Suécia e Suíça rejeitam eventos internacionais de esportes em seus territórios

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Todos sabemos que a Copa do Mundo é ótima, para a FIFA. Mas aqui pra nós: será que se a Copa do Mundo fosse, também, boa para o país que a sedia, os EUA, de longe a maior economia do mundo, teriam perdido o evento de 2014?

Comentários

  1. De 191 países dois não aceitam, é um ótimo exemplo. 1.04% dos países do mundo não aceitam a Copa em seus territórios. A exceção virou regra?
    Você não está forçando muito a barra deputado???

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    1. 191 é a lista da ONU. Há mais países além daqueles reconhecidos por ela.
      Mas afirmar que dos “191 países dois não aceitam” é algo tão descabido que não somente “força a barra”: estraçalha-a.
      Você está absolutamente equivocado. Para 2014, por exemplo, dos 191, apenas 8 países se candidataram para sediar a Copa e para 2018, foram apenas 11 as candidaturas, que ao final foram reduzidas a 9, pois a Indonésia e o México retiraram as inscrições.
      Ou seja, a regra é não querer sediar a Copa, ou porque não tem R$ 30 bilhões para jogar no lixo (70% dos países não teriam esse dinheiro), ou porque, o tendo, preferem investir, mesmo, em melhorias para os seus cidadãos.
      O meu ponto de vista com as despesas da Copa e sustentação disso, não são “forçar a barra”: são apenas, e nada mais, que o meu ponto de vista, para tentar demonstrar como gastamos mal os recursos que arrecadamos.

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    2. Não é preciso a copa para demonstrar como gastamos mal os recursos públicos, segundo a FIESP no Brasil todo ano escorre pelo ralo da corrupção algo em torno de 69,1 bilhões em um ano, já a copa PODE atingir 30 bilhões de cinquenta em cinquenta anos. A copa não afeta negativamente a imagem do Brasil (pelo contrário), já a corrupção e a impunidade sim.

      Ou seja, proporcionalmente nos últimos cinquenta anos os gastos com a copa somam 30 bilhões, já o custo com a corrupção neste mesmo período (proporcionalmente) é de aproximadamente 3.455 trilhões.
      O deputado que me parece estar tão preocupado com os 30 bi gastos com a copa que acontece uma vez em 50 anos, deveria estar muito mais preocupado e exasperado ainda com os 69.1 bilhões que escoam pelo ralo da corrupção TODOS os anos.
      Respeito sua opinião, no entanto acho desproporcional a sua preocupação e indignação com os 30 bilhões gastos de cinquenta em cinquenta anos com a copa em comparação com os 69.1 bilhões roubados do país TODOS OS ANOS pelos corruptos.

      Este dinheiro roubado pelos corruptos (a maioria políticos), se investido em educação, por exemplo, poderia ampliar de 34,5 milhões para 51 milhões o número de estudantes matriculados na rede pública do ensino fundamental, além de melhorar as condições de vida do brasileiro.

      "O custo extremamente elevado da corrupção no Brasil prejudica o aumento da renda per capita, o crescimento e a competitividade do país, compromete a possibilidade de oferecer à população melhores condições econômicas e de bem-estar social e às empresas melhores condições de infraestrutura e um ambiente de negócios mais estável", diz o estudo da Fiesp.

      O relatório aponta também que, se o desvio de verbas no país fosse menor, a quantidade de leitos para internação nos hospitais públicos poderia subir de 367.397 para 694.409.

      O dinheiro desviado também poderia atender com moradias mais de 2,9 milhões de famílias e levar saneamento básico a mais de 23,3 milhões de domicílios.

      Para a área de infraestrutura, o relatório calcula que se não houvesse tanta corrupção, 277 novos aeroportos poderiam ser construídos no país.

      A Copa já foi, o que foi gasto foi gasto, mas a corrupção continua e até o fim de 2014 terá desviado somente este ano mais que o dobro de tudo o que foi gasto com a copa até agora.

      Vamos parar de chorar o leite derramado, pois a vaca caminha em passos largos para o brejo. O leite derramado é passado, já foi, a vaca é o presente e o futuro.

