Avaliações negativas de Dilma, Alckmin e Haddad sobem

Pesquisa do Datafolha publicada no sábado (7) aponta que os três maiores mandatários do Brasil, nos níveis federal, estadual e municipal estão de mal a pior na opinião dos seus respectivos eleitorados.

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No caso de Dilma Rousseff, reeleita há menos de quatro meses, o peso específico maior da subida da avaliação negativa é o escândalo da Petrobrás: para 52% dos entrevistados, a presidente sabia do que ocorria na Petrobras e deixou que os desvios ocorressem e para 82% dos entrevistados a corrupção na Petrobras prejudica a empresa.

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Para os paulistas, o governador Alckmin não se comporta de maneira transparente com a crise hídrica que assola o estado: 81% dos entrevistados acham que o governador foi negligente, só divulga o que lhe interessa e poderia ter feito "mais do que fez" para evitar a falta de água. É a seca, portanto, que pressiona o índice de avaliação negativa de Alckmin para cima.

Quanto a Fernando Haddad, o prefeito da maior cidade do Brasil e uma das maiores do mundo, o descontentamento é difuso: o prefeito, no terceiro ano de mandato, ainda não disse a que veio e dificilmente conseguirá dizer na segunda metade que lhe resta, pois a anunciada ajuda do governo federal, prometida na campanha, com a crise de contingenciamento imposta à União pelo governo de Dilma Rousseff, não virá com o torque necessário. A cidade de São Paulo não aceita soluções pequenas para os seus gigantescos problemas.

O Datafolha perguntou aos entrevistados quais os maiores problemas do Brasil: saúde e corrupção dividem, em percentuais tecnicamente similares, a cabeça do gráfico.

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Comentários

  1. Corre a "boca miúda" que a falta d´'agua deve-se ao excesso de lavação de dinheiro pelo PT.

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  2. Uma pergunta de futurologia: vc acha que o Eduardo Cunha pode se tornar a liderança nacional que o PMDB precisa pra deixar de ser um partido que só vive na sombra dos outros?

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    1. Não creio. A liderança do Eduardo Cunha é eventual e localizada na Câmara e ele mais divide do que une. Para unir o PMDB precisa ter amplitude federativa e ascensão sobre os senadores, que detêm a hegemonia do partido.

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  3. São Paulo, Sexta-feira, 27 de Agosto de 1999

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    "Fora FHC" divide oposição
    CLÁUDIA TREVISAN
    enviada especial a Brasília

    FLÁVIA DE LEON
    da Sucursal de Brasília

    Até mesmo o petista Luiz Inácio Lula da Silva contradisse a posição de seu partido durante discurso. "Só tenho uma discordância com o Brizola em relação à renúncia: renúncia é um gesto de grandeza e FHC não tem essa grandeza".

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  4. São Paulo, Sexta-feira, 27 de Agosto de 1999

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    "Fora FHC" divide oposição
    CLÁUDIA TREVISAN
    enviada especial a Brasília

    FLÁVIA DE LEON
    da Sucursal de Brasília

    A palavra de ordem "Fora FHC" deu o tom dos discursos na manifestação de ontem, mas ficaram claras as divergências entre os partidos sobre os caminhos para atingir tal objetivo.
    A postura mais radical foi a de Leonel Brizola (PDT), que defendeu a renúncia do presidente e do vice Marco Maciel e a convocação de eleições gerais.
    Brizola explicitou as divergências logo no início do ato. Quando ele chegava ao palanque, os líderes de outros partidos se preparavam para ir ao Congresso entregar o abaixo-assinado em favor da instalação de CPI para investigar a privatização da Telebrás.
    No momento em que o grupo deixava o palanque, o deputado Vivaldo Barbosa (PDT-RJ) chamou Brizola para acompanhá-los. O ex-governador foi definitivo na resposta: "Nós não vamos. Nós queremos a renúncia do presidente". No que foi obedecido pelos deputados de seu partido que estavam próximos, como Barbosa e José Batocchio (SP).
    "Não tem por que ir ao presidente da Câmara (Michel Temer). Ele faz parte da mesma rosca que está levando o Brasil ao desastre", disse Brizola.
    O presidente do PT, deputado José Dirceu (SP), tentou minimizar as divergências entre os partidos do Fórum Nacional de Luta, responsável pela organização do ato de ontem. "O importante é manter a unidade do movimento e continuar com o nosso calendário de manifestações."
    O PT defende a CPI da Telebrás e o posterior processo de impeachment, caso venha a ser comprovado que FHC agiu de forma irregular na privatização.
    A posição do PT não coincidia nem mesmo com a de seu braço sindical, a CUT (Central Única dos Trabalhadores). Vicente Paulo da Silva, presidente da entidade, defendeu a antecipação de eleições gerais.
    "Como o presidente mudou as regras do jogo para garantir sua reeleição, nós achamos que podemos mudá-las de novo para termos eleições", afirmou.
    A mesma linha foi adotada pelo PC do B. "Começa aqui a grande mobilização para que possamos, democraticamente, trocar de governo com novas eleições."
    Até mesmo o petista Luiz Inácio Lula da Silva contradisse a posição de seu partido durante discurso. "Só tenho uma discordância com o Brizola em relação à renúncia: renúncia é um gesto de grandeza e FHC não tem essa grandeza".
    Mais moderada, a deputada Luiza Erundina (PSB) defendeu a instalação da CPI e eventual processo de impeachment.
    Com ou sem impeachment, o certo é que todos pregaram mudanças na política econômica do governo, posição simbolizada pela palavra de ordem "Fora FMI". "Ou Fernando Henrique muda de modelo econômico ou o Brasil muda de governo. No voto ou nas ruas", resumiu Dirceu.

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    1. é pela privatização da telebras que hoje voce pode usando seu celular entrar e comentar neste blog....caso contrario voce estaria em um orelhão ligando pra radio pra pedir uma musica

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    2. é pela privatização da telebras que hoje voce pode usando seu celular entrar e comentar neste blog....caso contrario voce estaria em um orelhão ligando pra radio pra pedir uma musica! se a privatização ofi feita de forma errada ele deveria/deve ser punido

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