Veterano da II Guerra foge de casa para participar da comemoração dos 70 anos do Dia D

No dia 06 de junho de 1944, o general norte-americano Dwight Eisenhower, comandante em chefe das tropas aliadas na “Operação Overlord”, mais conhecida como “Dia D”, falou aos guerreiros que lutariam na maior operação de guerra da história:

"Soldados, marinheiros e aviadores da Força Expedicionária Aliada! Vocês estão prestes a embarcar em uma grande cruzada rumo àquilo para o qual nós nos esforçamos nesses últimos muitos meses. Os olhos do mundo estão sobre vocês. As esperanças e orações das pessoas de todo lugar que amam a liberdade marcham com vocês".

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> O veterano Jordan

No dia 01 de junho de 2014, Bernard Jordan, 89 anos, que participou do desembarque na Normandia, pediu permissão à casa de repouso onde vive para se fazer à Normandia. O médico da casa não o autorizou, devido a sua debilitada saúde.

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> A maior invasão de força bruta da história

A “Operação Overlord”, composta por exércitos dos EUA, Reino Unido e França Livre, é até hoje a maior invasão de força bruta da história: três milhões de soldados cruzaram o nervoso Canal da Mancha desde a Inglaterra rumo à Normandia.

O objetivo era libertar a França das garras do Führer, fazendo-o recuar à Alemanha, onde seria encurralado por baixo pelas forças aliadas e por cima pelo destemido Exército Vermelho, da Rússia.

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> Foge de casa

O veterano Jordan não se resignou com a ordem médica. Aos 89 anos e saúde frágil, pensou que talvez 2014 pudesse ser o seu último ano de vida: na madrugada do dia 05 de junho vestiu o uniforme cravejado de medalhas, cobriu-se com uma capa de chuva e fugiu da casa de repouso.

Após uma viagem de balsa de 7 horas, Jordan, já no dia 06 de junho - 70 anos depois do dia em que, aos 19 anos pulou de um anfíbio - pisou nas areias normandas e rumou ao paço onde chefes de estados de vários países comemorariam os 70 anos do Dia D.

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> 150 metros bailando com a morte

Os três milhões de guerreiros da coligação denominada “Força Expedicionária Aliada” desembarcaram ao longo de 80 quilômetros da costa normanda e imediatamente após o desembarque convergiram para uma zona delimitada entre Cherbourg e a foz do Rio Sena, o que os tornaria uma massa de ataque tão densa, que seria impossível represar.

Mas no trágico espaço de 150 metros desde o desembarque dos anfíbios, em praia aberta, até a primeira trincheira, o contra-ataque alemão fez a ceifadora bailar sobre a marcha dos aliados  arrebatando cerca de 48 mil guerreiros.

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> Os paraquedistas

O Dia D começou na véspera, quando paraquedistas da coligação foram lançados para tomar posições alemãs ao longo do percurso dos exércitos que chegariam a partir da madrugada do dia 6.

Foi o maior lançamento de paraquedistas da história: cerca de 20 mil soldados caíram do céu sobre a Normandia.

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As baterias antiaéreas do Führer abateram mais da metade dos 20 mil paraquedistas lançados, mas os que conseguiram formar os seus comandos em terra, tomaram as principais posições que guarneciam o litoral, estabelecendo as cabeças de ponte necessárias à proteção dos exércitos que desembarcariam no dia seguinte.  

> Missão cumprida

Bernard Jordan deu um bom trabalho aos diretores da casa de repouso onde mora, que ocorreu à polícia para participar o seu desaparecimento e distribuiu fotografias dele pelas vizinhanças.

Um veterano que participava com Jordan das comemorações, ao ler os anúncios do seu desaparecimento, telefonou à casa relatando que ele estava bem.

Diante da repercussão do caso na imprensa inglesa, Sua Majestade, a rainha, pediu à Marinha Real que aguardasse o final da comemorações e conduzisse o veterano para casa.

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Para ver fotografias do Dia D e o mesmo local da tomada nos dias de hoje, clique aqui.

Comentários

  1. "que se fazem além mar" "para se fazer à Normandia" o verbo fazer é onipresente nos textos... não dá para usar outros com o sentido pretendido?

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    1. Até dá, mas quando eu escrevo de uma só sentada, com pressa e não leio, pelo menos uma vez, o que escrevi, é isso que sai, no piloto automático.

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  2. a verdadeira batalha da segunda guerra foi travada no leste e a urss foi quem segurou a temivel maquina de guerra nazista por mais de 4 anos.onde a waffen-ss matavam sem discriminaçao o povo sovietico com o bjetivo de esterminar aquele povo.mas foram detidos plo grande general zurkov e vastutin e aniquilado as suas forças no grande cerco perto korsum-shevechkovskiy onde começou a derrota dos nazista.portanto as grandes batalhas aconteceram no leste europeu e não na normandia como querem fazer acreditar os americanos.

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    1. Houve grandes grandes batalhas na segunda guerra. Os russos e os ingleses foram firmes ao rechaçar as investidas de Hitler.
      O Dia D não foi, na verdade, uma batalha, mas um desembarque que se espargiu em várias frentes. E a retomada da França foi uma grande inflexão aos aliados como o foi a sua tomada para Hitler.
      O mérito do Dia D foi o movimento de tropas, algo jamais havido no mundo.

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