O discurso do imperador

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Em 1989, o Príncipe Herdeiro Akihito assumiu o Trono do Crisântemo e se tornou o 125.° monarca do Japão. É o único monarca do mundo a conservar o título de Imperador.

Seu pai, o imperador Hirohito, reinava sobre o Japão quando o país foi severamente castigado pelo “Grande sismo de Kantō”, em 1923, que alcançou 8,3 na escala Richter, destruindo a cidade de Tóquio, além de Yokohama, Chiba, Kanagawa e Shizuoka.

O “Grande sismo de Kantō” foi, antes da tragédia agora vivida, o maior desastre natural com o qual o Japão conviveu. O número de vítimas fatais, todavia, foi maior: o sismo de 1923 ceifou pelo menos 140 mil vidas japonesas.

Sob o império de Hirohito, durante a Segunda Grande Guerra, uma tragédia maior que a própria guerra se abateu sobre o Japão: os dois bombardeios atômicos perpetrados pelos EUA, em Hiroshima e Nagasaki, ceifaram a vida de pelo menos 300 mil japoneses, o que levou Hirohito a aceitar a rendição do Império Japonês.

O imperador Akihito é extremamente reservado e avista-lo é ocorrência rara no Japão: ontem Sua Majestade fez uma de suas esporádicas aparições, ao vivo, em cadeia de televisão, dirigindo-se ao súditos em tom grave, mas, absolutamente tranquilo.

Lembrou as vicissitudes da pátria, disse estar "profundamente preocupado" com a situação da usina nuclear de Fukushima, exortou a companhia energética de Tóquio a não medir esforços para evitar um acidente nuclear de maiores proporções, e os seus súditos a manterem a calma e a perseverança que sempre caracterizou o povo japonês, nas maiores adversidades pelas quais o país já passou.

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