Políticos, juízes e doidices

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A Justiça de São Paulo concedeu liminar ao deputado estadual paulista Luiz Moura (PT) que teve negada, pela convenção estadual do partido, a sua participação na chapa que aprovou os candidatos às eleições de 2014.

O PT suspendeu Moura porque, segundo investigação da Polícia Civil, ele participou em março de uma reunião com membros do PCC.

A decisão do juiz Fernando Camargo determinou o retorno do deputado ao PT e anulou a convenção, que também escolheu Alexandre Padilha e Eduardo Suplicy para concorrerem ao governo e ao senado respectivamente.

Caso a decisão judicial resistisse a um juízo superior, o PT não teria candidatos na eleição de outubro em São Paulo, pois o prazo legal para realizar convenções já expirou.

A teratológica decisão, além de descabida, foi lavrada por um juízo absolutamente incompetente para apreciar a matéria que, indubitavelmente, deveria ter sido interposta e decidida pela Justiça Eleitoral e não pela Justiça Comum.

Mas, como de resto na Terra, tem louco para tudo, resta ao PT de São Paulo recorrer da pesporrência do magistrado para que os pingos voltem ao is.

A judicialização das eleições virou o pote de ouro dos advogados eleitorais. Mais caras que os causídicos apenas as estratosféricas despesas do marketing.

As eleições no Brasil foram a fonte onde, em perspectiva premonitória, Machado de Assis bebeu para escrever “O Alienista”. Itaguaí é o Brasil, a Casa Verde é o conjunto dos comitês espalhados ao largo. Os loucos de todo gênero somos nós, os políticos e os magistrados que se arvoram em demiurgos.

Não há Simão Bacamarte do lado de cá do espelho.

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