Justiça Federal determina o envio do inquérito do Propinoduto Tucano para o STF

propin

Os tucanos dançaram um fandango ao acusar o ministro da Justiça de carenar as denúncias do “Propinoduto Tucano”, enviando à PF uma carta apócrifa, levianamente traduzida, colocando no mesmo trem o principal secretário do governador de S. Paulo com deputados federais do PSDB, como supostos beneficiários de propinas.

Alegaram os ranfastídeos que as “calúnias” visavam esfumar as prisões de príncipes do PT, no termo do mensalão.

> Diversionismo

Tentar desqualificar as evidências de um dos maiores escândalos de corrupção da República – as cifras podem alcançar R$ 1 bilhão – por conta de dois parágrafos tergiversados em uma carta de 5 laudas, é um diversionismo cretino (carta em inglês aqui – em português aqui).

A carta é apócrifa e por si não tem poder de prova. Mas a PF não se podia furtar a investigar as evidências contidas e, diante da gravidade das tintas, querer que o ministro da Justiça a desprezasse no lixo é uma inutilidade dialética.

Ademais, os termos da carta foram confirmados no depoimento do ex-diretor da Siemens, Everton Rheinheimer, que tratou delação premiada para ver se safa a pele.

> MP: contratos superfaturados

Tucanos graúdos podem ser atropelados se a “Teoria do Domínio do Fato” não valer só para o PT e for manejada com o mesmo torque do mensalão, principalmente depois que o Ministério Público requisitou que o Metrô de São Paulo suste a execução de 10 contratos que somam R$ 2,5 bilhões.

Os contratos são “coincidentemente” com a Siemens, a Alstom e a Bombardier, e o MP viu evidências de superfaturamento, porque “os preços pagos por trens reformados são superiores ao custo de um trem novo, o que seria injustificável”.

> Foro privilegiado

Ontem (10) a Justiça Federal de S. Paulo encaminhou o inquérito ao STF, o que supõe envolvimento de autoridades com foro especial. Alega o despacho que “as investigações apontam que o governo paulista teve conhecimento e avalizou a formação de um cartel para a licitação da linha 5 do Metrô de São Paulo”.

Os casos relatados vão de 1998 a 2008: o período é das gestões de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, todos do PSDB.

> Udenismo

O PT e o PSDB abusaram do discurso moralista e se tornaram vítimas de denúncias recíprocas: acabaram sendo a mais prefeita tradução do udenismo, o que, aliás, com o depauperamento da atividade política, acabou sendo o padrão de qualquer oposição.

Inobstante, o udenismo não é um mal como meio, e se é isso que ambos têm a oferecer, que misturem-se e o eleitor que cuide de puxar a descarga ou conviva com a fedorentina, porque nós, políticos, além de termos sete vidas, se matadas todas as 7, parafraseando Churchill, ainda temos o poder de ressuscitar.

Comentários

  1. e o nosso amigo Z?? ganhou um desconto de 10% e ta achando a melhor maravilha do mundo!!

    ResponderExcluir
  2. Por um Brasil-Cidadão.
    http://www1.folha.uol.com.br/colunas/eliogaspari/2013/12/1383815-um-banho-de-brasil-para-a-fifa.shtml

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Popular Posts

Mateus, primeiro os teus

Ninho de galáxias

O HIV em ação