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  2. Deputado, já foi, o que teria que ser gasto já foi gasto a copa é irreversível e a maioria do povo aprova.
    Em vez de chorar a morte da bezerra, com razão ou não, acho que seria mais inteligente e producente aproveitar a oportunidade e passar uma imagem positiva do Brasil, e receber bem os turistas, mostrando ao mundo que os brasileiros amam o seu país e por isso não torcem contra em nenhuma circunstância.
    Vamos olhar para frente, não é saudável nem inteligente ficar olhando pelo retrovisor o tempo todo.

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    1. Temos sempre, em Copa ou não, que receber bem quem nos visita e sempre passar uma imagem positiva do Brasil, em quaisquer circunstâncias. Para isso não precisamos de Copa: o Brasil é um país hospitaleiro e de um povo alegre e otimista.

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    2. Não me parece que alguns políticos e os Black Blocs estão muito preocupados com a imagem do Brasil perante à opinião pública mundial.

      Realmente não precisamos da Copa para passar uma imagem positiva do Brasil, no entanto o Brasil durante a copa estará em evidência, os olhos do mundo estarão voltados para nós, e o que acontecer durante a Copa vai refletir negativa ou positivamente na imagem do País. Isso é fato.

      Também não precisamos de pessoas incitando e tentando manipular a opinião pública contra o evento, simplesmente por motivação pessoal e política.

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    3. Zeca,

      Apenas uma observação no parágrafo final do seu comentário.
      O único político que conheço que se manifesta contra a Copa sou eu mesmo e não há motivo pessoal algum nisso: eu tenho condições financeiras para ser um dos poucos 500 mil brasileiros (sim são somente 500 mil em 198 milhões que irão aos estádios, o resto vai ver na TV, o que é a mesma coisa se a Copa fosse no Japão ou em Júpiter) que poderão comprar um ingresso, pelos olhos da cara, portanto, eu não deveria mesmo estar reclamando.
      Todos os demais políticos são favoráveis e não tentam "manipular" a opinião pública contra o evento, pois isso lhes tiraria votos.
      Opiniões não são manipulações e todos os que as tem, como você, são livres para declara-las e dabatê-las sem que isso seja interpretado como tentativa de manipulação.

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    4. Concordo que nenhum político, com raras exceções, se manifestam publicamente contra a copa e contra a maioria da população, no entanto muitos torcem e mesmo conspiram para que manifestações (se as manifestações forem violentas melhor, e se houver vítimas fatais melhor ainda), com uma forcinha da grande mídia, consigam desgastar o Governo, como nas manifestações de julho/julho, reduzindo a vantagem da Presidente, pelo menos levando a eleição presidencial ao segundo turno, é o que eles nos bastidores chamam de "bala de prata".
      É evidente que alguns partidos políticos estão tentando sabotar a copa, por isso apoiam e mesmo financiam "secretamente" manifestantes violentos, já houve várias denuncias sobre isso.
      Como o Sr. sabe, o perigo não está no que os políticos fazem publicamente, e sim no que fazem e tramam nos bastidores.

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    5. Esta é questão puramente política e faz parte dela em qualquer lugar do mundo. A Copa e os seus eventos são pretexto, e que pretexto! Isso não quer dizer que os políticos são contra a Copa às escondidas e a favor em público: eles são a favor.
      Aproveitar, e maquinar para que incidentes ocorram durante o evento para desgastar politicamente a presidente é circunstancial.
      Não Zeca, o perigo não está apenas nos políticos: todos nós fazemos coisas no escuro que jamais faríamos à luz do dia. Os políticos não vieram de outro planeta: são vindos do meio da sociedade e trazem para a política os mesmos defeitos dela.
      Apartado o dito acima, a sua preocupação de eventos violentos na Copa desestabilizarem a reeleição da presidente Dilma é também minha e é uma real probabilidade, creio, todavia, que o "Levante de Junho" ensinou ao Planalto como não agir nessas ocasiões e o modo de administrar as manifestações, não as deixando cair em uma contenda entre a turba e o Governo Federal, poderá ser o antídoto da bala de prata.

