Sensação de insegurança

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Na Mensagem do Governo à Assembleia Legislativa 2014, Simão Jatene leu que, em 2013, o governo aplicou, incluindo pagamento de pessoal, R$ 1,5 bilhão na área de segurança.

Traduziu o bilhão: 14 Unidades Integradas Pro-Paz, construção e reformas em unidades da PM e Polícia Civil, inauguração do Centro de Polícia Científica de Itaituba, aquisição de 19 lanchas para o grupamento fluvial e aporte de “mais de 1.500 carros” (quantos são? 1.501? 50.000?), aumento de vagas no sistema carcerário e formação “de mais de 2.000 novos” (de novo o “mais de”. O Governo não possui o controle dos seu números?) policiais militares para “breve”.

Segundo Jatene “tudo isso” propiciou “a redução dos principais indicadores de criminalidade”, mas a “sensação de insegurança” continua, por culpa dos “oportunistas e insensatos”.

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Para mostrar que a insegurança é potencializada pelos “oportunistas e insensatos”, Jatene pega a calculadora: os homicídios eram 3.400 em 2010 e em 2013 foram “só” 3.187, ou seja, ano passado assassinaram-se 8,7 pessoas por dia no Pará.

> Fora da Mensagem há uma realidade

A aritmética envergada pelo governador é pronto desconstituída pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública: entre 2011 e 2012, o “número de homicídios dolosos no Pará saltou de 1,1 mil para 3,2 mil casos”, o que relata incremento de 186,6% em um ano e coloca o Pará como o 2° estado com maior aumento nessa grandeza, à frente apenas do Amapá, com 193,9%.

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O Anuário revela ainda que de 2000 a 2010, “o número de mortes por armas de fogo quintuplicou” no Pará, saindo de 500 mortes anuais para 2,6 mil, o que revela um crescimento de 398,5%, quando a média decenal do Brasil foi de 11,2 %.

Os números constatam a ineficácia dos tucanos no comando da Segurança Pública, pois dos 10 anos referidos eles estiverem à frente do Governo por 7.

A “sensação de insegurança” está tão asseverada que, diante da sensação de barulho do tiros, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado programaram uma audiência pública “para discussão do aumento expressivo no número de homicídios dolosos no Estado”.

O evento está marcado para o dia 21.02 e lá deverão comparecer os representantes do sistema de Segurança do Estado, para repisar os números do paço, que já não mais são diversionismo suficiente para ludibriar a matemática do fracasso.

Será que se os “oportunistas e insensatos” pararem de revelar a sensação de insegurança os índices da criminalidade diminuirão?

Comentários

  1. A imagen da casa toda cercada e o marido pedindo cobertura,é a mais pura realidade,pois antes de sair de casa com o carro,peço para minha esposa e meus filhos ficarem de olho no sistema de cameras,vendo se tem alguem suspeito por perto,e a noite ao por o lixo é a mesma coisa,olho na camera...muito bem ilustrado essa realidade

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  2. Dep. Quem cunhou esta famigerada frase "sensação de insegurança" foi o desastrado ex-secretário de insegurança do 1 governo jatene, Manoel santino

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  3. na verdade esse Secretario de segurança publica, é uma farsa.

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  4. Deputado,
    Existe secretario de segurança publica no Governo Jatene?

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  5. Segundo Jatene, tudo não passa de uma encruzilhada civilizatória. KKKKK

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  6. Cadê a segurança publica, prometida pelo Jatene, durante a campanha eleitoral. Percebe-se que foi tudo lorotice.

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  7. Um Estado cujo governador, tem o apelido de "Preguiça", não tem como dar certo.

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  8. Deputado. Sou de Castanhal e vim hoje na Alepa no gabinete do deputado Marcio e ouvi o seu pronunciamento sobre segurança pública. Já tinham me dito que o senhor fala bem e do mesmo jeito que escreve, mas vi hoje que quando o senhor fala é melhor e convence mais. Mas o senhor bate muito seco e pesado. É cada marretada que deixa qualquer um mofino. E o senhor apresenta dados e diz as fontes. O senhor decora os seus pronunciamentos antes de fazer?

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    1. Não se trata de decorar, pois não sabemos de antemão que assuntos irão surgir e serão debatidos em Plenário. Mas exige leitura, entendimento, e, aí sim, se quiser citar números, ter de cor a grandeza deles e as fontes, para que os interlocutores possam, se quiserem, conferir a veracidade da informação.

