregados levaram os acionistas majoritários do Bradesco a bancar o ágio na compra do HBSC, que segundo os entendidos no assunto, ficou entre R$ 3 bilhões e R$ 7 bilhões.

Como banqueiro não calafeta barco sem breu e nem mete prego sem estopa, o ágio deve sair no caldo, antes porque ele tiram isso nos lucros do segundo semestre e ainda têm troco.

Comentários

  1. é lamentavel a ausencia (inoperancia) do cade.
    é lamentavel que no setor financeiro a concorrencia não se dê em termos de serviços melhores e bons preços (como em qualquer regime capitalista saudavel) e sim na industria da eliminação de concorrentes através de fusões e incorporações.

    é por esses detalhes que somos terceiro mundo. Não há truque economico para compensar essa falta de concorrencia. Não adianta ministro pos graduado, não adianta nem premio nobel, enquanto não houver concorrencia no setor financeiro seremos terceiro mundo.

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    1. Não somos terceiro mundo. Somos a sétima economia do mundo.

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    2. para mim, o principal criterio para um pais ser terceiro mundo é a renda da maioria da população.

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    3. Desde 1996 o Brasil passou a ser considerado, devido aos seus índices econômicos, políticos e sociais em ascendência, como um país emergente e formou um bloco denominado BRICS, saindo completamente do subdesenvolvimento.
      A nossa renda per capita, exatamente um dos índices que compõem a formação do IDH para classificação da ONU, do Banco Mundial e do FMI, está entre a 51ª e 61ª (depende do critério de cada órgão avaliador) dentre os 184 países que compõem esse órgãos.
      A maioria da população brasileira tem renda per capita dentro do intervalo considerado de IDH elevado por aqueles mesmo órgãos (0,744).
      Dos 202 milhões de habitantes (2014) temos 10.452.383 (IPEA 2014) de habitantes que vivem abaixo da linha considerada como limite da pobreza e é exatamente quando a maioria da população vive abaixo dessa linha queo país é considerado de 3° mundo, o que não é o caso do Brasil que tem 5,2% da população nessa condição. Quantitativo, aliás, menor que o dos EUA, um país de 1° mundo e a maior economia do planeta, mesmo em se considerando a sua população de 308 milhões de habitantes.
      Portanto, pelo seu critério, que não diverge do da ONU, do FMI e do Banco Mindial (“o principal critério para um país ser terceiro mundo é a renda da maioria da população”) o Brasil não é 3° mundo.
      Somos um país ainda injusto socialmente, com democracia em consolidação e matriz econômica que precisa de ajustes (estão tentando fazer um agora que já faz água), mas estamos muito longe do 3° mundo.
      Eu conheço cerca de 10 países do 3° mundo. Não como turista, mas com a sede de conhecer mesmo, e lhe garanto: somos um paraíso perto deles.

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    4. eu pensei que alguém iria afirmar que a expressão terceiro mundo é fora de moda.
      quanto a renda, há uma sutileza na minha resposta, eu não citei renda média, citei renda da maioria. É um conceito polemico e que admite muitas variações, deve-se excluir a minoria que ganha muito para saber qual é a renda da maioria da população, pois em muitos lugares há uma minoria de 1% que concentra parte expressiva da renda, falam muito disso atualmente lá nos eua, talvez devessemos excluir 2 ou 3 por cento no nosso caso, é polemico.

      mas se mesmo com a aplicação desse conceito o brasil continuasse bem colocado, eu digo que está muito abaixo de sua potencialidade.

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    5. Sim, a expressão está em desuso porque considerada por alguns como pejorativa.
      O cálculo global é de renda média, para efeitos de classificação econômica. Para efeitos de classificação social é usada PPC (Paridade do Poder de Compra), que considera os elementos da renda média, dolarizando o valor de referência com os EUA, que tem os preços médios mais globalizados do mundo.
      Nesse cálculo o Brasil está muito melhor que na classificação per capita. Estamos em 7° lugar no mundo, o que coincide com o nosso PIB bruto, apontando uma boa estratificação econômica local, repercutindo na realidade apontada pelo IPEA de “apenas” 5,2% da nossa população estar em situação de “Terceiro Mundo”.
      Essa PPC é estratificado nas faixas de renda locais, exatamente como você sugere, ou seja, não mais é calculado em média simples, mas média ponderada, pois isola as faixas onde se encontram as várias classes econômicas e sociais que existem no país. O resultado disso tem rebatimento no nosso IDH, que é considerado elevado, ou seja, o Brasil, em hipótese alguma, em quaisquer índices e cálculos, não mais pode ser considerando “Terceiro Mundo” e nem um país subdesenvolvido.
      Só não estamos ainda no “Primeiro Mundo”, exatamente pela absoluta verdade da sua ultima afirmação: estamos muito, mais muito mesmo, abaixo da nossa potencialidade. E isso se deve, muito, ao nosso baixo nível educacional e menos a fatores econômicos globais.

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  2. Concordo em parte com o que foi dito, menos com a DEMOCRACIA EM CONSILIDAÇÃO, não temos políticos dignos para erguer o país.
    O que temos hoje são bandidos querendo o poder só para enriquecer, não temos um probo em que possamos confiar.

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