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    6. É verdade Deputado, todos nós fazemos coisas no escuro (e em quatro paredes) que jamais faríamos à luz do dia. No entanto o que o cidadão comum e o simples mortal faz no escuro, afeta um número muito reduzido de pessoas, mas o que os políticos fazem no escuro pode afetar o país inteiro e até mesmo o mundo, principalmente se este político for influente e poderoso.

      Não dá para comparar as consequências das ações de um político no poder com as ações de um cidadão comum.

      Outra coisa, os políticos são uma classe social com interesses, moral, ética e condutas próprias da sua categoria, e não refletem a sociedade como um todo, apenas parte dela.

      Não dá para julgar a sociedade Brasileira pelo PCC, por exemplo, fosse assim chegaríamos à conclusão de que o povo brasileiro é composto por ladrões, assassinos, estupradores e traficantes.

      A maioria dos cidadãos entra na política com um único objetivo de ter poder e enriquecer fácil e rapidamente, uma profissão altamente lucrativa cuja classe está normalmente blindada pela própria justiça, cujo braço não as consegue (ou não quer) alcançar, o que normalmente lhes garante a impunidade, e relativa liberdade para a prática de crimes, em especial desvios de dinheiro público e enriquecimento ilícito.

      Não dá para julgar todo o povo brasileiro exclusivamente pelos políticos, as pessoas entram no PCC, por exemplo, para cometer crimes e ganhar muito dinheiro rapidamente, a maioria dos que entram para a política também, as áreas de atuação e a forma com que são tratados pela justiça os membros das duas classes sociais difere, mas a finalidade é a mesma... Enriquecimento fácil e ilícito. Claro que no caso dos políticos temos raras exceções, pessoas fantásticas e exemplos de dignidade e cidadania, o que não ocorre no PCC, mas no Brasil políticos sérios e íntegros são exceções.

      Enfim, julgar todo um povo apenas pelos representantes de uma classe social e por apenas um segmento da sociedade é um enorme engano, temos a classe política infestada de corruptos, temos o PCC composto exclusivamente por criminosos cruéis, mas também temos no Brasil milhares e milhões de pessoas íntegras, trabalhadoras e honestas, muitas destas pessoas dedicam suas vidas ao bem comum, ao próximo e à pátria, pessoas que não pertencem a nenhuma destas duas categorias citadas e outras do gênero.

      Portanto não tem cabimento dizer que a maioria dos políticos reflete em seu caráter e ações a sociedade brasileira como um todo, eles representam uma classe social e apenas uma pequena parcela do povo brasileiro.

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    7. O que eu quis dizer é que a pessoa não se transforma em corrupta porque se elegeu: já era antes e a diferença dos seus atos é a gradação das consequências.
      Cada classe social tem os seus próprios interesses morais, éticos, e adota as condutas correspondentes a sua classe, pois as classes são formadas por pessoas que, idem, não vieram de outro planeta.
      A classe política é blindada por quem? Pela Justiça? Os membros do Poder Judiciário, que blindam os políticos, vem de Marte? Não, são da Terra mesmo, saíram do seio da sociedade e levaram para a magistratura os seus defeitos e virtudes. E aí voltamos ao primeiro parágrafo: magistrados, também, não se tornam corruptos porque se tornaram juízes.
      Não dá para julgar ninguém por classes. Os julgamentos são individuais, de acordo à conduta pessoal de cada um, seja ele político, magistrado ou membro do PCC.
      Eu jamais emiti juízo de valor sobre o todo pelo particular. Sim, temos no Brasil “milhões de pessoas íntegras, trabalhadoras e honestas”, assim como temos milhões de pessoas imorais, vadias e desonestas e não somente na sociedade brasileira, mas em todas as sociedades, pois isso faz parte da diversidade humana.
      Os políticos refletem, sim, as sociedades que os elegem, pois a democracia é exatamente isso: o grau de representatividade mediano da sociedade, que é quem pode eleger ou não eleger, e ela faz isso segmentado os perfis que nela convivem e não há como ser diferente.
      Se há bandidos, vadios, corruptos, bicheiros et caterva, na sociedade, os haverá em todas as instituições e não somente nas políticas. E se há “pessoas íntegras, trabalhadoras e honestas”, as haverá, idem, nas instituições, inclusive na política.
      Os políticos não representam “uma pequena parcela do povo brasileiro”, eles representam o povo brasileiro. Se esse povo escolhe o que nele há de pior, que corrija o erro e comece a escolher, como deveria ser, o que há melhor, pois em um ou outro caso, o seu todo estará representado na parte escolhida.
      Esta é a teoria geral do Estado de Democrático de Direito e qualquer coisa diferente disso, como o maniqueísmo de isolar a classe política sobre o pretexto de serem uma facção alienígena, é negar um problema que atinge a todos nós, e subtrair a responsabilidade coletiva e difusa da nação, entornando-a no colo do Estado: nós, todos, somos o Brasil.

