Com custo de R$ 4,92 bilhões, campanha de 2014 foi a mais cara da história do Brasil

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Reporta a Folha de S. Paulo que as eleições de 2014, que custaram R$ 4,92 bilhões, “foram as mais caras da história da democracia brasileira.”.

A matéria aponta a concentração da arrecadação em apenas três partidos: PT, PSDB e PMDB movimentaram 60% do valor total declarado à Justiça Eleitoral por todos os partidos e candidatos.

Os 17 mil candidatos a deputado estadual, em todo o Brasil, movimentaram, oficialmente, R$ 1,2 bilhão. Os candidatos a governador declararam R$ 1,1 milhão. Os candidatos a deputado federal, R$ 1 bilhão. Os candidatos a senador, R$ 252,8 milhões e os candidatos a presidente R$ 831,3 milhões. O restante foi declarado pelos partidos.

Como de costume, os gastos em publicidade representaram o maior custo das campanhas: praticamente 50% do total. Em seguida vieram as despesas com pagamento de pessoal e com custos de transporte.

As empreiteiras e empresas em geral foram as maiores doadoras, sendo que a JBS, dona do Friboi, com R$ 391 milhões, foi de longe a maior doadora da campanha de 2015.

Abaixo, um infográfico com os valores, em milhões, das sete maiores doadoras de 2014:

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Comentários

  1. Penso que estes números explicam tudo que está sendo iluminado pelos holofotes da justiça e da imprensa...e qual a solução para mudar este estado de infecção generalizada.....a palavra está com você Dr.Parsifal.

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  2. Agora entendo a origem do dinheiro que pagava as senhoras barrigudinhas do Guamá e Terrafirme para segurar bandeira para o Helder aos módicos 50 real.

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    1. E constate que até aí ele perdeu para o Jatene, que pagava, por trabalho semelhante, 200 reais.
      É que para quem está no governo a coisa flui com mais facilidade.

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  3. Aí eu não entendo pq vc defende o financiamento público. Em um país que falta dinheiro para o básico do básico, num sei porque se deve destinar recursos públicos para bancar carreata e bandeirola de político, que ficam cada vez mais caras.

    Os partidos deveriam ser tratados como uma associação qualquer, que se mantêm só com contribuição dos seus filiados, sem fundo partidário e horário gratuito na tv. Aí sim eles passariam a ter a obrigação de adotar uma ideologia definida e partir pra discussão de ideias.

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    1. O financiamento já é público. De onde você acha que vieram esses R$ 4,92 bilhões?
      O financiamento público oficial diminuiria isso para menos da metade e daria igualdade de oportunidade a todos.
      A representatividade política é democrática é pública e, como tudo, tem que ser custeada pelo erário. Não se iluda: em parte nenhuma do mundo partidos políticos são custeados por filiados e jamais serão, pois jamais haverá filiados suficientes para arcar com os altos custos de uma campanha.
      A reforma política tem que diminuir os custos das campanhas, diminuindo-lhes o período, restringindo os meios de publicidade, remodelando a forma de representatividade, e destinando as cotas financeiras através do fundo partidário que já existe.
      Fora isso, a próxima será mais cara que essa e a depois da próxima idem. E tudo com dinheiro público.

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    2. Meu caro apenas que não ganhou nestas eleições foi o povo. Com atual processo eleitoral ganham e muito com as eleições: marqueteiros, institutos de pesquisas e a mídia. E ainda vão ganhar ( e muito) os financiadores de candidatos que conseguiram vencer.

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    3. Meu caro apenas quem não ganhou nestas eleições foi o povo. Com atual processo eleitoral ganham e muito com as eleições: marqueteiros, institutos de pesquisas e a mídia. E ainda vão ganhar ( e muito) os financiadores de candidatos que conseguiram vencer.

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    4. Mas como o financiamento público vai reduzir pela metade? A partir do dia que em que aprovarem essa lei, o João Santana vai aceitar fazer o mesmo serviço pela metade do preço? O que vai acontecer é que ele vai receber dinheiro público (que vai fazer falta em áreas essenciais) duas vezes: oficialmente e pelo caixa 2.

      Se o partido não consegue arregimentar filiados suficientes para mantê-lo é porque as suas ideias não tem representatividade na sociedade. Sendo assim, que ele feche as portas. Porque a sociedade deve ser obrigada a sustentar quem ela considera que não possui soluções para atender os seus anseios? E por pensamentos assim que temos um caso como o do PSTU, que recebe 700 mil por ano e não tem sequer um vereador. E, enquanto ele tiver a sua disposição dinheiro público, nunca vai buscar alterar esse quadro e vai continuar sendo apenas um sanguessuga, um lugar para os seus dirigentes brincarem de campanha eleitoral, do mesmo jeito que crianças brincam de casinha. Isso é justo?

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    5. Acho que não fui claro: todo o dinheiro de todas as campanhas já é público. O João Santana já recebe oficialmente e pelo caixa 2, e tanto o oficial quanto o caixa 2 são públicos, pois o que as empreiteiras doam, por dentro e por fora, elas já receberam do Poder Público e, o pior, vão receber de novo, independentemente de quem ganhar, pois elas doam para todos os que têm chance de vencer.
      O financiamento público não retirará dinheiro de áreas essenciais, pois há dotações específicas para essas atividades. Bastaria remanejar 10% do que o Poder Público gasta, todos os anos, com publicidade em todo o Brasil e de 2 em dois anos teríamos cerca de R$ 5 bilhões para financiar todas as campanhas do Brasil e as campanhas publicamente financiadas não custariam isso e sim a metade, ou menos, pois uma reforma teria que cuidar de cortar os excessos.
      E não precisaria pagar só a metade para o João Santana: as campanhas presidenciais, embora eu ache isso um desperdício, continuariam tendo dinheiro para pagar o que ele cobra.
      A reforma política deverá trazer a cláusula de barreira exatamente para abordar casos de partidos que não conquistam representatividade nas eleições: eles terão o fundo partidário reduzido ou até suprimido, até conseguirem atingir o mínimo de representatividade, mas no momento da eleição terão que ter um mínimo para expor as suas ideias, que se não forem minimamente absorvidas, resultarão em prejuízo do seu sustento oficial.
      Pela sua opção não haveria partidos no Brasil e nem no mundo, pois em todo o mundo não há partido custeado exclusivamente pelo filiado, pois partido não é igreja, na qual você tem que pagar dízimo e sim instrumento de representatividade democrática e democracia tem custos.
      A outra opção é a supressão dos partidos e a implantação de uma ditadura e já vi (são sei se você viu, pois não sei a sua idade) esse filme. As ditaduras são mais caras que as democracias, mais corruptas, e principalmente, são sanguinárias e supressoras de liberdades individuais, pois se não forem assim não sobrevivem.

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