Datafolha: Dilma continua na dianteira, mas 2° turno é o calcanhar de Aquiles da presidente

Pesquisa do Datafolha publicada ontem (17) à noite, realizada em 15 e 16 de julho, revela que, em avaliação de 1° turno, não há significativa mudança no humor do eleitor desde a pesquisa imediatamente anterior do instituto (1 e 2 de julho).

Abaixo os resultados obtidos pelos três principais candidatos ao planalto:

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Abaixo a média histórica das pesquisas Datafolha, desde fevereiro de 2014, que demonstra a preocupante queda de Dilma Rousseff, a lenta ascensão de Aécio Neves e o passo trôpego de Eduardo Campos:  

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Abaixo os resultados obtidos pelos demais candidatos em 15 e 16 julho:

Como o percentual obtido por Dilma Rousseff (36%) é o mesmo obtido pela soma dos demais candidatos (36%), é possível afirmar que haverá 2° turno, e é aí que reside o perigo para a reeleição da presidente, pois o percentuais obtidos, nas duas simulações, pela presidente, cada vez mais são aproximados àqueles conseguidos pelos seus contendedores, como demonstra a média histórica abaixo, desde 20.01.14 até 15.07.14.

> Cenário de 2° turno com Aécio Neves:

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> Cenário de 2° turno com Eduardo Campos:

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Os dois cenários acima desenham um trilátero que se vai fechando. Faz-se necessário que a campanha da presidente Dilma encontre uma fórmula capaz de romper o movimento das semirretas que marcham para se encontrarem em um vértice que lhe poderá ser fatal.

A presidente não possuirá giro de manobra anguloso para estancar a tendência do trilátero do 2° turno, se não romper a inércia em que se quedou a sua intenção de voto em 1° turno.

Pesa em seu favor, para o influxo, o tempo de televisão que o seu arco de aliança dispõe, que é de fartos 12 minutos, contra apenas 4 minutos de Aécio Neves e mero 1 minuto e meio de Eduardo Campos.

Em seu desfavor, para o fluxo, está a sua rejeição, que estoura a casa dos 30% e estaciona mesmo sobre a sua carenagem eleitoral (intenção de votos: 36%; rejeição: 35%), como abaixo se vê:

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Aos que torcem contra a presidente, ainda não há motivos para festas; aos que dobram os sinos por ela, ainda não os há para auto flagelação. As águas ainda vão rolar e ainda há muita palha de cana para voar.

O Datafolha ouviu 5.377 eleitores nos dias 15 e 16 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais. O  número de registro no TSE é BR-00219/2014.

Os infográficos são de Páffaro, para a Folhapress.

Comentários

  1. Parsifal, o futuro eleitoral pelas pesquisas está se desenhando para uma vitória do Aécio para o governo federal e vitória do Helder para o governo do PARÁ. Como o Barbalho pretende governar o estado sendo oposição ao PSDB, sabendo-se que os tucanos são piores que os petistas quando estão no comando.

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    1. Se os candidatos considerassem as dificuldades que, na situação ou oposição, fossem enfrentar ao serem eleitos, e encarassem isso como elemento de desânimo, garanto-lhe que não teríamos nenhum no páreo.
      O desenho, todavia, da corrida presidencial, não está acabado. Dilma tem torque para o influxo.

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    2. PMDB oposição??? huahauhahuah Cara, o PMDB é o partido que jamais será oposição ao governo federal. Vc acha que eles estão com o petê pq acreditam que é o melhor para o Brasil? Estão pq estão no poder. Basta trocar que eles trocam. E acredite, ninguem dispensa o apoio do PMDB, que é o maior partido do Brasil.

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    3. Outra coisa, o PMDB é um dos partidos mais fisiológicos do Brasil, portanto, só será oposição se não lhe for dada a oportunidade de ser situação.
      Mas..como em todo lugar, tem gente boa e gente ruim...

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  2. Como o percentual obtido por Dilma é o mesmo que a soma de todos os seus adversários (36%) é possível que a eleição seja decidida já no primeiro turno

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    1. É altamente provável que tudo seja possível.

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    2. Não deputado, baseado na pesquisa postada, e é isso que está sendo comentado, a possibilidade de decisão já no 1o turno é altamente considerável. Mas em política tudo pode acontecer. Sendo que neste caso (considerar que tudo pode acontecer na política), não há necessidade de se expor os números de uma pesquisa eleitoral. Note-se que na pesquisa anterior do Datafoha (antes da Copa) a soma de todos os outros candidatos superava as intenções de voto em Dilma. E agora apenas iguala. Por isso, uma das novidades dessa pesquisa é a possibilidade concreta de que a eleição seja decidida em primeiro turno. Fato que a Folha não noticiou e o blogger não percebeu.

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    3. E onde está escrito que eu discordei de você para que você inicie o comentário com um "não deputado"? Eu disse": É altamente provável que tudo seja possível.", o que significa que Dilma pode ganhar em primeiro turno, e no segundo idem.

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  3. Dilma será eleita no primeiro turno. Até o presente momento apenas a imprensa do PSDB, vulgo PIG, chegou nos lares brasileiros, defenestrando tudo que o governo federal fez nos últimos anos. Com o início do horário eleitoral e a consequente diferença de tempo entre a presidente e o fraco candidato da oposição, ainda com a presença do Lula, a vitória ficará mais próxima e certeira. No Pará o pleito é mais difícil, sendo decidido na prorrogação do segundo turno, haja vista a rejeição dos dois candidatos, Talvez tenhamos o primeiro governador nulo/branco da história.

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  4. Deputado posso estar enganado,mas creio que o candidato pastor everaldo chegará bem perto da casa dos 6%. É esperar para crer!!

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  5. Dep. Parsifal, qual percentual de rejeição um candidato a presidente ou governador não consegue se eleger ou reeleger?

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    1. Não é possível afirmar que um candidato não se elegerá ou se reelegerá baseado apenas na sua taxa de rejeição, pois outras variáveis devem compor a análise estatísticas.
      Todavia, um candidato cuja taxa de rejeição se assemelha a sua intenção de votos, deve impor mudança de marcha na sua campanha para descolar deste incômodo ponto.

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  6. Kkkk, eu me divirto com as referências tipo:PIG, Coxinha, petralhas, esquerda caviar etc. Como se houvesse alguma diferença entre eles...kkkk

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    1. Já que tudo é a mesma coisa, como explicar os 11 minutos de horário eleitoral para a Dilma e os 40 minutos de Jornal Nacional para o Aécio.

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