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    8. Certo Deputado, eu concordo em parte, os políticos representam politicamente o povo brasileiro, mas eu, por exemplo, não me sinto representado moralmente pelos políticos.
      Eu me sentiria profundamente ofendido se alguém dissesse que eu sou desonesto porque sou representado politicamente por um corrupto. Quer dizer que se o prefeito da minha cidade é desonesto, toda a população da cidade também é?
      Ocorre que em certos períodos as sociedades são dominadas por grupos e mesmo por máfias, como ocorre no Brasil neste momento, deixando a população praticamente sem opção, pois os candidatos são apresentados pelos partidos em listas fechadas, são os partidos (leia-se os caciques) quem escolhem os candidatos, ou seja, só resta ao povo escolher entre seis e meia dúzia. Para fazer parte destas listas e ser candidato, o político tem que ter a benção dos caciques e demais lideranças partidárias, ou seja, tem de fazer parte do mesmo grupo e comungar das mesmas ideias e “defeitos”, caso contrário ele pode até raramente conseguir ser candidato, mas não terá apoio, financiamento de campanha e será inevitavelmente sabotado.
      Não existe ninguém mais fácil de enganar e manipular que o cidadão honesto, pois normalmente o cidadão honesto acredita nas pessoas, pois julga o próximo por si mesmo. Nenhum político se elege dizendo que é corrupto.
      A máfia da política cria a ilusão da liberdade e democracia e ao mesmo tempo cerca o poder de tal forma que é quase impossível ao povo recuperar o controle. Muitas vezes o povo só consegue se libertar deste jugo através das revoluções, pela força das armas ou intervenções de forças estrangeiras.
      Existem pessoas desonestas em todas as classes sociais e segmentos da sociedade realmente, mas em alguns segmentos a imoralidade e a desonestidade predominam. Exemplo?
      Voltemos ao PCC, será que existe uma pessoa honesta e integra no PCC? Quase impossível.
      As pessoas compõem uma classe ou segmento social por nascimento, por questões econômicas e profissionais ou por opção no caso de comungar as mesmas ideias e aspirações. Fica difícil para um cidadão digno se dispor a participar da política partidária neste país, pois sabe que se não se comprometer com as máfias não terá dinheiro para a campanha, será sabotado dentro do próprio partido, enfrentará uma competição desleal com os adversários corruptos, dificilmente poderá contar com a Justiça, podendo inclusive comprometer a sua imagem e reputação.

