Dom Carlos Cachoeira

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O depoimento secreto (cujo inteiro teor já está na internet) à “CPMI do Cachoeira” feito pelo delegado Raul Souza revelou a face violenta do “empresário de jogos”.

Contou o delegado aos membros da CPMI que Cachoeira não só grampeava como mandava sequestrar pessoas do seu grupo para punir traições.

O delegado revelou um caso concreto que apurou no inquérito (que embora, também, sigiloso já está na internet há cerca de um mês): “em 19 de abril de 2009 um determinado funcionário foi sequestrado e mantido em cárcere privado em razão de desconfiança de Carlos Cachoeira de fraudes no recolhimento de máquinas caça níqueis".

Apontou os executores do crime: “o policial militar Jairo Sousa e Idalberto de Araújo, o Dadá”.

O Dadá é aquele mesmo que foi flagrado em conversa telefônica com o deputado Protógenes Queiroz, onde ambos combinavam como obstruir a justiça.

Comentários

  1. Qual o seu problema com o Protogens Queiroz nobre Deputado? Por que não se preocupar com a pilhagem do dinheiro público na casa para o qual o senhor foi eleito? A CPI da Alepa o senhor era e é contra, na do Cachoeira o senhor se diverte. Estás vendo a necessidade de uma CPI? Independente do picadeiro (pode ser realizada em sala fechada) traz a tona muita coisa que a populacao precisa saber.

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    1. Eu não tenho problema algum com Protógenes. Apenas sublinho hipocrisias, ou seja, é preciso colocar em negrito pessoas que querem ser os donos da moral da nação e praticam delitos na escuridão.
      Quanto a ALEPA, você deve estar acompanhando que o MP já ofereceu 44 denuncias penais e 4 de improbidade pedindo ressarcimento e não precisou de CPI para isso.
      Da mesma forma, não precisa de CPI para o MPF faça o seu trabalho no caso Cachoeira, pois a PF já apurou tudo e já entregou um inquérito com mais de 10 mil páginas e 40 horas de gavação, que aliás já está nas mãos da imprensa e postado na net para quem quiser baixar (eu tenho ele completo).
      Como a CPMI é apenas um circo para ler o inquérito , devemos agora cobrar as atitudes sérias de quem deve oferece-lãs no caso: o MPF e a PGR.
      Como eu sempre digo, casos de polícia tem que ser tratados pela polícia e não por políticos.

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    2. deputado, permita-me discordar. Onde está a hipocrisia, o crime de Protógenes? Protógenes usou os serviços de agentes da Abin (oficialmente)durante a Satiagraha e com isso conseguiu demonstrar cabalmente que o banqueiro Daniel Dantas era bandido. Conseguiu em rede nacional a transmissão do flagra do banqueiro-bandido tentando subornar com 1 milhão de reais um agente federal. Conseguiu, com isso, prender o banqueiro-bandido. Este, por sua vez, tentou, e conseguiu, com seu dinheiro e sua rede de influências, ser solto e anular a Satiagraha. Protógenes, tentando impedir essa ação do banqueiro-bandido, instruiu o depoimento de Dadá para não por a perder a operação da Polícia Federal. Então quem é bandido? Quem é hipócrita? Protógenes? Ou Daniel Dantas? Ou Policarpo Júnior (POLI, PJ)que prometia matérias favoráveis a Cachoeira em troca de grampos e filmagens ilegais? POLI que entregava as páginas amarelas de Veja ao senador empregado do bicheiro? Seja razoável deputado, pense nisso...

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    3. Acredito que você não entendeu a transcrição e não ouviu a gravação. Nas duas está claro que Protógenes instrui Dadá a obstruir as apurações sobre irregularidades na operação. No inquérito que a PF abriu contra Protógenes foi apurado, e ele foi condenado por isso, que ele usou métodos ilegais na operação e, mais uma vez, instruiu Dadá a como proceder nas apurações para ele (Protógenes) não fosse condenado administrativamente.
      Quem age à margem da lei para conseguir qualquer tipo de resultado em seu benefício ou de outrem é um delinquente.
      Portanto, são delinquentes: Daniel Dantas, Dadá, Policarpo Junior, Cachoeira e Protógenes Queiroz.
      Os hipócritas da história são: Policarpo Junior e Protógenes, porque sempre posavam de donos da moral da nação, aquele como jornalista e esse como justiceiro e ambos, para manterem a pose, relacionavam-se com bandidos.
      Se você aceita que se cometam crimes de procedimento para conseguir prender bandidos, você chancela a bandidagem institucional e trilha um caminho perigoso: vamos matar os bandidos sumariamente para limpar o país deles. Isso é o que fazem os esquadrões da morte espalhados pelo país.
      Eu prefiro seguir as regras estabelecidas de convivência social (as leis) e, sempre que eu tomei atalho a Justiça pesou a mão sobre os meus ombros e ela está certa.

