A civilização de pedra
Acima uma das mais pitorescas visões do Deserto da Arábia, no nordeste da Arábia Saudita.
Trata-se da Qasr al-Farid aka, uma tumba inacabada, escavada diretamente em uma rocha no meio do deserto, que tomaria a forma de um castelo.
A construção, pré-islâmica, tem 12 metros de altura (um prédio de quatro andares) e data do século I d.C., quando a região era dominada pelo Império Nabateano, que vigeu desde o ano 9 a.C. até o ano 40 d.C.. A capital deste império era Petra, cujas ruinas hoje se localizam na Jordânia.
A Qasr al-Farid aka destaca-se por estar isolada do enorme sítio arqueológico de Mada'in Saleh, declarado patrimônio da humanidade pela UNESCO, cujas ruinas revelam imponentes construções escavadas diretamente na rocha, o que me fez intitular, desde que vi esses prodígios, os nabateanos, como a Civilização de Pedra.
Outras civilizações já usaram as rochas como habitat urbano, como é o caso dos povos que habitaram as rochas do que foi a Anatólia, hoje a Capadócia, na Turquia, mas os anatolianos apenas escavavam as rochas, diferentemente dos nabateanos que as trabalhavam com formas que lhes emprestavam imponência.
Os anatolianos escavavam as rochas. Os nabateanos as esculpiam.
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