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    9. Continuando, Mas se por um milagre o político honesto conseguir se eleger a prefeito ou governador, por exemplo, se quiser governar terá que comprar o legislativo e a sua presidência antes mesmo de assumir o cargo, ou será perseguido de todas as formas possíveis e imagináveis, e se der só um pequeno passo em falso que seja, terá seu mandato cassado impiedosamente e sem hesitação pelo legislativo ou pela justiça que nestes casos é rigorosa.
      Não é o caso de isolar a classe política e sim fazer o diagnóstico correto e sem floreios da doença. A primeira atitude para se livrar de um vício (e a política brasileira está viciada em corrupção) é admitir que o vício existe, neste caso temos que isolar (o ideal seria processar e prender, mas isso é pedir demais) sim os políticos corruptos. Justificar e transferir ao povo a responsabilidade pela corrupção dos políticos não me parece correto e esta atitude não resolve o problema, pelo contrário, se o povo brasileiro é desonesto e corrupto então o político julga ter o direito legítimo de roubar, afinal ladrão que rouba ladrão... E se eu não roubar, o outro colega político vai roubar, então...
      É preciso admitir que a classe política no Brasil está doente, perderam-se todos os valores morais e éticos, que estão totalmente invertidos, Na política corrupção é sinônimo de inteligencia, quanto mais desonesto e golpista mais inteligente o política, o político honesto é um idiota, um burro e motivo de chacota.
      Como esperar que cidadãos sérios queiram e se disponham a fazer parte da política nestas condições? No entanto e apesar de tudo tem uma minoria de pessoas sérias na política sim, são pessoas idealistas e patrióticas que querem mudar esta situação, no entanto as condições e o ambiente desfavorável os impede de atingir seus objetivos, mesmo assim de vez enquanto eles conseguem pequenas vitórias e impedem que o barco afunde de vez.
      É preciso reconhecer que a corrupção e a máfia política estão dominando este país e se infiltrando em todas as instituições. Os Juízes que vendem sentenças não são de marte, na verdade é uma minoria de terráqueos corrompidos, no entanto mesmo em minoria fazem um bom estrago e garantem a retaguarda jurídica e a impunidade dos corruptos. Os Juízes sérios que se atrevem a condenar políticos corruptos são isolados, perseguidos, não são promovidos, os governos não pagam os seus supermercados, sua casa, suas viagens, sua gasolina, seus motoristas e assessores, e muitas vezes estes Juízes honestos são assassinados. Ser Juiz sério e honesto no Brasil é uma tarefa árdua, ingrata, muito difícil e é quase suicídio.
      Volto a afirmar, um só segmento social não pode servir de parâmetro para a avaliação de um povo como um todo, pois todo segmento social tem características próprias, pois os seus membros se unem com objetivos e aspirações comuns. Um segmento criminoso é composto por criminosos, um segmento religioso por uma maioria religiosa e assim por diante.
      Infelizmente as maiorias dos que procuram a política no Brasil querem somente enriquecer rapidamente, os deficientes morais infelizmente é maioria na política brasileira, pois encontram nela um campo fértil e seguro para praticar seus crimes impunemente. Políticos corruptos podem até representar politicamente a sociedade, mas dai dizer que representam a moral da população brasileira são outros quinhentos.

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    10. Você remete o debate a crise de representatividade. O modelo sistemático do exercício e alcance democrático que serviu na formação do sistema não mais serve hoje, porque há uma lacuna entre o representante e o representado.
      Não há dialética na relação que você tenta elaborar: o fato do seu representante ser corrupto não significa que você seja. O vinho é feito de água e uvas, mas vinho não é água e nem uva, embora, para fazê-lo, seja necessário a presença dos dois. Para haver um político corrupto nas instituições, é necessário que tenha pessoas corruptas na sociedade e isso não quer dizer que você, que é honesto, torne-se corrupto no momento em que votou em um, pois a representatividade não é uma transferência de caráter.
      O sequestro do poder por classes é um fato que a democracia representativa não conseguiu resolver até hoje. Algumas tentativas resultaram em ditaduras que que instalaram sequestraram o poder suprimindo liberdades, portanto, isolar a classe política da elaboração social é um erro crasso, pois o núcleo do problema somos todos nós.
      No Brasil a mentalidade protodemocrática está no próprio representado, que quer votar em uma pessoa (o líder, o salvador) e não em um programa. Você mesmo resiste às experimentar novos modos. Ou você acha que, hoje, chega a ser sequer candidato quem o cacique não quer? Você repele em um possível futuro o que não acha que há no presente, mas há. Democracia é exercício e experimentação. O modo que praticamos hoje está comprovadamente exaurido, mas as pessoas que o condenam resistem a muda-lo, então fica como está.
      O PCC não é o Brasil e sim uma facção criminosa que faz parte do Brasil. Impossível a sua sustentação lógica em contrafação ao todo pela parte. Você não encontrará pessoas de bem no PCC, assim como você não encontrará um engenheiro operando um paciente em uma sala de cirurgia, mas como no Brasil há facções criminosas e engenheiros é claro que haverá políticos ligados a facções criminosas e engenheiros, assim como a evangélicos, católicos, umbandistas etc: os parlamentos são o retrato do Brasil e não há como fugir disso.
      O sistema político atual está exaurido porque a sociedade, embora tenha o seu lado bom e o seu lado ruim, está escolhendo mais pessoas do lado ruim para representa-la. Ou mudamos o sistema ou vai continuar assim.
      E você continua isolando um problema que não é possível isolar: os políticos representam sim a moral mediana do povo brasileiro.
      O brasileiro é tão bipolar moralmente, que aceita corrupção quando essa o favorece e a condena quando não ganha nada com isso; negocia o seu voto; propõe desonestidades ao interlocutor para aferir ganhos, mas se vê outros aferindo o que não logrou seu, se indigna; suborna guardas de trânsito; pede atestado falso ao médico; pede para políticos fraudarem concursos públicos para serem nomeados na frente; suborna o agente do sistema de leitos do SUS para conseguir um leito na frente; e assim por diante. E isso não é minoria: é o famoso jeitinho brasileiro, já avalizado por cientistas políticos e sociais através de pesquisas e estudos profundos da formação da nossa gentilidade.
      Uma recente pesquisa do Ibope revelou que 63% dos brasileiros se declaram capazes de uma atitude desonesta para aferir ganhos e justificam isso em um dos lados da nossa bipolar moral: se não fizerem outros fazem.

