Até o último limite

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Crentes que o governo agiu para incluir-lhes os nomes na lista de Janot (embora eu não creia na hipótese há elementos fáticos suficientes que podem ser índice da manobra) os presidentes do Senado e da Câmara Federal seguem se abespinhando com o Planalto.

Ambos desancam publicamente os articuladores políticos da presidente, Aloizio Mercadante e Pepe Vargas e não se rogam a tecer públicas e ácidas críticas ao governo, o que dá combustível à oposição e fragiliza ainda mais a presidente na ruas.

Hoje foi a vez do presidente do Senado fazer a salga do dia: ao ser indagado pela imprensa sobre a derrota do governo, que se viu obrigado, para não ver o veto presidencial derrubado, a negociar um escalonamento da correção da tabela do Imposto de Renda, Calheiros disparou:

"Esse governo parece que envelheceu e a base de sustentação da presidente, continua capenga".

Esclarecendo que falava “pelo Congresso” e não “pelo partido”, Renan, reafirmou que o seu papel é zelar pelo Congresso e que está “disposto a zelar pelas prerrogativas [do Congresso] até o último limite."

Qual será o último limite?

Comentários

  1. Em minhas elucubrações, faço um leitura diferente. Os caciques do PMDB não estão pressionando o Governo por acreditar que ele tenha trabalhado para incluí-los na lista do Janot, até por que onde tiver uma teta a ser mamada, lá estará o PMDB desses senhores.
    Eles sabiam que estariam na lista e começaram a pressionar o Governo para garantir uma provável absolvição.
    E o Governo já vem trabalhando nisso a muito tempo.
    O atraso na indicação do novo Min. do STF já seria um indicativo dessa estratégia, ou por que não teria um candidato confiável para indicar ou manteria o numero par na 2ª câmara beneficiando os réus ou mesmo o que aconteceu colocando um homem de confiança do Governo para Presidir a comissão, em uma manobra teatralmente ridícula.
    E a visita, sem vergonha, do Ministro Dias Tofolli à Presidente no dia seguinte foi para dar o recado aos políticos de que está tudo dominado.
    Teoria da conspiração, coisa de doido.

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  2. Nobre Deputado,
    Lauro Jardim, escreve hoje, que um conhecedor das profundezas da alma do PMDB decifra o realmente o quer o partido:

    - O PMDB não quer o impeachment de Dilma. O PMDB quer que a Dilma precise desesperadamente do PMDB.

    Ou seja, o PMDB continua muito preocupado… preocupado consigo mesmo.

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  3. Infelizmente quem tem se arvorado a defender não o faz com legitimidade, visto que defendem tudo menos o PMDB, partido que surgiu baseado, principalmente, no direito à defesa. Michel Temer faz discursos fervorosos a favor do governo. A genética política do Renan Calheiros e Eduardo Cunha não os credenciam para tal. Sinto falta do Pedro Simon.

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  4. O PMDB colocou o PT no Planalto. Sem o apoio do PMDB Dilma não se reelegeria. Dilma tem que entender que o PMDB quer ajudar o governo mas seus auxiliares diretos não deixam, ou ela mesma não ajuda.

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