Governo Federal gastou R$ 24 bilhões com propaganda nos últimos 18 anos

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Dados publicados pelo Governo Federal dão conta que, em dez anos na presidência da República, o PT despendeu em propaganda, em números redondos, R$ 16 bilhões.

Os oito anos do reinado de FHC na República, segundo dados garimpados pelo jornalista Fernando Pedreira, consumiram como propaganda, na mesma base, R$ 8 bilhões.

Tanto os números despendidos pelo PT quanto pelo PSDB estão atualizados aos dias de hoje.

Em termos comparativos, o tucanato deitou ao ralo (evidentemente que tem gente aparando a grana no fim do tubo) uma média de R$ 1 bilhão por ano, e o petismo, idem, R$ 1,6 bilhão por ano.

O andar dessa carruagem, não vislumbrando viva alma que possa chegar à Presidência e fechar a torneira, é possível inferir que em 2020 a União estará despendendo cerca de R$ 2,4 bilhões por ano com propaganda.

> O que poderia ser feito

Os valores que o PSDB e o PT gastaram com propaganda nos últimos 18 anos (R$ 24 bilhões) seria o suficiente para:

1. Fazer a transposição do Rio São Francisco, que até hoje não foi concluída, três vezes. O valor da obra está calculado em R$ 8,2 bilhões.
2. Dobrar a malha metroviária da área metropolitana de São Paulo e fazer mais cinco monotrilhos iguais ao que está sendo construído de Congonhas ao Morumbi.
3. Se esses R$ 24 bilhões fossem contingenciados para subsidiar o transporte público em São Paulo, as tarifas poderiam ficar congeladas por 50 anos.
4. Pagar durante 16 meses todas as obras do PAC em todo o Brasil.
5. Construir 200 hospitais regionais da categoria do Metropolitano de Belém, em todo o Brasil.
6. Construir 100 aeroportos de médio porte em todo o Brasil.

As hipóteses são infinitas: é só imaginar o que o Brasil precisa e ver o que poderia ser feito com R$ 24 bilhões.

> No Pará

Em 08.05.2013, com a intenção de colocar os pingos nos is da propaganda no Pará, protocolei no Gabinete Civil do Governo do Pará, um pedido de informações sobre os gastos do atual governo com propaganda. O governo ainda não se dignou a responder. Se um dia eu receber a resposta, postarei aqui.

Comentários

  1. Francisco Márcio12/08/2013, 21:39

    Deputado, com esse seu discurso, fico ansioso para votar em Sua Excelência quando for candidato ao chefe do Executivo.

    Já pensou na alegria desse plebeu. Vou ter um político preocupado em não esbanjar em propaganda, e preocupado com o que realmente poderia ser feito.

    Pena que eu leio um blog, e lá ensinam, que Suas Excelências são tudo farinha da mesma mandioca ( com todo respeito ).

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    1. Vote sempre em quem lhe prometer menos, pois a sua decepção será menor.

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  2. Gosto de ver aqu, deputado, sua posição quanto ao gasto em propagana pro parte dos Governos, sejam Federal, Estadual o Municipal. Assino em baixo. Agora, meu caro deputado Parsifal, gostaria tambem de ver aqui qual a sua opinião quanto a político do nosso Estado que, roubando dinheiro público, montou um verdadeiro império de comunicação por essas bandas.

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    1. Com fortunas que as unidades da Federação, despejam nas empresas de comunicação, quem, na verdade rouba para construir impérios de comunicação é quem paga e não quem recebe.
      O que o governo atual está pagando para o grupo Libera, se fosse dado para mim, ou para você, construiriamos algo do mesmo tamanho.
      Não há, no Brasil, impérios de comunicação que não tenha sido construído com dinheiro público. Portanto, isso não é prerrogativa se políticos.

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  3. Deputado, o povo está tão descrente com a política que na verdade não sabe quais os políticos estão bem intencionados ou não. Não sou de generalizar, e acredito que existam políticos comprometidos com o Povo, mas são a minoria.

    No Congresso Nacional existem bancadas para todos os gostos: bancada universitária, bancada dos planos de saúde, bancada dos defensores dos interesses de fazendeiros, etc. Só não existe a bancada do povo.