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    11. Parece que os argumentos deste debate estão se exaurindo, pois se percebe que já estamos "andando em círculos" sempre voltando à mesma questão. Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Quem é o responsável pela corrupção, o político ou o povo que vota nele? Ou os dois são um só. Ser ou não ser, eis a questão...
      Acho que o corrupto é mesmo o povo, vejo agora que estou enganado sobre eu mesmo, sempre me considerei um cara honesto, pelo menos mesmo imperfeito eu tento ser, mas agora percebo que estou enganado, se sou brasileiro sou corrupto, não tem como fugir, está no meu DNA e na minha natureza, eu me tornar um ladrão assumido é só uma questão de tempo e de oportunidade.
      O político é apenas uma pobre (ou rica) vítima das circunstancias, seu único pecado é ter nascido no Brasil e fazer parte de uma sociedade de degenerados. Sendo assim a justiça erra quando prende (raramente) um político corrupto, pois ele é brasileiro, portanto a corrupção está em seu gene, ele não é responsável e nem tem o controle sobre seus impulsos criminosos e sobre seus atos, apenas faz o que é da sua natureza. Neste caso estamos sendo injustos para com os Juízes que vendem sentenças, eles não são desonestos, apenas fazem justiça aos corruptos, à culpa é da natureza (ou de Deus) que os criou degenerados e imorais.
      No entanto, mesmo resolvendo a questão da corrupção que passa a ser considerada cultural e genética (se tem um culpado é Deus) na sociedade brasileira, resta ainda à questão da justiça e da igualdade. Ora para que haja igualdade de fato e para que não haja injustiças, será preciso legalizar o roubo e a corrupção, para que TODOS os brasileiros tenham o mesmo direito que os políticos de enriquecer desviando verbas públicas com impunidade e sem ser incomodado pela justiça. De cara economizaríamos bilhões/trilhões esvaziando os presídios e delegacias de todo o país, ao mesmo tempo resolveríamos a questão da carga da folha de pagamento do funcionalismo no orçamento dos governos, pois os governantes poderiam congelar os salários do funcionalismo e para compensar, liberar o recebimento de propinas nos órgãos públicos.
      Não é justo que o ladrão comum e o ladrão político tenham tratamento diferenciado, já que somos parte de uma sociedade corrupta e a desonestidade está em nosso DNA. Diante dos fatos o correto seria sem dúvida alguma a descriminalização da corrupção no Brasil, assim todos roubando de todos, estaremos de acordo com a nossa natureza e ao mesmo tempo repartindo com os todos os cidadãos brasileiros as riquezas do país. Seria impossível a igualdade, pois os políticos por serem mais “profissionais”, experientes e espertos continuariam roubando mais que os outros, no entanto o cidadão comum poderia também ter a sua participação na “festa”, e teria direito à sua parte no butim, sem ter que se preocupar com a Lei e sem temer cadeia. Finalmente a liberdade, a democracia e a justiça plena...

