Norte-americano tenta, há 3 anos, investir R$ 8 bilhões em São Paulo, mas não consegue

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Em entrevista à colunista Sonia Racy, publicada no Estadão ontem (14), o investidor do ramo imobiliário norte-americano Stephen Ross, que hora toca o maior projeto de incorporação em andamento nos EUA, um conjunto de torres residenciais e comerciais orçado em US$ 25 bilhões, em Manhattan, Nova York, reclama da insanidade burocrática brasileira.

A Benx, do Grupo Bueno Netto, e a Multiplan convenceram Mr. Ross que, com o mesmo expediente dos EUA, poderia fazer algo parecido na cidade de São Paulo, cuja expansão imobiliária de ponta ocorre nas margens da Marginal do Rio Pinheiros.

Ross colocou R$ 8 bilhões no bolso, embarcou para São Paulo, comprou, na Marginal Pinheiros, uma área de 2.180 mil m², e fez um projeto, que chamou de Parque Global, de torres residenciais e corporativas, hotéis e um shopping center.

Levou três anos conseguido carimbos da burocracia até que conseguiu as mais de 50 licenças exigidas para começar a terraplanagem do terreno.

Mas eis que chegou o Ministério Público do Estado de São Paulo questionando o empreendimento: Ross se esqueceu do carimbo do Parquet e para consegui-lo, mais seis meses para assinar três Termos de Ajuste de Conduta (TAC).

Mas quando Ross achou que tinha terminado o derradeiro trabalho de Hércules, a prefeitura de São Paulo, o governo do Estado de São Paulo e o próprio Ministério Público começaram uma briga de competências para ver quem atrapalha mais o empreendimento.

Estamos presos em uma situação jurídico-governamental que absolutamente não faz sentido. O Brasil está tentando atrair capital estrangeiro e crescer, mas quando começam a criar regras que não existem em nenhum outro lugar do mundo e a fazer coisas totalmente ilógicas, o resultado é que estão prejudicando os cidadãos brasileiros.”

No meio do temporal, segundo as paredes do clube imobiliário de São Paulo, Ross quer pegar o que ainda lhe resta dos R$ 8 bilhões e ir cantar em outra freguesia.

Esqueceram de avisar a ele que no Brasil você pode dar um “Enter” e investir, de onde estiver, quantos bilhões quiser no mercado financeiro, mas para realizar algum empreendimento que gere mais empregos e aqueça a economia tem que aprender primeiro a lidar com coisas que não fazem sentido, sem lógica e que só existem aqui mesmo.

Comentários

  1. Enquanto isto o Jatene está conseguindo financiamentos na Argélia e na Espanha. O Liberal diz que até a questão ambiental o governo estadual já está solicitando à Sema para o projeto ferroviário do sul do Pará ate o porto de Barcarena.

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  2. A impressão que eu tenho é que o nosso país "odeia" o empreendedorismo.

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