DECEA, órgão da Aeronáutica, proíbe operação na pista principal de Val-de-Cans com chuva

O Departamento de Controle de Espaço Aéreo (DECEA), órgão ligado à Aeronáutica e ao Ministério da Defesa, emitiu determinação que dá total razão à TAM, no problema que a aérea suscitou para restringir pousos de suas aeronaves em Val-de-Cans durante chuvas.

Shot017

O documento, emitido na última sexta-feira (17), declara que a pista principal do aeroporto internacional de Belém não pode ser utilizada em dias de chuva de moderada para forte, pois a pista, nessas condições, apresenta acúmulo de água que coloca em risco a segurança das operações.

A determinação alcança todas as aéreas que operam em Val-de-Cans.

> Reforma recém concluída a custo de R$ 5,6 milhões

A pista em tela, de 2,8 mil metros, teve a sua reforma concluída em 15.12.2013, a um custo à Infraero de R$ 5,6 milhões e, pelo constatado pelo DECEA, a emenda ficou pior que o soneto, pois antes da reforma a TAM sempre pousou com chuvas e jamais fez restrições a ela, ou seja, o contribuinte pagou R$ 5,6 milhões para tornar a pista inútil no inverno pesado de Belém.

A emissão do DECEA, a priori, significa que os passageiros das outras duas aéreas, GOL e AZUL, que estavam pousando com o acúmulo de água na pista principal, rompiam a linha vermelha que divide a segurança do risco.

Resta à Infraero apurar-se para dizer ao distinto público o nome da empresa que escangalhou a pista e cobrar dela que coloque a pasta de volta ao tubo, e ao MPF, que já instaurou procedimento, cobrar a responsabilidade legal de quem de direito, pelo transtorno difuso que causado.

Comentários

  1. Ou seja daqui pra fentre pousar aqui em Belém vai ser um prêmio da loteria divina. Pois pelo não ouvido a TAM depois dos gritos voltou a pousar, pois as chuvas de moderadas a forte não deixaram de fazer pressença.

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  2. Patricia Bittencourt Neves20/01/2014, 18:30

    Parsifal,
    É muito preocupante, o setor aéreo que tradicionalmente é tão bem controlado, regulado, fiscalizado e o mais seguro, começa a apresentar problemas desta natureza, colocando em sério risco a segurança dos usuários. É de uma irresponsabilidade sem fim. Não podemos levar para o aeroviário os tristes índices de acidentes e mortes que convivemos com o setor rodoviário. O Senhor como parlamentar pode contribuir muito. Abraços.

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    1. Olá Patricia,
      Assim que a ALEPA retornar farei um requerimento à Infraero pedindo informações e providências.
      Li a sua entrevista no Diário. Ótima. Infelizmente estamos em uma etapa da vida republicana na qual as "soluções" são elaboradas por quem vai fazer as obras e não por quem vai ser o usuário dela, através de discussões com os que têm aptidão para pensa-las. A República ainda não amadureceu o suficiente para ouvir pensamentos e ainda não aprendeu que tecnologia não se importa: adapta-se. Por isso teremos um "BRT" deformado.

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    2. Patricia Bittencourt Neves21/01/2014, 22:46

      Muito obrigada. Este comentário, vindo do Senhor, me deixou lisonjeada. Também tenho uma visão otimista de nossa República, um dia a gente aprende, por enquanto nossa mobilidade ficará restrita a um "BRT" deformado (gostei disso!). Desejo muito sucesso este ano.

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  3. Quando a INFRAERO não era gerida por politicos quem fazia reparos, manutenção e prolongamento das pistas era a COMARA-Comissão de Aeroportos da Região Amazônica orgão pertencente ao Comando da Aeronáutica e nunca estas pistas ficaram interditadas. Sinal dos tempos! Falando nisto qual a firma que fez estas obras e quem fiscalizou deveriam ser anunciados.

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    1. Segundo o MCB (comentário 5) a empresa foi a Geoplan. Mas farei essa pergunta à Infraero.

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  4. Caro Parsifal. A Infraero é velha conhecida como reduto de transações pouco confessáveis. O absurdo é que a Azul e a Gol, como vc bem diz, se equilibraram entre a temeridade e a irresponsabilidade pura e simples. Porém, se a República, a essa altura de nossas vidas, ainda não amadureceu o suficiente para ouvir o contraditório, que raio de República é essa? E que raio de República irresponsável é essa então, que faz de conta que recebeu uma obra em condições de uso pelo otário do contribuinte que paga o fausto dessa República madrasta? Quantas vidas ficaram em risco, meu caro Parsifal? É de muito bom alvitre que vc requeira à Infraero informações sobre mais esse descalabro. Só que nós dois sabemos muito bem que as respostas serão evasivas, tergiversando como sempre. Não por acaso, hoje o senhor Moreira Franco, Ministro da Secretaria de Aviação Civil, com a sua habitual cara de sonso, disse que não sabia do atraso em obras nos aeroportos das cidades que receberão jogos da Copa do Mundo. Já se tem até o custo estimado - que vai furar, claro - para puxadinhos nesses mesmos aeroportos. Na toada que vai, seu moço, essa República não vai amadurecer nunca. Nem que se coloque carbureto em seus fundilhos, como se faz para amadurecer frutas temporãs.

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    1. Creio que amadurecerá, se não por si mesma, ela será amadurecida na marra e quem resistir apodrecerá.

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  5. Postado no seu Blog em 14 de janeiro de 2014 05:52
    VAL-DE CÃES TROCA UM CÉU DE BRIGADEIRO POR UM CEO QUE BRIGA


    Curto e grosso, as pistas possuem pontos críticos , Infraero e Anac sabem , dos serviços contratados de recuperação do pavimento não foi executado mais que 30% embora a revitalização nas outras áreas onde não tem espessura para correção do acumulo de água chegou a 90%.

    Desde 15 de Dezembro que forças ocultas na junção de Infraero e Anac protegem a empresa contratada ao mandarem paralisar a obra para que o cronograma físico financeiro não cause prejuízos financeiros a GEOPLAN , o motivo é simples no inverno a produção em pavimentação asfaltica cai para menos de 50%.

    A TAM já teve um problema serio aqui em Val-de-Câes que não causou outro dana a não ser aos pneus que estouraram por pericia do piloto, isso aconteceu com o voo procedente de Brasília no final da tarde do dia 8 de janeiro de 2012 e noticiado com exclusividade no Diário do Pará.

    Tal fato foi que gerou o conhecimento de que as pistas do Val-de-Câes não eram seguras quando havia precipitação pluviométrica “INDEPENDENTE DA INTENSIDADE” , os pilotos para realizarem um pouso com segurança tem que PASMEM tocar o solo de maneira que se a aquaplanagem acontecer ( e acontece) de maneira intensa a aeronave se direcione ao lado onde a película tenha menor espessura!

    Como apenas a área onde a aeronave ( ponto de contato inicial) toca o solo foi recuperada ,qual o motivo que faz Infraero e Anac não obrigarem a empresa a retomar seu trabalho,quem deveria ser protegido , o lucro da empresa GEOPLAN ou a vida dos passageiros?

    A TAM quer que o CÉU espere por seus passageiros, mas o CEO das outras não podem esperar pelo lucro!



    ((((MCB))))

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    1. Olá meu amigo MCB,
      Guardei o seu comentário, que você aqui repete, para usar trechos dele no pedido de informaçães que farei a Infraero quando os trabalhos na Alepa reiniciarem (04.02)

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  6. Garanto que a empresa NÃO concluiu os 2800 metros contratados!

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