Governo dá sinais de que arquivará projetos de hidrelétricas na Amazônia

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O sequestro do noticiário nacional pelas operações da PF, que a cargo judicial primeiro prende e depois pergunta, esvaziou a atenção para o que acontece, ou não, nos corredores do Brasil.

Dia 30 de abril, por exemplo, haverá a primeira chamada de 2015 para leilão de novas usinas de geração de energia. São 91 projetos em todo o Brasil e chamou-me atenção o fato de a maioria deles ser na modalidade termoelétrica – apenas 7 são de hidrelétricas – e mais espécie ainda se fez ao constatar que nenhuma daquelas 7 hidrelétricas da chamada se localiza na Amazônia, que tem o maior estoque de rios propícios à geração hidrelétrica da América Latina.

Será que a dificuldade operacional do governo, advinda de entraves socioambientais e logísticos, em licitar grandes obras de hidroeletricidade na Amazônia está mudando a lógica, e os rumos, do parque energético nacional?

A chamada tem claramente esta mudança de rumo, pois há dois anos era intenção firme do governo, e da expertise energética nacional, o imediato chamamento, para 2015, de sete hidrelétricas na Amazônia, que deveriam gerar, até 2020, aproximados 13 mil MW.

Ao ser suscitado, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou que o foco do próximo leilão é "diversificar mais a matriz elétrica”, providenciando investimentos em outras fontes que não a hidroeletricidade, mas o chamamento carrega na termoeletricidade e isso não é diversificação e sim sucumbência eventual ao binômio que as térmicas tem feito com as hídricas na história da geração nacional.

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