    O Povo brasileiro ainda não aprendeu a votar. Isso que dizem é pura mentira (talvez um status para animar), porque se tivesse um fundo de verdade o Senador Fernando Collor não seria Senador hoje. Ele nunca mais seria eleito a nenhum cargo político, assim como vários outros políticos profissionais que imperam no poder e mamam nas tetas do governo.Isso não vai ter fim.

    Apesar de meu pai - nascido em 1904 - ter tido pouco estudo me ensinou muita coisa sobre política e história. Paranormal, não é? No inicio eu ouvia as histórias, e parecia que não surgiriam efeito em um primeiro momento - isso só apareceu bem depois. Hoje sou um verdadeiro apaixonado por política. Costumo dar palpite se achar que é útil para alguma coisa. É por isso que estou aqui.

    Sou pedreiro por necessidade. Sou pedreiro porque sou filho de um país que não me deu valor como deu para o Assaltante do Trem Pagador (inglês), que viveu no Brasil sem nunca ter sido incomodado por ninguém.

    O que me incomoda é saber que tenho 40 anos e o mercado de trabalho me acha obsoleto. Isso acontece por causa a população exagerada que temos, fruto de decisões de políticos (ou falta delas) que não estão nem aí com o Povo porque o interesse é legislar em causa própria.

    Não sou nenhum intelectual, longe de mim, mas, nas histórias que já li, aprendi que desde que o mundo é mundo sempre existiu a casta superior massacrando a casta inferior e a usando como massa de manobra

    Deputado, eu não o conheço como conheço o Senador Cristovam Buarque - homem comprometido com a educação -, eu teria que acompanhá-lo para saber quem o senhor verdadeiramente é. Tudo isso que externei aqui é só a minha opinião de um modo generalizado.

    Ah! O Assaltante do Trem Pagador coloquei em letra maiúscula de propósito, por achar que ele merece mais do que nós... brasileiros.

    Foi um prazer entrar em contato

    Renato de Carvalho
    renatodec@gmail.com

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  4. Deputado, o povo está tão descrente com a política que na verdade não sabe quais os políticos estão bem intencionados ou não. Não sou de generalizar, e acredito que existam políticos comprometidos com o Povo, mas somente a minoria.

    No Congresso Nacional existem bancadas para todos os gostos: bancada universitária, bancada dos planos de saúde, bancada dos defensores dos interesses de fazendeiros, etc. Só não existe a bancada do povo.

    O Povo brasileiro ainda não aprendeu a votar. Isso que dizem é pura mentira (talvez um status para animar), porque se tivesse um fundo de verdade o Senador Fernando Collor não seria Senador hoje. Ele nunca mais seria eleito a nenhum cargo político, assim como vários outros políticos profissionais que imperam no poder e mamam nas tetas do governo. Isso não vai ter fim.

    Apesar de meu pai - nascido em 1904 - ter tido pouco estudo me ensinou muita coisa sobre política e história. Paranormal, não é? No inicio eu ouvia as histórias, e parecia que não surgiriam efeito em um primeiro momento - isso só apareceu bem depois. Hoje sou um verdadeiro apaixonado por política. Costumo dar palpite se achar que é útil para alguma coisa. É por isso que estou aqui.

    Sou pedreiro por necessidade. Sou pedreiro porque sou filho de um país que não me deu valor como deu para o Assaltante do Trem Pagador (inglês), que viveu no Brasil sem nunca ter sido incomodado por ninguém.

    O que me incomoda é saber que tenho 40 anos e o mercado de trabalho me acha obsoleto. Isso acontece por causa a população exagerada que temos, fruto de decisões (ou falta delas) de políticos que não estão nem aí com o Povo porque o interesse é legislar em causa própria.

    Não sou nenhum intelectual, longe de mim, mas, nas histórias que já li, aprendi que desde que o mundo é mundo sempre existiu a casta superior massacrando a casta inferior e a usando como massa de manobra

    Deputado, eu não o conheço como conheço o Senador Cristovam Buarque - homem comprometido com a educação -, eu teria que acompanhá-lo para saber quem o senhor verdadeiramente é. Tudo isso que externei aqui é só a minha opinião de um modo generalizado. (não generalizo políticos)

    Ah! Coloquei o Assaltante do Trem Pagador, em letra maiúscula de propósito, por achar que ele merece mais do que nós... brasileiros.