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    12. Você desistiu, e só é vencido quem desiste. Mas resolveu desistir da pior maneira possível: esbanjando desconectividades e jogando ao chão tudo o que construiu ao norte.
      Não há povos corruptos porque corrupção não é característica fisiológica e sim elaboração psicológica e as pessoas não se sentam em uma poltrona para resolverem se serão, ou não, desonestos: sim, o ser humano é produto das suas circunstâncias é são as elaborações históricas e sociológicas que formam estas circunstâncias porque a vida não é uma mera elaboração cartesiana e cada pessoa dentro de um conjunto (nação) está intrinsecamente referida a essas circunstâncias, pois são elas que formam a nação.
      Mas se você se esforça por ser honesto, esse é o ponto, pois honestidade é exercício e atitude e quanto mais zecas esforçados em atitudes honestas houver no Brasil, maior a probabilidade de zecas brasileiros chegarem à política e se manterem no esforço e quando a maioria do povo brasileiro for composta de zecas a maioria dos políticos farão esforço para exercer as suas atividades honestamente, e é nesse rumo que o Brasil caminha e vai chegar, pois o ser humano, na sua essência, é bom, é a sociedade mal conduzida, que o corrompe. Nós somos o Brasil, nós somos o problema, nós somos a solução.

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    13. Não houve desistência e sim a utilização do sarcasmo como forma de demonstrar indignação. O sarcasmo foi utilizado para dar o sentido oposto do que eu estava dizendo.

      Você escreveu: "o ser humano, na sua essência, é bom, é a sociedade mal conduzida, que o corrompe. Nós somos o Brasil, nós somos o problema, nós somos a solução."
      Este pensamento nos leva a um ponto de convergência em nossos pontos de vista e fecha com chave de ouro o nosso debate.

      Um grande abraço de um amigo que tem orgulho de ser brasileiro.

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    14. O sarcasmo é sempre uma desistência e não um argumento, pois ele encerra a lucidez. Não creio que tenha havido divergências, apenas suplementação: você estima o perfil do problema; eu apenas evidencio a gênese dele.
      Todos temos orgulho de ser brasileiros, mesmo aqueles que acham que o Brasil não tem jeito, quando se confrontam com o desafio de construí-lo, orgulham-se dele.

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  3. dep. quando o anaisse voltara da licenca p tomar posse do seu posto de deputado

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    1. Você está algo desinformado sobre a vida política do seu estado. O Anaice não é deputado. Ele não se elegeu em 2010.

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  4. Providing health care for all workers and their families is a very good way
    to improve the benefit that workers receive for
    the worst forms of work, to render workers less vulnerable, and to express social and.
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  5. Sou brasileiro com muito orgulho. E sou contra essa copa da Fifa aqui em nosso território. ainda bem que Belém ficou de fora, o caos seria maior.
    Torço pela seleção brasileira, mas sei das limitações a partir da segunda etapa da copa. Esses investimentos seriam melhores aplicados na saúde, educação e segurança em todas as capitais brasileiras, com a fiscalização dos MPs e TCUs.

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  6. Sei que agora é inócua essa discussão, mas se fosse feito um plebiscito, será que seria aprovada. Mistérios ....

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  7. No Brasil, não precisava de plebiscito. A Copa seria aprovada por maioria absoluta. Lembra quando Belém perdeu a Copa? Quase mataram a Ana Júlia. Amazonas inteiro delirou pela vitória de Manaus. Copa não é salvação, mas também não é pra arruinar um país como o Brasil. Será sim positiva para o país, apesar da torcida contra. Em tempo: nem todos os países teriam condições de sediá-la. Por isso muitos não se candidatam.