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  9. Muito triste a situação do nosso Estado. Temos uma Polícia Militar e Civil totalmente despreparadas, com comandos fracos, submetidos a uma Secretária de Segurança informal e igualmente despreparada. Uma Segurança Pública refém de uma Empresa ligada a todo tipo de ilegalidades. Se a Delta retirar os veículos locados ao Estado, as Polícias farão suas rondas de pé. Vergonha

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  10. Ao anônimo das 16:56, rondas a pé são uma das formas mais eficientes de segurança porque estimulam a interação entre os policiais e a comunidade. Talvez o grande resquício da ditadura, tenha sido retirar o policial da rua e colocá-lo dentro de uma viatura para que pudesse, mediante acionamento (CIOP), chegar mais rápido ao local da ocorrência, operando assim uma base territorial maior. Modelo norte americano implementado nas décadas de 60 e 70. Agora restam alguns questionamentos. Isso acontece??? O CIOP funciona??? As viaturas estão "chipadas"??? Qual o tempo médio de atendimento??? Qual a efetividade dessa reatividade??? Qual o custo financeiro desse sistema??? Sem essas informações não podemos avaliar a validade dessa forma de policiamento, ainda mais quando parece ser o carro chefe do sistema de segurança (além dos helicópteros é claro). Muito menos comparar com outras alternativas, ou pelo menos, numa visão holística, uma rede de medidas, dentre elas a transparências das informações e o necessário planejamento integrado entre a inteligência e a operacionalidade. Deputado o que o senhor acha de um planejamento suprapartidário com vistas a estabelecer um verdadeiro pacto pela segurança pública, construído entre todos, de maneira democrática e acima de tudo legítima: a médio e longo prazo. Ex.: o chefe de polícia de NY permaneceu por mais de 10 anos no cargo, superando inclusive mudanças políticas. Está na hora de se montar uma base estável para trabalhar esse assunto, chega de medidas requentadas.

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  11. Calçada compartilhada, BRT, faixa exclusiva, ronda a pé são todas boas ideias e com certeza devem ser medidas que geram resultados positivos á população, mas quando são feitas com planejamento, organização. O que eu entendi do posicionamento do anônimo das 16:56 é que as rondas seriam feitas a pé por não dispor de veículos.

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  12. Nobre Deputado,
    dos 4 anos do governo anterior o sr, e o seu Pa$tido, estiverem a frente com o governo por pelo menos 3 anos. Neste Governo, o sr , e o seu pa$tido, estiveram a frente com o governo por 2 anos e meio. Quer dizer, nestes quase 6 anos de governo também do seu pa$tido, quais os projetos,ações, planos do PMDB para diminuir a violência? ou o sr só é do governo quando inaugura uma delegacia? Ou não resolveu porque não deve ser tão fácil resolver, uma vez que violência é uma epidemia brasileira, ou não resolveu porque seu pa$tido nunca teve e nunca terá projeto de desenvolvimento pro estado. Ou ambas as coisas, quem sabe? O Sr, fala como se nunca governo tivesse sido.

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    1. Você deve estar brincando ou ignora totalmente a sua própria ingenuidade ao supor que o PMDB no governo Ana Júlia e Jatene esteve algum dia "na frente" de políticas, decisões de Estado ou de governo. Os seus $$, idem, são moeda sem valor, pois se você tem certeza de que o que nos interessa são os cifrões, poderia concluir que a barca foi abandonada exatamente pela ausência deles. Eis o problema de tentar arguir contrapontos sem a cabeça: contradições.
      Há 20 anos, quando o PMDB deixou e governo do Pará, os índices eram menores que a média nacional e não os absurdos acima dela que são hoje.
      Quando o PMDB for governo novamente e não conseguir diminuir esses índices e, por suposto falhar nesta missão, cobre as resultados do PMDB e coloque os seus cifrões nele e não em qualquer outro partido. Por enquanto, jogue os cifrões em quem está com a chave do cofre no bolso e atire as demandas de políticas e soluções em quem está sentado no trono, se é que tem alguém lá.

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  13. Não estou conseguindo responder aos comentários postados, o senhor poderia verificar se existe algum problema? Obrigado

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    1. Aqui não aponta nenhuma tentativa não conseguida de comentário do mesmo IP. Pode ter sido um problema temporário do Blogger.

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  14. Taí o que escrevi ontem....sobre os veículos....e pior porque segundo a reportagem dava para ir caminhando do quartel até o local do crime...agora se você não tiver a resposta exata de quem deveria atender o chamado, então essas viaturas são só para passear com o giroflex ligado...

    Uma família foi feita refém por três homens na madrugada desta sexta-feira (14), no bairro de Canudos, em Belém. Um casal de idosos, duas mulheres e uma adolescente estavam na casa no momento em que três assaltantes derrubaram a grade da casa e entraram com o objetivo de assaltar.

    Outros membros da família, que não estavam em casa no momento da entrada dos bandidos, chegaram logo e depois e, percebendo o arrombamento, acionaram a polícia, que não foi imediatamente ao local. Antes que a polícia chegasse, os assaltantes sairam da casa atirando para intimidar os familiares que estavam do lado de fora e outros vizinhos que já se aglomeravam em frente ao local.

    A polícia só chegou depois de acionada pela reportagem do jornal Diário do Pará, depois que os assaltantes já tinham fugido. Muito nervosos, os membros da família vítima do assalto ainda não tinham um balanço do que foi levado pelo bando. A residência assaltada fica há 100 metros de um quartel da Polícia Militar.

    (DOl com informações do repórter fotográfico Antônio Melo/Diário do Pará)

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