Propinoduto Tucano: Serra sob investigação e conselheiro do TCE-SP com conta na Suíça

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Creio que as agências de notícias nacionais pactuaram a blindagem do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), no “Propinoduto Tucano”, pois as manchetes só são negritadas quando o bico de José Serra, ou outro tucano de alta plumagem é evidenciado.

> José Serra

A ISTOÉ dessa semana que José Serra é investigado, em dois procedimentos, pela Procuradoria-Geral de São Paulo, por suposto envolvimento “com a máfia dos trilhos”.

Reporta a ISTOÉ, citando o promotor Marcelo Milani, que “todas as licitações de determinado período (que compreende o governo Serra) foram baseadas em atos ilícitos”.

Prossegue a revista que, em depoimento à Polícia Federal, o ex-dirigente da Siemens, Nelson Marchetti, afirma que “foi pressionado pelo próprio governador José Serra a desistir de medidas judiciais para anular a vitória da espanhola CAF, em um certame”, ou seja, a CAF é quem estava “acertada” para vencer.

Afirmou ainda, Marchetti, que a cúpula do governo de José Serra propôs à Siemens que “as empresas se acertassem entre si e a Siemens fosse subcontratada para tocar um terço do projeto”.

Em outra ocasião, relata Marchetti, agentes de Serra patrocinaram um encontro em São Paulo, “entre executivos da Alstom, dirigentes do Metrô e da secretaria de Transportes Metropolitanos”, cujo prato de resistência era incentivar a Alstom e a Siemens a se associarem para vencer uma licitação.

Aí estão os ingredientes que o elástico entendimento do STF, em primeiro julgamento do mensalão, enxergou a formação de quadrilha, destituída nos embargos infringentes.

> Robson Marinho

E para apimentar mais o “Propinoduto Tucano”, reportou ontem (9) a “Folha de S. Paulo”, que a “Suíça enviou aos investigadores brasileiros cópia do cartão de abertura da conta secreta em Genebra do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Robson Riedel Marinho, ex-chefe da Casa Civil do governo Mário Covas (PSDB)”, também investigado nos longos trilhos que têm rendido enxaqueca ao tucanato paulistano, que está aboletado há 20 anos no governo de S. Paulo.

Na conta nª 17321-1, do Credit Lyonnais Suísse – Credit Agricole, o atual conselheiro do TCE-SP recebeu generosos depósitos que somam US$ 1,1 milhão.

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Segundo o Ministério Público Federal, o valor é, por suposto, proveniente de propina da Alstom durante os governos Covas e Geraldo Alckmin.

Comentários

  1. Os tucanos exploraram o quanto podia o Mensalão do PT, no que estavam certos. Que tem culpa, que pague por seus atos. Agora, como o pau que dá em Chico, dá em Francisco, é a vez deles, os tucanos, purgarem as suas culpas. No nosso sistema político viciado, de transparência zero, onde todos toleram com subserviência cúmplice aleivosias das mais diversas, é hora de chamar às falas que tem culpa. De alta, ou menos densa plumagem. Nunca vai dar certo se praticarmos indulgência com bandidos de estimação, como fez o PT e agora será vez do PSDB fazê-lo. Isso não melhora um sistema político onde se vê como uma festiva alegoria o fisiologismo do " baixo clero " com suas nanicas siglas de aluguel. Periga a sociedade assimilar a moral relativa de grande parte dos nossos políticos, encastelados em postos sempre ávidos por Emendas Parlamentares, indicações de seus pupilos para cargos chave, onde se recebe com uma mão escondida recursos e benesses das mais diversas origen$. A frase do Stanislaw Ponte Preta " ou restaure a moralidade ou locupletemo-nos todos " nunca foi tão pertinente quanto agora. Pode até ser que o Brasil tenha jeito, mas o sistema é feito para as coisas não darem certo. Desde o Fiat Elba do Collor pra cá, não passa um semestre sem que maracutaias dos mais diversos matizes venham à luz.

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  2. Não foi a Folha, mas sim o Estadão que reportou a notícia. Contra os tucanos, a Folha apenas segue o estadão pra não ficar feio. A própria ombudsman, com outras palavras, já abordou esse comportamento da Folha.

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