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    1. Há 63 países que têm condições de sediar a Copa e que recebem o convite da FIFA sempre que se abrem as candidaturas. Historicamente, apenas entre 8 e 12 se candidatam e alguns, no decorrer das exigência$ da FIFA, desistem da candidatura.
      O futebol, por ser um esporte originalmente popular, é uma beleza para qualquer país; a Copa do Mundo é uma beleza ainda maior - para a FIFA.

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  8. Deputado é cada bobagem que esse liberal publica que eu já parei de ler a muito tempo,

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  9. Ricardo o algoz07/03/2014, 17:34

    Quer ver o que é erário jogado no ralo: Deputado "jesus" Pontes, nesses últimos 1.161 dias como deputado, quantos Projetos de lei você apresentou e quantos já estão em vigor?

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    1. Aleluia!!
      Eu não faço projetos de leis e dou parecer contrário a 98% dos que são distribuídos a mim para apreciar, pois todos são inconstitucionais.
      O Brasil não precisa de mais do que a Constituição e dos 12 códigos e regulamentações correlatas para o arcabouço jurídico nacional: 99% das ações e decisões judiciarias são baseadas neles.
      E por que o “Aleluia!!”? Porque finalmente eu concordo com você: o dinheiro consumido pelas assembleias legislativas e câmaras municipais são “erário jogado no ralo”.
      Como você é leitor assíduo do blog, já leu que eu propus aqui – e disse isso na tribuna da Alepa – que as assembleias estaduais e câmaras municipais só se deveriam reunir, ordinariamente, três meses no ano – e seus membros serem pagos apenas nesses meses - para apreciarem as três únicas leis necessárias no Estados e municípios, que são o Plano Plurianual, a Lei das Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento e, extraordinariamente, quando necessário, e no necessário não pode estar 90% da atividade “ordinária” dos parlamentos estaduais e municipais que é aprovar títulos de cidadão, comendas, e honra ao mérito.
      Mas eu já aprovei sim, projetos meus: um deles foi o famoso substitutivo do 366, que deu um enorme trabalho para o governo anterior, e ainda dá para esse, pois não conseguiram reunir as prestações de contas da forma como previsto. E todos os PPAs, LDOs e Orçamentos, foram minuciosamente relatados por mim, nas três vezes em que fui incumbido de faze-los, até que os governos rogaram aos seus respectivos líderes que não mais me dessem as peças para relatar, pois eu modificava o que lhes era de mais caro, como verba de publicidade, por exemplo.

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  10. Uma lástima pessoas torcerem contra o país. E foram muitos os países que se candidataram para sediar a copa de 2014. Apenas na América do Sul foram três; a Comenbol escolheu o Brasil, apesar da Colômbia insistir até o último dia. E apenas na lista final havia onze países, depois de 53 candidaturas eliminadas. Vamos espalhar informação e não boatos.

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  11. Houve 64 países na lista inicial. Na América do Sul havia três países interessados. A Comebol escolheu o Brasil para representar o continente, apesar da Colômbia insistir até o último dia da inscrição pela candidatura. Na lista final, havia 11 países. É melhor divulgar informação e não boato, coisa comum para políticos. Além do que é ridículo boicotar um processo que começou em 2003 e em 2007 o país foi escolhido. Por que não protestaram lá naquela época. Imbecilidade ao extremo nacionais torcerem contra a nação por causa de partido político. Coisa de gente estúpida. Vá para a Europa ser enxotado de lá como cachorro! Político não merece respeito. Qualquer deles.

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    Respostas
    1. Respeite para ser respeitado. Aqui não se está discutindo política e nem políticas e sim a conveniência de despesas com um evento.
      Você não precisa ser grosso e mal educado para manifestar a sua opinião: ela é tão bem-vinda aqui quanto são as opiniões dos que pensam diferente de você e, como você, têm o direito de opinar de outra forma. Argumentos se textualizam com inteligência e não com truculência verbal.
      A sua informação sobre o número de países que se candidataram para 2014 está errada. Pelo sistema de rodízio continental de países da FIFA, em 2014, apenas os países do Continente Americano, e o Cone Sul, poderiam se candidatar. O número de 64 países você inventou ou copiou de informação errada, pois nem que pudessem todos os países do mundo se candidatar, não há no planeta 64 países que preencham sequer os requisitos da inscrição.

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