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    4. mesmo os crimes e as ilegalidades, é preciso graduar - e assim chega-se a conclusão que há criminosos e criminosos. Se não, estacionar em local proibido seria o mesmo que matar alguém. Instruir o Dadá em um depoimento não é ilegalidade. Nem é imoralidade em se tratando de salvar a Satiagraha, que expôs o banqueiro-bandido de forma cabal, inclusive subornando com um milhão na mão. Além disso, se formos legalista total, nem deveríamos comentar a citação a Protógenes no grampo, pois ele não era o investigado e nem foi instruído procedimento de investigação contra ele (perdoe-me se erro no termo jurídico sobre o procedimento de investigação). A ilegalidade da operação Satiagraha não é uma unanimidade entre os juízes, e aí, eu faço uma ilação (não de toda inverossímel): a decisão de considerá-la ilegal certamente teve influência de milhões de argumentos do banqueiro. Ao menos pela ordem, em sua lista de delinquentes, Daniel Dantas apareceu em primeiro... Um abraço cordial!

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    5. É claro que os crimes possuem gradações na pena ou a Justiça estaria comprometida. Instruir alguém a prestar depoimento não é crime, mas instruir alguém a no seu depoimento obstruir o andamento da Justiça é crime cuja pena é bem mais pesada que estacionar em local proibido.
      Esse tipo de atitude já causou a renúncia de um presidente dos EUA (Richard Nixon) para escapar de um processo de cassação.
      Mas eu entendo a sua recalcitrância, pois não divirjo muito de você no que tange a minimizar erros de pessoas que gosto: você deve gostar do Protógenes e por isso tende a minimizar seus equívocos.

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  2. Aqui na Alepa ninguém até agora foi preso. Deputado foi pego com vale transporte, dolares etc. Muita coisa que o MP poderia fazer nao vai fazer porque nao tem conhecimento. Na CPI brotam informacoes importantes. Vejam que ate no MPF teve embargo de gaveta. Se a Constituicao Federal preve a CPI e porque para a
    Alguma coisa ela serve, ainda mais com os poderes que ela tem, nada mais democratico do que um sujeito eleito pelo povo sendo investigado por um de seus pares.

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    1. CPI não prendem pessoas, apenas têm poder investigatório e enviam o relatório ao MP.
      Não se iluda: CPIs são combinadas e mostram o que os seus membros, em comum acordo com as forças políticas do Parlamento, decidem que é conveniente mostrar e escondem o que é conveniente esconder. Servem ainda como instrumento de chantagem.
      Lembre-se que a CPI da pedofilia da Alepa sequer citou o empresário de Barcarena que nessa semana foi julgado por usar um rede de pedofilia para conseguir menores que satisfaziam seus instintos bestiais.
      Por que ele não foi citado no relatório?

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  3. Deputado, a íntegra do depoimento do delegado não está na internet. Mostre-me onde está, por favor. Procurei e não achei. Acho que o senhor equivocou-se.

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    1. Eu mesmo ouvi parte do depoimento do delegado à CPMI postado no UOL no dia seguinte. Não foi possível baixar porque estava embarcado na página em streaming. Como foi um depoimento "secreto", os portais que o postaram retiraram-no no dia seguinte para não serem acionados, mas a Folha ainda posta alguns trechos, como esse: http://www1.folha.uol.com.br/poder/1088066-cachoeira-mandou-sequestrar-comparsa-diz-delegado-a-cpi-ouca.shtml.
      O blog do deputado Miro Texeira também postou e retirou, mas assim que for liberado postará tudo na íntegra.

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  4. Se a CPI tiver membros honestos e o senhor diz que há parlamentares honesyos, entao nao ha porque temer uma CPI.

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    1. Mas ninguém tem medo de CPIs: elas não tem consequência alguma.

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