Paulo Roberto Costa conta que Odebrecht lhe pagou US$ 31,5 milhões por bom relacionamento

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As delações premiadas da Lava Jato vão sendo homeopaticamente impressas nos jornais nacionais.

O percentual de verdade delas é de difícil aferimento, pois delatores são pródigos em romancear narrações para dar a elas ares de veracidade. Como à polícia e ao Ministério Público é mais cômodo acreditar para finalizar as respectivas tipificações acabam os alcaguetes valendo o quanto dizem, principalmente depois que a Justiça Federal passa a pagar delatores em milhões de dólares.

Ontem, verbi gratia, reportaram os jornais um trecho da delação de Paulo Roberto Costa no qual ele afirmou, em depoimento no ano passado, que a empreiteira Odebrecht, que ainda não foi apanhada na Lava, embora esteja na mira do jato, fazia-lhe depósitos, “a cada dois ou três meses”, em contas mantidas no exterior.

E qual o motivo da propina paga pela empreiteira à Paulo Roberto Costa? Mera “política de bom relacionamento” da empresa com ele.

E quanto empreiteira pagou, entre 2008 e 2013, para ter “bom relacionamento” com Paulo Roberto Costa? US$ 31,5 milhões, o equivalente a R$ 88,2 milhões.

Ou seja, além da Odebrecht pagar a propina “de praxe” que, segundo Costa, era “repassada a partidos políticos”, ela ainda pagava ao operador um gentil ágio a título de política de bom relacionamento.

Esse pessoal é prosa mesmo. Se ter bons relacionamentos, de graça, já é ótimo, imaginem pagando, em dólares, e na Suíça…

Comentários

  1. Um estado amoral é tudo o que um governo imoral deseja:

    Considerando a democracia como um sistema de representação popular e um estado de direito; governar sem nenhum sentimento de obrigação com o que a sociedade e os seus representantes políticos estabeleceram em lei, norma, boa conduta, ética ideologia ou coisas como o compromissos sociais é um assunto para uma boa reflexão sobre o encontro entre Simão Jatene e Edmilson Rodrigues.

    É possível que depois deste encontro tenhamos mais um atentado contra a lei, a ética, a moral, e tudo aquilo que até hoje representou o serviço público estadual, que não vê seus direitos cumpridos - nem após decisões judiciais, que vive uma espera sem fim pelo plano de cargos e salários, que a cada dia se desvaloriza diante de um governo que não realiza concursos públicos e lota os órgãos com contratações politiqueiras, fazendo daquilo que a lei diz que seria uma carreira um bico.

    O golpe em andamento deve ser contra a previdencia dos servidores estaduais; mais um pacotaço de cortes a ser tramado nos próximos meses; para o qual antigos adversários - que na questão do trevo do entroncamento chegaram a se comportar como antípodas políticos - agora estão se juntando, se alinhavando, se costurando, para viabilizar mais essa canalhice contra o servidor público estadual.

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  2. Francisco Márcio13/02/2015, 11:58

    A inveja ( ainda que parcial...) mata...

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    1. Eu não estou com inveja, porque agora, imagine, virou crime investir em um bom relacionamento.

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