Eleitoras complicadas, na Escócia…
Enquanto por aqui bicho de sete cabeças se faz contra emancipação de municípios e estados, pelo mundo afora são corriqueiros plebiscitos para dividir países.
O Canadá, por exemplo, de 10 em 10 anos, prazo mínimo para se dar tal votação, se vê às voltas com um plebiscito para dividir o país em dois, mais precisamente a parte francófona da parte anglo-saxônica, mas até o momento o “Sim” tem batido na trave.
É o que deverá ocorrer em 18 de setembro na Escócia, que~decidirá em um plebiscito se corta os laços de autonomia com a Grã-Bretanha (Escócia, Inglaterra e Pais de Gales) e se torna um país soberano.
A 14 dias do pleito, um dos maiores institutos de pesquisas do Reino Unido, o YouGov Plc, divulgou hoje (4) no “Times” que o “Não” tem 48% e o “Sim” tem 42% dos votos válidos.
Com tão apertado resultado, os próceres de ambos os lados voltam-se para as mulheres escocesas que, segundo o YouGov Plc, decidirão o plebiscito, pois dos 17% de indecisos, 78% são mulheres.
E pasmem (que inveja): essas mulheres indecisas, para decidir o voto, querem mais esclarecimentos sobre como ficará o controle das finanças, como será gerido o petróleo do Mar do Norte, a capacidade da Escócia de manter a libra esterlina como moeda oficial, como ficará o serviço de saúde e de educação (hoje gratuitos e universais), e se a Escócia continuará participando do programa nuclear britânico.
Se as mulheres já são complicadas, as eleitoras escocesas são mais complicadas ainda...
http://brasil.elpais.com/brasil/2014/09/01/opinion/1409579715_745984.html
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