Outros tempos

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A charge do Casso ilustra a coluna do jornalista Guilherme Augusto, publicada no Diário do Pará de hoje (03).

Trata-se da chanchada, não tão popularesca, que o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), protagonizou ao propor que as passagens aéreas para e de Brasília, das esposas dos deputados federais e esposos das deputadas federais, pudessem ser debitadas da verba indenizatória a qual os parlamentares têm direito.

A reação da imprensa e o repúdio do contribuinte fizeram Eduardo Cunha dar o dito por não dito.

Eu sempre avisava os meus pares, quando eu era deputado, que ou nós desembarcávamos dos privilégios, frutos do patrimonialismo exacerbado que ainda é uma das ervas daninhas da nossa democracia, ou perderíamos as prerrogativas, que são instrumentos essenciais para o bom exercício do mandato.

Comentários

  1. Parsifal;

    Mas essa é a lição mais velha, mais rebatida, mais aprendida sobre política e políticos no Brasil. Todos têm projetos maravilhosos, até chegarem ao poder, quando então 99,0% se perdem em delírios patrimonialistas, delírios nepotistas, delírios de burrice sedenta de notoriedade fácil, etc.

    Poderia contar uns 15-20 casos que já me fizeram rir muito, mas seria ridículo querer trocar figurinhas com quem já completou o álbum há muito tempo. Você deve saber centenas de casos.

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  2. Creio , salvo engano, que vc chegou a fazer um post sobre as viagens do então candidato Eduardo Cunha pelo país, indagando do que afinal de contas se tratava naquela campanha. Com um mês de mandato parece que a resposta começa a vir e a conta da eleição aparecer.

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  3. "Vergonha só se perde uma vez". A nossa classe política de um modo geral já perdeu há muito tempo. Com a perda da vergonha vem a reboque a perda do bom senso. Não sei se foi a falta do, tão necessário, assessor do "vai dar merda" ou que isso não passa de uma cortina de fumaça para "esconder" as outras benesses. As passagens são apenas um item do pacote e talvez o menos oneroso. E mais, foi cancelada, salvo engano, o repasse automático da cota para os parlamentares, mas que essa vantagem pode ser concedida caso a caso a pedido do parlamentar. Em tese, os cônjuges continuam tendo o "direito".

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  4. "Quando um navio está afundando os ratos são os primeiros a sair". Para quem acreditava que o PMDB soçobraria junto com o PT, o Senador Renan deu seu recado.

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