    Foi um prazer entrar em contato

    Renato de Carvalho
    renatodec@gmail.com


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    1. O seu foco da política é o mesmo que todos temos quando as coisas não andam conforme idealizados, e nesse diapasão não há ninguém no mundo satisfeito com os políticos que tem e isso é necessário, não como uma constatação de desesperança, mas como um motivo para continuarmos buscando o político ideal e o Brasil ideal.
      Atente que os universitários, os donos de planos de saúde, os fazendeiros, e todas as classes laborais, inclusive os pedreiros, prostitutas, advogados, médicos, engenheiros, é que formam o povo, e cada classe tem os seus próprios interesses no tecido democrático, portanto não está errado haver no Congresso deputados e senadores que defendam os interesses daqueles, pois assim o fazendo estão defendendo os interesses do povo e esta é a essência da representação.
      Se os representantes desviam-se dos interesses dos representados não é defeito da democracia ou uma comprovação de que “o povo” não sabe votar e sim um desvio de caráter e falta de compromisso de quem foi eleito, e a democracia dá, de 4 em 4 anos, a oportunidade do povo corrigir os rumos e se os interesses de uns são mais fortes que os interesses de outros e os mais fortes reconduzem os seus representantes, isso também não é um defeito da democracia, mas do tecido social.
      Mas é indubitável e inegável que o Brasil, e o povo brasileiro, tem melhorado muito com o exercício da prática democrática. Em 1904, quando o seu pai nasceu, o Brasil não estava entre as 10 maiores economias do mundo, o analfabetismo alcançava 80% do povo, os nossos índices de mortalidade infantil era o triplo de hoje, o acesso à saúde e à educação era de apenas 5% da população e o nosso nível de industrialização se resumia a manufaturas de café e açúcar.
      De lá para cá o Brasil seu saltos educacionais econômicos e de qualidade de vida a ponto de sermos a 6ª economia do planeta e estarmos entre as 50 nações com melhor qualidade de vida do mundo.
      Ainda é pouco para o nosso potencial, mas o seu pai deixou para você, apesar das dificuldades apontadas, um Brasil melhor do que recebeu do pai dele, e você deixará as seus filhos um Brasil melhor do que recebeu do seu pai.
      Isso se deve a um conjunto de fatores onde está incluída a política e os políticos, pois sem a política não é possível sistematizar as potencialidades de um país. Os maus políticos existem como existem maus universitários, maus médicos, maus advogados, maus pedreiros, maus enfermeiros e más pessoas.
      A política não muda o caráter de um profissional, apenas revela-o. Uma pessoa não se corrompe porque se elegeu, foi o eleitor que elegeu um corrupto. E isso é um problema de não saber votar? Não. Apenas equívocos do processo democrático, que com o exercício eletivo tende a diminuir.

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    2. Concordo em parte.

      Concordo sobre as diferenças do Brasil de 1904 e de hoje. Muita coisa mudou, mas até aí o senhor não disse nada porque já se passaram muitas décadas e o resultado não poderia ser diferente ou então estaríamos em outro planeta.

      Não concordo quando o senhor quer colocar palavras como se eu as tivesse dito, como quando se referiu ao "defeito" da democracia. Eu não disse isso.

      Que o povo não sabe votar é fato. E reafirmo isso porque não fico sentado numa cadeira em um escritório, alheio ao que acontece lá fora. É só chegar a época de eleição que isso se torna notório

      Não acredito, como o senhor disse, que fazendeiros e outros provindos das classes sociais privilegiadas têm a intenção de fazer alguma coisa pelo Povo. Se alguma coisa acontece é porque é inevitável. Vou dar um exemplo do que estou afirmando: a Lei Penal é do jeito que é porque se for endurecida,como é nos EUA, o político corrupto terá o mesmo tratamento que o Povo (pobre). Por outro lado, o Código de Defesa do Consumidor é eficaz porque o político também consome e pode ser lesado.

      A lei diz que ninguém será preso, senão em flagrante delito. Eu pergunto: Qual o político que é pego em flagrante? NENHUM. É por isso que a Lei é feita prevendo ações futuras de políticos ladões. ESTOU FALANDO DE QUEM ROUBA. NÃO ESTOU LHE IMPUTANDO ESSE DEFEITO.

