O Mindello morreu sem avisar
Eu estava embarcando no avião, na terça-feira (14), quando tocou o celular. Era o Mindello, amigo feito em priscas eras, nas mesas do café da Sol, quando, aos sábados, nos reuníamos na Dr. Moraes, onde hoje é a Fox.
Meu amigo Mindello!, saudei ao atender. De lá ele me convidava para um café na Deli: queria tratar um assunto. Retruquei que estava com o pé na escada do avião e que no outro dia, quarta-feira (15), ligaria para tomarmos o café.
Dia seguinte, pela manhã, liguei: fora de área. Liguei, em horários posteriores, mais umas três vezes: fora de área.
Pelo meio do dia o celular tocou e um amigo comum disparou, sem rodeios, assim que eu disse oi: “Parsifal, o Mindello morreu”. É claro que eu ouvi perfeitamente, mas retruquei incontinenti: “o que?! O Mindello, morreu?! Como?! Eu falei ontem com ele… (como se eu falar ontem com alguém fosse algum impeditivo para esse alguém morrer hoje).
O fato é que o Mindello morreu e, se é que há essa coisa de vida após a morte, o danado deve estar morrendo de rir de mim onde Deus o tenha posto: jamais saberei, pelo menos em vida, do tal assunto que seria tratado no café.
Que a terra lhe seja leve…
só em filmes é que avisamos...na morte real...não o fazemos...antes que se repita o fato..vamos tomar um café?
ResponderExcluirFique vivo até segunda-feira, para podermos tomar esse café.
Excluirhttp://jornaldetucurui.blogspot.com.br/2014/10/tratamento-oncologico-e-de-hemodialise.html
ResponderExcluir