O dito pelo não dito nas delações premiadas de Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa

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O doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa firmaram acordos de delação premiada nos quais se comprometeram a detalhar a participação dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR) em esquema de pagamento de propinas.

No acordo, Youssef afirmou que Aécio Neves, juntamente com o ex-deputado José Janene (PP-PR) faziam parte de um esquema de corrupção montado em "Furnas" durante o governo FHC e que a propina devida a Aécio Neves era repassada a sua irmã.

No caso de Aécio, a imprensa dedicou um terço de um parágrafo da matéria que relatou os acordos. Renan Calheiros e Romero Jucá foram agraciados com a manchete e o restante da matéria.

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Todavia, durante a execução do acordo de delação, Youssef "esqueceu" os detalhes relativos à Aécio, limitando-se a dizer que “apenas ouviu falar do esquema de Furnas”, o que levou o Procurador-Geral da República a não incluir o tucano nos inquéritos. Quando foi perguntando a Janot o porquê de ele não abrir investigações para aprofundar Furnas, ele respondeu que "o assunto não era Furnas, mas a Petrobras".

Paulo Roberto Costa teve atitude similar à Youssef, na execução do acordo: no caso de Renan Calheiros, limitou-se a dizer que fez reuniões com ele e opinou que “provavelmente o senador tenha recebido repasses ilícitos do esquema”, sem maiores detalhes.

Nisso deita a irresignação de Renan, que teve tratamento diferente daquele dado a Aécio: contra os dois houve apenas afirmações sem provas, mas Aécio foi esquecido pela PGR.

Jucá teve o mesmo tratamento dado a Aécio: no acordo, Costa afirmou que detalharia a participação de Jucá, que recebia propinas através de uma empresa do irmão dele, mas na execução do acordo Costa deu o dito por não dito e afirmou não saber de nenhuma irregularidade relativa ao contrato que a empresa do irmão de Jucá fechou com a Petrobras.

Comentários

  1. São todos a mesma *****. Ontem li uma reportagem falando do comportamento do PSDB ante a indicação do novo possível Ministro do STF. O Senador Álvaro Dias (PSDB) gostou da indicação por que o sujeito é do Sul. A bancada do PSDB vai votar a favor por que não quer contrariar o Álvaro Dias. Essa vassoura que deve varrer o PT para o lixo, varrerá também o PSDB por não saber ser oposição.

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