      De acordo com o que já li - e isso é história - houve um tempo em que se distinguia o Povo pobre da elite deste país, Quando, só depois, se resolveu generalizar e chamar tudo de Povo. Na verdade a elite a qual o senhor diz que faz parte do povo, só existe na teoria.

      Não tive a intenção de ofendê-lo.
      Pela resposta senti que o senhor repudiou meu ponto de vista quando falei de uma forma geral.

      Renato de Carvalho. Verdadeiramente do POVO.

      Ah!!! Já estava esquecendo. Quem defende tantas bancadas elitistas e não dá opinião favorável sobre uma bancada que defenda o Povo é porque não tem compromisso com quem espera mais do que um saco de cimento ou uma cesta básica.

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    3. Há países que progridem, há os que regridem e há os que, embora progredindo, têm nível de crescimento baixo e não acompanham o crescimento de outros países, distanciando-se nos índices de crescimento comparativo. Portanto, poderia ser diferente, sim.
      O Brasil progrediu não por conta de progresso vegetativa “porque já se passaram muitas décadas”: houve implemento acima da média, notadamente nos últimos 30 anos.
      Eu não disse que você acha defeitos na democracia: opinei que “se os representantes desviam-se dos interesses dos representados não é defeito da democracia”.
      Não faço parte da corrente que culpa o termômetro pela febre, e acho preconceituoso emitir um juízo tão descabido com as pessoas, como se apenas eu, ou você, soubéssemos exercer o nosso direito de voto e os outros não.
      Não está escrito que “fazendeiros e outros provindos das classes sociais privilegiadas têm a intenção de fazer alguma coisa pelo Povo”. O que afirmo é que todas as classes sociais e patronais fazem parte do povo brasileiro e têm o direito de eleger representantes que defendam os seus interesses.
      Nos EUA, os casos mais graves, que têm pena de prisão perpétua e pena de morte, são alardeados na imprensa, e grande parte das pessoas acha que a lei penal nos EUA é dura por isso, o que não é verdade: menos de 0,5% dos crimes lá são punidos com uma daquelas penas e 90% das delinquências não são punidas com reclusão e sim com penas alternativas.
      O problema no Brasil não são as leis, mas a morosidade do Poder Judiciário. A lei é uma só tanto para o rico quanto para o pobre. Como o acesso ao Poder Judiciário é caro, o rico acaba tendo maior taxa de sucesso, mas isso não ocorre apenas do Brasil: os EUA são iguais ou piores nesse quesito, pois 86% da sua população é de negros e pessoas de baixa renda. No Brasil esse percentual é ligeiramente menor.
      A prisão em flagrante não foi inventada para não prender políticos porque nenhum deles é flagrado. A prisão em flagrante existe desde o Direito Romano e está em todos os códigos penais do mundo. E não é só políticos que não são presos em flagrante: apenas 5% dos presos judiciários são presos em flagrante. O flagrante é algo difícil de ocorrer, porque quem vai cometer o crime não faz propaganda de hora e lugar.
      Elite, rico, pobre, remediado, branco, preto, mulato, mameluco, índios, e todas as etnias que nascerem no Brasil, formam o povo brasileiro. Todos são necessários e cada um tem o seu devido papel no tecido social. Cabe ao Estado garantir que todos tenham o básico para viver e acesso à cidadania, e o Brasil cada vez mais se aproxima disso. É notória a entrada de pessoas nas classes de consumo sólido no Brasil: nesse quesito não perdemos para nenhum país de PIB similar.
      Não cometa o equívoco de achar que o povo verdadeiro é você, porque você não é da elite econômica. Como opinei acima, o povo brasileiro é composto por todos os que aqui nasceram e até daqueles que não nasceram aqui, mas vieram e se nacionalizaram.
      Você faz parte do povo brasileiro, assim como o médico, o fazendeiro, o bicheiro, a prostituta, o gay, o católico, o evangélico, o rico, o pobre, etc: o Brasil somos todos nós juntos, inclusive quem recebe cestas básicas, porque, com certeza, delas precisa.
      Fique tranquilo em colocar as suas opiniões, pois elas não me ofendem: opiniões são exercícios de intelectualidade e quem se ofende com tal exercício não deveria ser político.

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